Exercícios sobre conjunção subordinativa

Resolva esta lista de exercícios sobre conjunções subordinativas, identificando as integrantes e as adverbiais e compreendendo seu uso nas orações. Publicado por: Guilherme Viana
Questão 1

Assinale a alternativa que define corretamente o papel das conjunções subordinativas.

A) São palavras que conectam orações coordenadas, com sentido independente.

B) São palavras que estabelecem relação de dependência entre orações.

C) São termos que indicam o tempo da ação verbal de cada oração.

D) São palavras que introduzem orações principais, com sentido completo.

E) São palavras que ligam apenas frases com sentido oposto.

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Alternativa B.

As conjunções subordinativas são responsáveis por ligar orações em que uma depende da outra para ter sentido completo.

Questão 2

Assinale a alternativa em que a conjunção destacada é subordinativa integrante:

A) Fiz tudo enquanto confiava em você.

B) Não iremos se as coisas continuarem assim.

C) Ele acredita que tudo vai dar certo.

D) Embora estivesse cansada, saiu para correr.

E) Ela é mais calma do que eu pensava.

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Alternativa C.

A conjunção “que” introduz uma oração subordinada substantiva, funcionando como objeto direto do verbo “acredita”. Portanto, é uma conjunção integrante. Nas demais alternativas, temos conjunções adverbiais: tempo (alternativa A), condicional (alternativa B), concessiva (alternativa D) e comparativa (alternativa E).

Questão 3

As conjunções subordinativas adverbiais classificam-se conforme:

A) a posição da oração subordinada na frase.

B) a quantidade de verbos na oração principal.

C) a circunstância que a oração subordinada expressa.

D) o número de orações coordenadas envolvidas.

E) o tipo de sujeito da oração principal.

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Alternativa C.

As conjunções subordinativas adverbiais são classificadas de acordo com a circunstância que expressam em relação à oração principal, como causa, tempo, condição etc.

Questão 4

Em que alternativa a conjunção subordinativa expressa consequência?

A) Estudou tanto que passou com louvor.

B) Estava doente, embora tentasse disfarçar.

C) Ele não veio conforme avisado anteriormente.

D) Quando a aula começou, ele ainda dormia.

E) Não sairei se continuar a chover.

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Alternativa A.

A conjunção “que” introduz a oração subordinada que indica a consequência de estudar tanto. As demais alternativas indicam concessão (alternativa B), conformidade (alternativa C), tempo (alternativa D) e condição (alternativa E).

Questão 5

Conjunções subordinativas integrantes introduzem orações com função de:

A) adjetivo.

B) advérbio.

C) verbo.

D) substantivo.

E) pronome.

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Alternativa D.

As conjunções subordinativas integrantes aparecem no começo de orações subordinadas substantivas, ou seja, aquelas que exercem função de substantivo.

Questão 6

Assinale a alternativa em que a conjunção ou a locução conjuntiva expressa finalidade.

A) Cheguei cedo por estar ansioso.

B) Ele foi embora embora quisesse ficar.

C) Quando o show começou, ele já estava lá.

D) Ficávamos mais tensos à medida que o tempo passava.

E) Estudou muito para que fosse aprovado.

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Alternativa E.

A locução conjuntiva “para que” expressa a finalidade de estudar: ser aprovado. As demais conjunções indicam causa (alternativa A), concessão (alternativa B), tempo (alternativa C) e proporção (alternativa D).

Questão 7

A oração subordinada “contanto que você me prometa devolver depois”, na frase “Posso te emprestar a minha blusa, contanto que você me prometa devolver depois.”, é introduzida por que tipo de locução conjuntiva?

A) Integrante.

B) Causal.

C) Concessiva.

D) Condicional.

E) Temporal.

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Alternativa D.

“Contanto que” expressa uma condição para que algo ocorra: emprestar a blusa. Portanto, é uma locução conjuntiva subordinativa adverbial condicional.

Questão 8

Leia a frase:

“À medida que os dias passavam, ele se animava.”

Nessa frase, há que tipo de locução conjuntiva?

A) Causal.

B) Concessiva.

C) Integrante.

D) Proporcional.

E) Temporal.

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Alternativa D.

A locução conjuntiva “à medida que” expressa uma ideia de proporção entre a passagem dos dias e o estado de animação aumentando. Portanto, é uma locução conjuntiva subordinativa proporcional.

Questão 9

(UFRJ)

Vou Te Encontrar

Paulo Miklos
Compositor: Nando Reis

Olha, ainda estou aqui
Perto, nunca te esqueci
Forte, com a cabeça no lugar
Livre, livre para amar

Sofro, como qualquer um
Rio, quando estou feliz
Homem, dessa mulher
Vivo, como você quer

Nas ondas do mar
Nas pedras do rio
Nos raios de sol
Nas noites de frio

No céu, no horizonte
No inverno, verão
Nas estrelas que formam
Uma constelação

Vou te encontrar...
Vou te encontrar

Olha, eu fiquei aqui
Perto, está você em mim
Forte, pra continuar
Livre, livre para amar

Sofro, como qualquer um
Rio, porque sou feliz
Homem, de uma mulher
Vivo, como você quer

No beijo da moça
No alto e no chão
Nos dentes da boca
Nos dedos da mão

No brilho dos olhos
Na luz da visão
No peito dos homens
No meu coração

Vou te encontrar...
Vou te encontrar

Há uma conjunção subordinativa adverbial de conformidade em:

A) Nas estrelas que formam uma constelação.

B) Vivo, como você quer.

C) Olha, ainda estou aqui.

D) Sofro, como qualquer um.

E) Olha, eu fiquei aqui.

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Alternativa B.

A conjunção “como” introduz ideia de conformidade entre o estado de estar vivo e o querer de alguém, podendo ser substituída, nesse contexto, pela conjunção “conforme”.

Questão 10

(Coseac)

Regulamentação da Polícia Penal – Desafios de Ontem e de Hoje
João Vitor Rodrigues Loureiro*

Parte um do texto “Regulamentação da Polícia Penal” em exercício da Coseac sobre conjunção subordinativa.

Parte dois do texto “Regulamentação da Polícia Penal” em exercício da Coseac sobre conjunção subordinativa.

Parte três do texto “Regulamentação da Polícia Penal” em exercício da Coseac sobre conjunção subordinativa.

Parte quatro do texto “Regulamentação da Polícia Penal” em exercício da Coseac sobre conjunção subordinativa.

Parte cinco do texto “Regulamentação da Polícia Penal” em exercício da Coseac sobre conjunção subordinativa.

A palavra “se” encontra-se presente em várias passagens do texto. Essa palavra, dependendo da função que desempenhe, pode ser classificada como conjunção subordinativa condicional, conjunção subordinativa integrante, pronome oblíquo, partícula apassivadora etc. Indique o trecho em que a palavra “se”, em destaque, denota uma hipótese, pertencendo, então, à classe das conjunções subordinativas condicionais.

A) “...nosso modelo de profissionalização sistêmica desse campo centraliza-se nas polícias, no que se refere à operacionalização (...) do Sistema Único de Segurança Pública...” (linhas 31-35)

B) “... se precisamos consertar um computador, recorremos a um técnico especializado em reparos de computadores...” (linhas 9-11) 

C) “Usando-se dessa noção, mas com a real motivação de valorização dos ex-agentes penitenciários, em 2019, foi incluída uma nova categoria no art. 144, VI, da Constituição...” (linhas 37-40)

D) “A modernidade estabeleceu-se na premissa de especialização do conhecimento...” (linhas 13-14)

E) “Trata-se de desafios relacionados a atuações historicamente sedimentadas ou ainda em aberto...” (linhas 61-63)

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Alternativa B.

Nela, a conjunção “se” introduz uma oração subordinada com sentido de condição para a busca por um técnico especializado. Portanto, nela, a palavra “se” exerce função de conjunção subordinativa condicional. Nas demais alternativas, a palavra “se” é um pronome oblíquo.

Questão 11

(Consulpam - Adaptada)

Ao estudar uma nova linguagem de sinais desenvolvida por crianças surdas da Nicarágua, linguistas afirmam ter confirmado a existência de mecanismos universais que facilitam a aquisição de uma língua, seja ela falada ou não. Os resultados somam-se a várias outras evidências de que crianças possuem habilidades inatas capazes de dar à linguagem sua estrutura fundamental. O artigo foi publicado na revista Science em 17 de setembro de 2004.

Como falariam crianças naufragadas em uma ilha deserta que cresceram sem pais que lhes pudessem ensinar uma língua? Considerando-se a linguagem como uma invenção cultural passada de geração em geração, a resposta seria que essas crianças infortunadas não falariam língua alguma. As tábulas rasas de suas mentes não poderiam ser preenchidas com uma língua. Talvez, conseguissem comunicar-se com berros e grunhidos, mas nunca chegariam a utilizar algo tão sofisticado como uma língua natural, correto? Resposta: não. E vejamos por quê.

Primeiramente, vale perguntar: como saberíamos que nossas crianças não se degradariam ao nível de babuínos? Mesmo não podendo, por óbvias razões éticas, fazer um experimento desse gênero em alguma ilha do Pacífico, temos bastante certeza de que elas estariam aptas a inventar uma língua tão expressiva como qualquer outra existente hoje. Uma forte evidência nesse sentido vem de uma comunidade que, em circunstâncias semelhantes, sem ouvir palavras, elaborou uma língua natural própria, começando do nada.

Surgiu na Nicarágua uma língua completa, o Idioma Nicaraguense de Sinais – ou ISN, do espanhol, Idioma de Signos Nicaraguense –, inventado por crianças surdas daquele país. Essa invenção foi descrita por Ann Senghas, da Universidade Colúmbia (Estados Unidos), Sotaro Kita, da Universidade de Bristol (Reino Unido), e Asli Özyürek, da Universidade de Nijmegen (Holanda). Esse grupo de linguistas estudou essa comunidade nicaraguense e observou como os surdos exprimiam informações sobre objetos em movimento.

Crianças surdas da Nicarágua mostraram uma habilidade inata quando inventaram uma língua de sinais rica e complexa.

O ISN é uma língua que apareceu no início da década de 1980, quando surdos nicaraguenses – após longos anos de tentativas fracassadas de ensinar a eles o espanhol utilizando para isso instrutores sem deficiência auditiva – foram finalmente juntados com outros surdos. Uma vez reunidos em grupos, eles começaram a utilizar algo que, no início, se parecia com um sistema pantomímico imperfeito que usamos quando queremos nos comunicar sem palavras. Mas esse sistema cru logo se transformou em uma verdadeira língua: as crianças surdas que chegavam àquelas comunidades aprendiam o sistema e acabavam aperfeiçoando-o com regras linguísticas.

É preciso enfatizar aqui que é falsa – apesar de disseminada – a noção de que línguas de sinais sejam sistemas primitivos, inferiores às línguas faladas. Os sinais não são meros gestos mímicos que podem ser decifrados por observadores não familiarizados com essas línguas. Embora a versão inicial do ISN utilizasse gestos gráficos que simplesmente imitavam a forma de objetos ou movimentos, as crianças expostas a esse sistema mudaram-no, decompondo os gestos em elementos menores que já não tinham esse valor imitativo. Esses sinais, bem como as regras que os combinam em longas frases, são exatamente tão obscuros para não iniciados como seria, por exemplo, o finlandês para quem nunca o tenha aprendido.

No estudo de Senghas e colegas, os participantes viam um filme animado cujo enredo eles tinham depois que contar com o uso de sinais. O filme mostrava um gato que engole uma bola de boliche e cai tombando por uma ruela íngreme. Os surdos que utilizavam a primeira versão do sistema mostravam a queda do gato com a mão literalmente traçando um percurso espiral para baixo. Já as crianças que usavam a versão aperfeiçoada do ISN exprimiam a mensagem com dois sinais separados, um com o sentido ‘para baixo’ e outro que significava ‘rolando’.

Os autores do estudo sugerem que essa divisão da mensagem em modo e direção pode ser uma das características universais da linguagem humana. A maioria das línguas aproveita essa divisão e exprime esses dois fragmentos de mensagem com duas palavras separadas (‘O gato desce rolando’). O interessante é que as crianças, ao aprenderem o ISN, não foram ‘ensinadas’ sobre esse fato. Foram elas mesmas que desenvolveram essa e outras características para o ISN, enriquecendo, assim, o sistema que receberam e que ainda não era uma língua completa.

Linguistas acreditam que a divisão-direção modo é um dos elementos que compõem o conhecimento inato que facilita a aquisição de uma língua, seja ela falada, seja de sinais. Há quem sugira que, sem esse conhecimento, nem mesmo seria possível adquirir qualquer língua. Segundo o linguista norte-americano Noam Chomsky, essa capacidade inata para a aprendizagem de uma língua reside no chamado dispositivo de aquisição de linguagem, parte do cérebro que se atrofia com a idade. Não podendo contar com o apoio desse dispositivo, pessoas adultas que aprendem línguas estrangeiras têm dificuldades em assimilar os detalhes da gramática. Assim, aprendizes estrangeiros com pouca competência na gramática portuguesa podem não ver muita diferença entre as frases ‘O bispo voltou a se divertir’ e ‘O bispo voltou sem se divertir’.

Analogamente, os pais que aprendem ISN para poder conversar com seus filhos surdos nunca chegam ao nível de falante materno e, aos olhos dos surdos, cometem erros semelhantes àqueles que estrangeiros costumam cometer ao tentar falar, por exemplo, o português.

O excelente trabalho de Senghas e colegas não só mostra algo que pode ser um ingrediente básico de nossa linguagem, mas também capta um momento no qual ele é acrescentado à sopa primordial no nascimento espontâneo de uma língua humana.

SZCZESNIAK, K. Nascimento de uma língua. In: Revista Ciência Hoje [CH 210]. Último acesso: 09 de junho de 2023. Disponível em: <https://cienciahoje.org.br/artigo/nascimento-deuma-lingua//> (Adaptado).

Considerando a relação semântica expressa no período abaixo pela conjunção subordinativa, analise as assertivas e assinale a alternativa CORRETA.

“Embora a versão inicial do ISN utilizasse gestos gráficos [...], as crianças expostas a esse sistema mudaram-no”

I - A conjunção subordinativa “embora” indica, em relação à oração principal, uma concessão.

II - A conjunção “embora” pode ser substituída, sem prejuízo semântico, pela locução “posto que”.

A) Apenas I está correta.

B) I e II estão corretas.

C) Apenas II está correta.

D) Nenhuma está correta.

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Alternativa B.

As duas assertivas estão corretas.

A conjunção subordinativa “embora” indica uma concessão entre a oração subordinada (a versão inicial usar gestos gráficos) e a oração principal (as crianças expostas ao sistema mudaram-no). Essa conjunção pode, de fato, ser substituída pela locução “posto que” sem mudar o sentido de oposição.

Questão 12

(Fundatec)

Texto “Gente Grande” em exercício da Fundatec sobre conjunção subordinativa.

Marcos Piangers – Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/marcospiangers/noticia/2018/10/gente-grande-cjn38b8sf03ui01rx7ceklmea.html - adaptação.

Analise as assertivas a seguir acerca do emprego do vocábulo “se”, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) Em “Se gritamos uns com os outros” (l. 02-03), temos uma conjunção subordinativa adverbial condicional.

( ) Em “perguntou se poderia trabalhar ali” (l. 06), temos uma conjunção subordinativa integrante.

( ) Em “que vão se moldando olhando para nós.” (l. 09-10), temos uma conjunção subordinativa adverbial condicional.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

A) V – V – V.

B) V – F – V.

C) V – V – F.

D) F – V – F.

E) F – F – V.

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Alternativa C.

A primeira assertiva é verdadeira, pois a palavra “se” introduz uma oração que é uma condição para a oração principal.

A segunda assertiva é verdadeira, pois a palavra “se” introduz uma oração subordinada substantiva, que exerce função de objeto direto em relação à oração principal (“perguntou isso”).

A terceira assertiva é falsa, pois a palavra “se” não está introduzindo uma oração que funciona como condição para outra. Na verdade, no enunciado, a palavra “se” funciona como pronome oblíquo, e não como conjunção.

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