Exercícios sobre a questão palestina
TEXTO I
“O Hamas tem dois grandes aliados: um número maior de mortos e o ódio covarde a Israel. É um ódio dissimulado, sem coragem de dizer seu nome, que usa os corpos de mulheres e crianças como escudo moral, mas que mal esconde sua natureza. Sessenta e seis anos depois da "partilha", renegada, então, pelo mundo árabe – e só por isso surgiu uma "causa palestina"–, eis que Israel continua a lutar por sua sobrevivência. Já teria sido "varrido do mapa" se, confiante na paz, não houvesse se preparado para a guerra”.
AZEVEDO, R. Ódio a Israel. Folha de S. Paulo, 01 ago. 2014. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/reinaldoazevedo. Acesso em: 19 jun. 2015.
TEXTO II
“Israel foi concebido no rearranjo entre as grandes potências que se seguiu à Segunda Guerra Mundial. É uma obra artificial, construída desde o início com mortes, expulsões, humilhações e convulsões. Os palestinos desalojados e tratados como cidadãos de segunda classe nunca deixaram de lutar contra a opressão. Batalha inglória. Tratou-se sempre, como atualmente, de um combate contra interesses muito maiores do que a extensão geográfica da região faz supor”.
MELO, R. Israel é aberração; os judeus, não. Folha de S. Paulo, 28 jul. 2014. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ricardomelo. Acesso em: 19 jun. 2015.
Os textos acima refletem opiniões distintas acerca do histórico conflito entre Israel e Palestina. Os pontos de vista inscrevem-se em linhas argumentativas que salientam, respectivamente,
a) a superioridade intelectual de Israel e a necessidade de auxílio bélico da Palestina.
b) o direito de autodefesa de Israel e a legitimidade palestina de luta pelo território.
c) a necessidade de autoproclamação dos judeus e a grandeza moral da Palestina.
d) o caráter religioso de Israel e a posição anticlerical da Palestina.
e) o rigor da violência dos palestinos e o apoio internacional ilegítimo aos israelenses.
O primeiro texto procura justificar a atuação militar de Israel como uma resposta à violência exercida pelas organizações militares palestinas, notadamente o Hamas. Afirma-se, assim, o direito de Israel em realizar a sua autodefesa a fim de manter a sua própria existência.
O segundo texto coloca a criação do Estado de Israel e os interesses da política internacional como os responsáveis pelo genocídio do povo palestino, que necessitaria, então, reagir em prol de sua existência e da manutenção de seu território.
Alternativa correta: letra B
Ao longo de vários períodos da história e, principalmente, durante o século XX, os judeus intensificaram sua busca e migração em prol da ocupação da região que consideram como a Terra Prometida. Mais tarde, a criação do Estado de Israel nessa área esteve entre os vários fatores que desencadearam a discórdia com os palestinos, que também habitam a região.
A busca ideológica e religiosa dos judeus pela terra que consideram ser sagrada é chamada de:
a) inversão diaspórica
b) judaísmo
c) sionismo
d) territorialização
e) intifada
A busca histórica dos judeus pela Terra Prometida, com ênfase em Jerusalém, é chamada de sionismo.
Alternativa correta: letra C
Mapa ilustrativo da partilha da Palestina em 1947
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/questao-palestina.htm. Acesso em: 19 jun. 2015.
No âmbito da Partilha da Palestina, realizada após uma série de debates e acordos diplomáticos, a cidade de Jerusalém seria considerada
a) parte do território judeu, mas de livre acesso pelos árabes.
b) a capital da Palestina, porém com participação gestora de Israel.
c) uma cidade administrada igualmente pelos dois países.
d) a capital de Israel, sendo restrita à entrada de palestinos em sua área.
e) uma cidade neutra, de cunho internacional, administrada pela ONU.
No plano de Partilha da Palestina, realizado pela ONU e executado nos anos de 1947 e 1948, a ideia era a de que a cidade de Jerusalém – tida como importante para ambos os povos – fosse considerada como um “enclave internacional” e, portanto, administrada pelas Nações Unidas.
Alternativa correta: letra E
(IFBA)
“Os Estados Árabes se consideram em estado de guerra com Israel e, desde 1948, não cessam de proclamar sua vontade de lançar os israelitas no mar e de riscar seu Estado do mapa do Oriente próximo (...).”
FRIEDMANN, Georges. Fim do povo judeu? São Paulo: Perspectiva, 1969, p. 243.
Iniciado em 1848, o conflito palestino-israelense constituiu, no Oriente Médio, o que se convencionou chamar de Questão Palestina, que está longe de ser resolvida, ainda hoje, e pode ser relacionada à
a) exigência, pelos países do Oriente Médio, de cumprimento do Plano da ONU de Partição da Palestina, que criava o Estado Palestino no final da Segunda Guerra Mundial.
b) incapacidade dos países vencedores da Segunda Guerra de garantir a paz no Ocidente nos anos posteriores ao conflito, provocando uma fuga em massa de judeus para a Palestina.
c) construção de um padrão de instabilidade nas relações internacionais pelo recém-criado Estado de Israel, que contava com o apoio dos Estados Unidos, da União Soviética e da ONU.
d) recusa árabe à partilha da Palestina, imposta pela ONU, que submeteu a maior parte do território ao controle do recém-criado Estado de Israel, sem que se respeitasse a soberania dos povos desta região.
e) extinção oficial do mandato britânico sobre a Palestina, no final da Segunda Guerra, com reconhecimento imediato pelos países vencedores da independência de todos os países do Oriente Médio.
A questão palestina está relacionada com a luta dos árabes da região da Palestina pela retomada de seu território, cujo esfacelamento iniciou-se a partir da partilha realizada pela ONU em 1947 entre árabes e judeus e prontamente recusada pelos primeiros.
Alternativa correta: letra D