30 exercícios sobre acentuação gráfica
(Enem)
Diante da visão de um prédio com uma placa indicando SAPATARIA PAPALIA, um jovem deparou com a dúvida: como pronunciar a palavra PAPALIA?
Levado o problema à sala de aula, a discussão girou em torno da utilidade de conhecer as regras de acentuação e, especialmente, do auxílio que elas podem dar à correta pronúncia de palavras. Após discutirem pronúncia, regras de acentuação e escrita, três alunos apresentaram as seguintes conclusões a respeito da palavra PAPALIA:
I. Se a sílaba tônica for o segundo PA, a escrita deveria ser PAPÁLIA, pois a palavra seria paroxítona terminada em ditongo crescente.
II. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALÍA, pois “i” e “a” estariam formando hiato.
III. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deveria ser PAPALIA, pois não haveria razão para o uso de acento gráfico.
A conclusão está correta apenas em:
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) I e III.
Alternativa E.
A afirmativa I está de acordo com a seguinte regra: são acentuadas as paroxítonas terminadas em ditongo crescente. A afirmativa II não segue a seguinte regra: em hiatos, o “i” e o “u” tônicos (isolados na sílaba ou formando sílaba com S) são acentuados desde que precedidos de vogal. Por fim, a afirmativa III está correta, já que paroxítonas terminadas em A não são acentuadas.
Marque a alternativa em que todas as oxítonas estão escritas CORRETAMENTE.
A) Pará, detê-los, troféu.
B) Jilos, ama-la, além.
C) Sustém, cartél, destroi.
D) Cadê, compô-la, constroi.
E) Caratê, cipó, povareu.
Alternativa A.
São acentuadas as oxítonas terminadas em “a”, “e”, “o” (seguidas ou não de S), “em”, “ens”, “éis”, “éu”, “éus”, “ói”, “óis”. Portanto: “Pará”, “detê-los”, “troféu”, “jilós”, “amá-la”, “além”, “sustém”, “destrói”, “cadê”, “compô-la”, “constrói”, “caratê”, “cipó” e “povaréu”.
(IFPE)
Uma revisão de dados recentes sobre a morte de línguas
Linguistas preveem que metade das mais de 6 mil línguas faladas no mundo desaparecerá em um século — uma taxa de extinção que supera as estimativas mais pessimistas quanto à extinção de espécies biológicas. [...]
Segundo a Unesco, 96% da população mundial falam só 4% das línguas existentes. E apenas 4% da humanidade partilha o restante dos idiomas, metade dos quais se encontra em perigo de extinção. Entre 20 e 30 idiomas desaparecem por ano — uma média de uma língua a cada duas semanas. [...]
Um comunicado do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) diz que “o desaparecimento de uma língua e de seu contexto cultural equivale a queimar um livro único sobre a natureza”. Afinal, cada povo tem um modo único de ver a vida. Por exemplo, a palavra russa mir significa igualmente “aldeia”, “mundo” e “paz”. É que, como os aldeões russos da Idade Média tinham de fugir para a floresta em tempos de guerra, a aldeia era para eles o próprio mundo, ao menos enquanto houvesse paz.
Disponível em: http://revistalingua.com.br/textos/116/a-morte-anunciada-355517-1.asp. Acesso em 28 set. 2015.
No início do texto, aparece a forma verbal “preveem”, que perdeu o acento circunflexo após o último acordo ortográfico. Assinale a única alternativa em que todas as palavras seguem o padrão de acentuação determinado pelo referido acordo.
A) Eu fui à feira e comprei cinco pêras e três maçãs.
B) A sonda espacial acabou de descobrir um novo asteróide.
C) Joana d’Arc é uma mártir da Guerra dos Cem anos.
D) Ele, estranhamente, saiu sem cumprimentar a platéia.
E) O Brasil acabou de enviar uma equipe de pesquisa ao pólo Sul.
Alternativa C.
A seguir, a grafia correta das palavras: “pera” (alternativa A), “asteroide” (alternativa B), “plateia” (alternativa D) e “polo” (alternativa E).
Marque a alternativa em que todas as paroxítonas estão escritas CORRETAMENTE.
A) órgão, vêem, túneis.
B) Canéla, elétron, caráter.
C) Fábio, dormência, carícia.
D) Vírus, sábia, delinquencia.
E) Nóbel, côndor, Sútil.
Alternativa C.
São acentuadas as paroxítonas terminadas em ditongo crescente, seguido ou não de S, além das paroxítonas terminadas em “ã”, “ãs”, “ão”, “ãos”, “ei”, “eis”, “i”, “is”, “ons”, “um”, “uns”, “us”, “l”, “n”, “ps”, “r”, “x”. Portanto: “órgão”, “túneis”, “elétron”, “caráter”, “Fábio”, “dormência”, “carícia”, “vírus”, “sábia” e “delinquência”. Já “Nobel”, “condor” e “sutil” são oxítonas.
(Unimontes - Adaptada) Qual das palavras abaixo recebe acento agudo ou circunflexo por ser paroxítona terminada em ditongo crescente?
A) Usufruídas.
B) Bordéis.
C) Mercês.
D) Relógio.
Alternativa D.
A acentuação da palavra “usufruídas” segue a seguinte regra: em hiatos, o “i” e o “u” tônicos (isolados na sílaba ou formando sílaba com S) são acentuados desde que precedidos de vogal. As palavras “bordéis” e “mercês” são oxítonas. Por fim, “relógio” leva acento por ser uma paroxítona terminada em ditongo crescente, ou seja, “-io”.
Marque a alternativa em que todas as proparoxítonas estão escritas CORRETAMENTE.
A) Púdico, rúbrica, líbido.
B) Pudico, rubrica, libido.
C) Tipicamente, tecnicamente, ultimamente.
D) Tipico, tecnico, ultimo.
E) Prática, índice, estômago.
Alternativa E.
Todas as proparoxítonas são acentuadas, sem exceção. Portanto: “típico”, “técnico”, “último”, “prática”, “índice” e “estômago”. Já “pudico”, “rubrica” e “libido” são paroxítonas.
(Unimontes) São acentuados graficamente pela mesma razão as palavras da alternativa
A) Cópias, advérbio, água.
B) Tímido, dúvidas, irremediável.
C) Céu, vêm, dá.
D) Lá, aí, através.
Alternativa A.
São paroxítonas terminadas em ditongo crescente, seguido ou não de S: “cópias”, “advérbio” e “água”.
A alternativa em que ambas as palavras estão acentuadas devido a uma mesma regra de acentuação gráfica é:
A) assédio, militância.
B) abundância, juízes.
C) astúcia, árvores.
D) perspicácia, túnel.
E) penitências, próton.
Alternativa A.
As palavras “assédio”, “militância”, “abundância”, “astúcia”, “perspicácia” e “penitências” são paroxítonas terminadas em ditongo crescente, seguido ou não de S. Já “juízes” apresenta um hiato, “árvores” é uma proparoxítona, “túnel” e “próton” são paroxítonas terminadas em “l” e “n”, respectivamente.
(Unimontes)
Aprenda a se concentrar
Edison não conseguia se concentrar de jeito nenhum. Tinha sempre dois ou três empregos e passava o dia indo de um para outro. Adorava trocar mensagens, e se acostumou a escrever recados curtos e constantes, às vezes para mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Apesar de ser um homem mais inteligente do que a média, sofria quando precisava ler um livro inteiro.
[...]
Você está em uma festa barulhenta, lotada de pessoas. Alguém interessante se aproxima e puxa assunto. Nesse momento, seu cérebro elege essa pessoa como o foco mais importante e ignora todos os outros estímulos ao redor. Quase todas as suas habilidades cognitivas estão na conversa. “O lobo frontal, responsável pelo comportamento e pela tomada de decisões, é especialmente importante na concentração, mas praticamente todo o sistema sensorial está envolvido”, afirma o neurologista Ivan Hideyo Okamoto, da Universidade Federal de São Paulo. Emoções e memória, por exemplo, têm grande influência no que e no quanto você vai se concentrar. A origem disso está no sistema límbico, que comanda as emoções. Ele sempre vai favorecer os elementos que despertam sensações intensas, por isso é tão fácil se concentrar na pessoa interessante que puxa papo. Com todos os seus sentidos voltados para algo tão importante (conseguir um telefone no fim da conversa, por exemplo), fica difícil não se concentrar.
[...]
Para os neurologistas, boa parte da capacidade de se concentrar vem marcada no seu DNA. Mas não vale culpar a natureza: distrair-se com facilidade não é uma sentença de fracasso. Boa parte dos psicólogos, por exemplo, acredita que a concentração não é inata, mas algo que pode ser ensinado ao longo da vida. “É uma característica cultural, construída com o aprendizado”, diz a psicóloga Marilene Proença, professora da Universidade de São Paulo.
[...]
BLANCO, Gisela. Aprenda a se concentrar. Revista Superinteressante, São Paulo, p. 48-55, julho de 2012. Texto adaptado.
Observe o trecho: “Emoções e memória, por exemplo, têm grande influência no que e no quanto você vai se concentrar”.
Assinale a alternativa que contém um verbo que, se passado para o plural, obedecerá à mesma regra de acentuação do verbo negritado acima.
A) “Apesar de ser um homem mais inteligente do que a média, sofria quando precisava ler um livro...”
B) “‘É uma característica cultural, construída com o aprendizado’, diz a psicóloga Marilene Proença, professora da Universidade de São Paulo.”
C) “Você está em uma festa barulhenta, lotada de pessoas. Alguém interessante se aproxima e puxa assunto.”
D) “Para os neurologistas, boa parte da capacidade de se concentrar vem marcada no seu DNA.”
Alternativa D.
O verbo “vem”, no plural, fica “vêm”, assim como “tem”, no plural, fica “têm”. Nesses casos, o acento circunflexo é usado como diferencial.
Todas as proparoxítonas recebem acento gráfico, como a palavra da alternativa:
A) Distribuído.
B) Dispensável.
C) Cúmplice.
D) Paletó.
E) Panamá.
Alternativa C.
São paroxítonas: “distribuído” e “dispensável”. Já “paletó” e “Panamá” são oxítonas. Por fim, “cúmplice” é proparoxítona.
(Unimontes)
Sem os jovens, futuro da política é sombrio
(Marcos da Costa, O Estadão)
[...]
O fato é que a juventude deseja um Estado forte, com eficiência no setor privado e serviços públicos gratuitos e de qualidade. Trata-se de uma geração que se vale de métodos mais críticos para medir a qualidade do serviço público.
A Seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil lamenta a existência de um oceano de distância entre a classe política e os jovens, desiludidos como a maioria da população. Encastelados em Brasília, os políticos pouco respiram o clima do tempo, as necessidades das ruas, o cotidiano das pessoas, o jeito de pensar da nova geração.
É nosso papel, enquanto na vanguarda social, trabalhar para inserir os jovens no espectro da política, de modo que se transformem em protagonistas da contemporaneidade. Sem sua participação, o Brasil não pegará o bonde da história. [...]
Disponível em: https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/sem-os-jovens-futuro-da-politica-e-sombrio/. Publicado em: 6 jun. 2018. Acesso em: 26 jun. 2018.
Esse texto, pelo gênero textual, sua intencionalidade e seu público-alvo, apresenta uma linguagem predominantemente padrão ou culta.
Entretanto, ao ler, nesse texto, palavras como “gratuitos”, sabemos que, muitas vezes, soma-se à escrita uma dúvida sobre a pronúncia de palavras como essa. Somos conhecedores de que a palavra gratuito assume, em muitas situações de uso dos falantes, uma pronúncia considerada inadequada, e sofrem preconceito linguístico aqueles que a pronunciam como um hiato, em muitos meios sociais.
De acordo com a norma que é vigente hoje, vejamos:
Pronúncia da palavra gratuito
A palavra “gratuito” é uma palavra trissilábica, formada pelo ditongo -ui na segunda sílaba: gra-tui-to. Esse ditongo é por vezes erradamente pronunciado separado, como um hiato. Contudo, sendo um ditongo, permanece unido na mesma sílaba, sendo a vogal “-u” a vogal tônica.
“Gratuito” é também uma palavra paroxítona. Segundo as regras de acentuação da língua portuguesa, não deverá ser acentuada graficamente e deverá ser pronunciada corretamente com a tonicidade na sílaba “tui”: gra-TUI-to.
Assim, a palavra “gratuito” deverá ser pronunciada como as palavras:
• circuito;
• fortuito;
• intuito.
Disponível em: https://duvidas.dicio.com.br/gratuito-ou-gratuito/. Acesso em: 20 ago. 2018.
Pensando sobre os aspectos mencionados, assinale a alternativa CORRETA no que concerne à palavra “gratuito”.
A) Há uma demanda social para que “gratuito” seja pronunciado como hiato em vez de ditongo, e as instituições normatizadoras já permitem que os usos da língua pelos falantes passem a acatar esse uso.
B) Para que a pronúncia de “gratuito” passe a ser diferente do prescrito na norma gramatical tradicional (que é trissílaba, paroxítona, com formação de ditongo -ui), seria necessário que se passasse a aceitar que essa palavra teria um hiato em -ui e que o -i passasse a ser acentuado.
C) Aceitar que seja possível uma pronúncia que foge à norma gramatical tradicional (que é “gratuito” com ditongo em -ui) é ferir a hierarquia linguística da supremacia da escrita sobre a fala e da norma-padrão sobre a norma não padrão da língua.
D) Assim como ocorre com “gratuito”, observamos que, em “intuito”, é também recorrente a dúvida sobre o -ui ser ditongo ou hiato na escrita, havendo uma dúvida entre acentuar ou não o -i dessas palavras.
Alternativa B.
Se “gratuito” passasse a apresentar um hiato em -ui, o -i levaria acento gráfico, isto é, “gra-tu-í-to”. Quanto à alternativa A, as instituições normatizadoras não permitem que os usos da língua pelos falantes passem a acatar o uso de “gratuíto”, ou seja, com hiato. Concernente à alternativa C, aceitar uma pronúncia que foge à norma gramatical tradicional não fere “a hierarquia linguística da supremacia da escrita sobre a fala e da norma padrão sobre a norma não padrão da língua”. Isso porque tal supremacia não existe, pois, nos estudos linguísticos, a escrita, a fala, a norma padrão e a norma não padrão são igualmente valorizadas. Por fim, em relação à alternativa D, é incorreto afirmar que “intuito” é pronunciado como “intuíto”, pois isso não ocorre.
Assinale a alternativa em que a palavra paroxítona é acentuada por apresentar um hiato.
A) Egoísta.
B) Baú.
C) Construí-lo.
D) Saí.
E) Pertinência.
Alternativa A.
A palavra “egoísta” é uma paroxítona que apresenta hiato composto por “i” tônico formando sílaba com S e precedido de vogal, o qual leva acento. Já “baú”, “construí-lo” e “saí” são oxítonas. Por fim, “pertinência” é uma paroxítona, mas não apresenta hiato.
(Unimontes)
Cenário da infância e da adolescência no Brasil
O estudo “Cenário da Infância e Adolescência no Brasil”, divulgado pela Fundação Abrinq, nesta terça (21), revelou que 40% das crianças de até 14 anos estão em situação de pobreza, no Brasil. O dado é preocupante, pois a vulnerabilidade social é refletida em muitos outros indicadores sociais, como trabalho infantil, violência e acesso a água.
A criança que não tem seus direitos básicos garantidos não se desenvolve integralmente. Quem não tem escola de qualidade não chega à faculdade e consequentemente não rompe o ciclo da pobreza, reproduzido de geração em geração. Quem não tem acesso à água sofre danos na saúde, e quem não tem lazer não vivencia a plena infância.
O relatório mostrou, por exemplo, que 70% das crianças de 0 a 3 anos não têm acesso às creches no Brasil. Com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, concluiu-se também o aumento de 8,5 mil crianças de 5 a 9 anos no trabalho, na agricultura, indústria têxtil e frigorífica.
Há ainda outros números assustadores: segundo o IBGE, 9,8 milhões de domicílios no Brasil não possuem acesso à rede de distribuição de água e rede de esgoto. Além disso, 25% dos bebês nascidos na região Norte são de mães com menos de 19 anos. Há mais de 3,22 milhões de domicílios localizados em favelas no país, com aproximadamente 11,4 milhões de pessoas vivendo nessas condições. E no ano de 2015, mais de 56 mil mortes por homicídio foram notificadas no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Entre eles, 18,4% foram contra jovens com menos de 19 anos.
O cenário da infância e adolescência no Brasil é preocupante, ainda mais em um momento de forte crise política e econômica. Não há bala de prata para solucionar o problema, mas é certo que a infância deve ser uma prioridade absoluta das políticas públicas, como garante a Constituição. Caso contrário, continuaremos andando em círculos.
RIBEIRO, Bruna. Cenário da infância e da adolescência no Brasil. Estadão Jornal Digital. Disponível em: http://emais.estadao.com.br/blogs/bruna-ribeiro/criancas-pobreza-brasil/. Publicado em: 23 mar. 2017. Acesso em: 5 set. 2017.
A presença ou ausência de um acento pode mudar todo o sentido da frase e também alterar a função da palavra, pelas relações sintáticas e semânticas que se estabelecem entre os elementos do texto. Nesse caso, o termo “vivencia” tem função diferente do termo “vivência”. Com as palavras “política” e “contrário” também poderiam ocorrer diferenças de função ou sentido, pela ausência de acentuação gráfica.
Observe os exemplos a seguir, tendo sido o primeiro deles retirado do texto, e o segundo reconstruído a partir do primeiro trecho, a fim de que se analise o contexto diferenciado pela presença e ausência de acentuação:
1) “Caso contrário, continuaremos andando em círculos.” → Como eu contrario, continuaremos andando em círculos.
2) “[...] quem não tem lazer não vivencia a plena infância.” → Quem não tem lazer não tem vivência com a plena infância.
3) “[...] ainda mais em um momento de forte crise política [...]” → [...] ainda mais em um momento em que se politica.
Após ter observado os trechos, analise se há, entre as palavras neles em destaque, alteração de sentido ou de função, pela presença ou ausência de acentuação gráfica, de acordo com o contexto, e, então, assinale a alternativa CORRETA.
A) No exemplo 3, há alteração apenas de sentido do primeiro para o segundo trecho.
B) No exemplo 2, há alteração apenas de sentido do primeiro para o segundo trecho.
C) No exemplo 2, há alteração de função e de sentido do primeiro para o segundo trecho.
D) No exemplo 1, há alteração de função e de sentido do primeiro para o segundo trecho.
Alternativa D.
O texto diz que “a infância deve ser uma prioridade absoluta das políticas públicas”, em “caso contrário, continuaremos andando em círculos” (primeiro trecho). Assim, “caso contrário” demonstra oposição. Já no segundo trecho, “como eu contrario” demonstra a causa de “continuaremos andando em círculos”. Portanto, há uma alteração de função (indicar oposição para indicar causa) e de sentido, já que o primeiro trecho diz que “continuaremos andando em círculos” se a infância não for uma prioridade, e o segundo que “continuaremos andando em círculos” porque “eu contrario”.
Analise as frases a seguir e marque a alternativa em que se verifica uso incorreto da acentuação gráfica.
A) Às vezes, sentia uma dor profunda nos dedos do pé direito.
B) Aqueles livros foram todos vendidos na manhã de sábado.
C) As ações coordenadas evitaram a derrubada das árvores.
D) Quando eu era criança, gostava de admirar o vôo dos pássaros.
E) Disse ao menino que têm medo aqueles que agridem desconhecidos.
Alternativa D.
Paroxítonas terminadas em O não levam acento, de forma que “voo” é a grafia correta.
Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as seguintes afirmações:
( ) Todas as proparoxítonas são acentuadas, exceto as terminadas em ditongo.
( ) Monossílabos átonos terminados em “a”, “e”, “o” devem ser acentuados.
( ) Monossílabos tônicos terminados em “éi”, “éu”, “ói” devem ser acentuados.
A sequência correta é:
A) V, V, V.
B) F, F, F.
C) V, F, F.
D) F, F, V.
E) V, F, V.
Alternativa D.
Todas as proparoxítonas são acentuadas, sem exceção. Monossílabos átonos não são acentuados. Já os monossílabos tônicos terminados em “éi”, “éu”, “ói”, como “céu”, por exemplo, devem ser acentuados.
Sobre os pares de monossílabos “da” e “dá”, “de” e “dê”, “do” e “dó”, é correto afirmar:
A) Ambos os termos de cada par são monossílabos tônicos.
D) Ambos os termos de cada par são monossílabos átonos.
C) Os termos acentuados de cada par são todos verbos.
D) São acentuados apenas os monossílabos tônicos de cada par.
E) O segundo termo de cada par apresenta um acento diferencial.
Alternativa D.
Os termos “da”, “de” e “do” são monossílabos átonos. Já “dá”, “dê” e “dó” são monossílabos tônicos. São verbos os termos “dá” e “dê”, mas “dó” é um substantivo. São acentuados os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e” e “o”. Portanto, os acentos usados não são diferenciais.
Qual das palavras abaixo pode mudar o sentido se receber acento gráfico?
A) Apoio.
B) Boia.
C) Caqui.
D) Coro.
E) Seca.
Alternativa C.
A palavra oxítona “caqui” se refere a uma fruta, já a paroxítona “cáqui” está relacionada a uma cor.
Qual dos vocábulos abaixo é uma proparoxítona?
A) Assembleia.
B) Asteroide.
C) Azeitona.
D) Cancerígeno.
E) Cromossomo.
Alternativa D.
“Assembleia”, “asteroide”, “azeitona” e “cromossomo” são paroxítonas. “Cancerígeno” é uma palavra proparoxítona, por isso é acentuada.
Em todas as palavras abaixo, o uso do acento gráfico está incorreto, exceto em:
A) Asteróide.
B) Feiúra.
C) Heroína.
D) Perdôo.
E) Platéia.
Alternativa C.
Atente para a grafia correta destas palavras: “asteroide”, “feiura”, “perdoo” e “plateia”. E lembre que apenas são acentuadas as paroxítonas terminadas em “ã”, “ãs”, “ão”, “ãos”, “ei”, “eis”, “i”, “is”, “ons”, “um”, “uns”, “us”, “l”, “n”, “ps”, “r” e “x”. Já “heroína” leva acento porque é uma paroxítona formada por hiato, pois o “i” tônico é acentuado desde que precedido de vogal.
Em relação à acentuação gráfica da palavra “imundície”, é correto afirmar:
A) O vocábulo “imundície” leva acento por ser uma paroxítona terminada em ditongo decrescente.
B) O vocábulo “imundície” leva acento por ser uma paroxítona terminada em ditongo crescente.
C) O vocábulo “imundície” leva acento por ser uma paroxítona terminada em hiato.
D) O vocábulo “imundície” não deve levar acento, pois é uma paroxítona terminada em “e”.
E) O uso de acento no vocábulo “imundície” é facultativo, pois a palavra pode exercer também função de oxítona, com a grafia “imundicie”.
Alternativa B.
A palavra “imundície” leva acento porque é uma paroxítona terminada em ditongo crescente “ie”.
Assinale a alternativa em que ambas as palavras são acentuadas por um mesmo motivo.
A) baús, açaí.
B) vendê-lo, possuí-lo.
C) saúde, daí.
D) êxtase, pênsil.
E) têmpora, têm.
Alternativa A.
Segundo as regras de acentuação da língua portuguesa, o “i” e o “u” no final de oxítonas, seguidos ou não de S, são acentuados desde que precedidos de vogal átona, na formação de um hiato. É o que ocorre nas palavras “baús”, “açaí”, “possuí-lo” e “daí”. Já “vendê-lo” é oxítona terminada em “e”. “Saúde” é paroxítona que apresenta hiato com “u” tônico (isolado na sílaba) precedido de vogal. Todas as proparoxítonas são acentuadas, como “êxtase” e “têmpora”. Já “pênsil” é uma paroxítona terminada em L. Por fim, “têm” apresenta acento diferencial.
Em hiatos, o “i” e o “u” tônicos (isolados na sílaba ou formando sílaba com S) são acentuados desde que precedidos de vogal. É uma exceção à regra a palavra paroxítona:
A) miudo.
B) atraido.
C) rainha.
D) possuido.
E) balaustre.
Alternativa C.
A exceção à regra ocorre quando o “i” é seguido de “nh”, como no caso de “ra-i-nha”.
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. Porto Alegre: L&PM, 2010.
Quais palavras abaixo, extraídas do poema de Augusto do Anjos, são acentuadas pelo mesmo motivo?
A) rutilância, influência, epigênese.
B) repugnância, ânsia, operário.
C) hipocondríaco, cardíaco, má.
D) roê-los, infância, inorgânica.
E) amoníaco, ruínas, análoga.
Alternativa B.
São paroxítonas terminadas em ditongo crescente: “rutilância”, “influência”, “repugnância”, “ânsia”, “operário” e “infância”. São proparoxítonas: “epigênese”, “hipocondríaco”, “cardíaco”, “inorgânica”, “amoníaco” e “análoga”. “Má” é um monossílabo tônico. “Roê-los” é oxítona terminada em E. Já “ruínas” é paroxítona com “i” isolado na sílaba na formação de hiato.
Analise os enunciados a seguir e marque a alternativa em que se verifica uso incorreto da acentuação gráfica.
A) As séries da Coreia do Sul são vistas por fãs no mundo inteiro.
B) Juvenal teve a idéia de plantar árvores no campo de futebol do bairro.
C) As atitudes heroicas não foram apreciadas pelo médico de plantão.
D) Um asteroide vai cair sobre o planeta, disse o famoso astrônomo.
E) Gisele estava paranoica e não ouvia a sábia voz da razão.
Alternativa B.
A paroxítona “ideia” não leva acento, afinal só levam acento as paroxítonas terminadas em “ã”, “ãs”, “ão”, “ãos”, “ei”, “eis”, “i”, “is”, “ons”, “um”, “uns”, “us”, “l”, “n”, “ps”, “r” e “x”.
Todas as palavras estão acentuadas corretamente, exceto:
A) Único.
B) Açúcar.
C) Sótão.
D) Destituí-la.
E) Destroi.
Alternativa E.
Oxítonas terminadas em “ói” levam acento.
Sobre a palavra “esteticamente”, é correto afirmar que:
A) é uma paroxítona terminada em E, por isso não é acentuada.
B) é uma proparoxítona, e todas as proparoxítonas devem ser acentuadas.
C) é advérbio derivado de uma proparoxítona, por isso deve ser acentuada.
D) sua sílaba forte é o primeiro “te”, que deveria levar acento agudo.
E) ela contraria as regras de acentuação gráfica.
Alternativa A.
O termo “esteticamente” é uma paroxítona. E só levam acento as paroxítonas terminadas em “ã”, “ãs”, “ão”, “ãos”, “ei”, “eis”, “i”, “is”, “ons”, “um”, “uns”, “us”, “l”, “n”, “ps”, “r” e “x”.
Analise estas afirmações:
I. Existem regras de acentuação distintas para o uso do acento agudo e do acento circunflexo.
II. Existem regras de acentuação distintas para o uso do acento agudo e do acento grave.
III. Monossílabos átonos terminados em “a”, “e” e “o” devem ser acentuados.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
Alternativa B.
As regras de acentuação são as mesmas tanto para o uso de acento agudo quanto para o uso de acento circunflexo. Já as regras de uso do acento grave indicador de crase são distintas das regras de uso do acento agudo. Por fim, os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e” e “o” devem ser acentuados.
Poema
Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
[...]
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua
Que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio,
Mas também bonito
Porque é iluminado
Pela beleza
Do que aconteceu
Há minutos atrás
CAZUZA; FREJAT, Roberto. Poema. In: MATOGROSSO, Ney. Olhos de farol. Rio de Janeiro: Polygram, 1999.
Quais palavras abaixo, extraídas da letra de música de Cazuza, são acentuadas pelo mesmo motivo?
A) “vê” e “é”.
B) “vê” e “está”.
C) “há” e “atrás”.
D) “há” e “está”.
E) “ingênua” e “também”.
Alternativa A.
As palavras “vê”, “é” e “há” são monossílabos tônicos terminados em “e” e “a”, respectivamente. Por isso, são acentuadas. Já “está” e “atrás” levam acento porque são oxítonas terminadas em “a” (seguidas ou não de S). “Também” é oxítona terminada em “em”, por isso é acentuada. Por fim, “ingênua” leva acento por ser uma paroxítona terminada em ditongo crescente.
A palavra “perdoo” não leva acento porque:
A) é oxítona terminada em “o”.
B) é paroxítona terminada em “o”.
C) é proparoxítona terminada em “o”.
D) apresenta ditongo.
E) apresenta tritongo.
Alternativa B.
“Perdoo” apresenta o hiato “oo”, além de ser paroxítona terminada em “o”. Portanto, não é acentuada.
Cada uma das frases abaixo apresenta termo que não segue as regras de acentuação gráfica da língua portuguesa, exceto:
A) O Norte e o Sul são dois pólos da Terra.
B) O homem pára e reflete sobre a existência.
C) Comi uma suculenta pêra após o almoço.
D) Os pêlos do meu braço arrepiaram-se.
E) Fiz todos os sacrifícios pelos meus filhos.
Alternativa E.
Não são acentuados os vocábulos “polos” (alternativa A), “para” (alternativa B), “pera” (alternativa C) e “pelos” (alternativa D e E).