Exercícios sobre interjeição e locução interjetiva
Sabemos que cada classe de palavras exerce alguma função morfológica no interior dos enunciados. Assim, podemos dizer que as interjeições têm a função de:
a) imitar os sons da realidade, como o latido de um cão, o barulho de uma porta sendo fechada, um vidro quebrado, um telefone tocando.
b) exprimir, de forma instantânea e enfática, sentimentos, emoções e reações psicológicas por meio dos sinais de pontuação, de gestos, bloqueios e efeitos sonoros. Exemplos: Psiu! Oh! Uau!
c) repetir os fonemas tônicos para que as palavras possam ser rimadas e dar sonoridade ao texto.
d) enfatizar palavras e expressões a partir do uso exagerado de sinais de pontuação.
e) realçar a combinação fonética intencional por parte do autor para causar efeitos sensoriais durante a leitura/declamação dos textos.
Letra B: As interjeições são palavras invariáveis da nossa língua que têm função de exprimir sentimentos e emoções.
Leia o poema “Canção do Exílio Facilitada”, de José Paulo Paes, que é uma paródia do poema “Canção do Exílio”, do poeta romântico Gonçalves Dias, para responder às questões 2 e 3:
Canção do Exílio Facilitada
LÁ?
AH!
SABIÁ...
PAPÁ...
MANÁ...
SOFÁ...
SINHÁ...
CÁ
BAH!
Tendo em vista a linguagem empregada e seus efeitos de sentido, podemos dizer que no poema há:
a) Onomatopeias: emprego de uma palavra ou de um grupo de palavras no intuito de imitar os sons da realidade.
b) Linguagem Fática: os sons produzidos pela linguagem fática não são dicionarizados, ou seja, não têm sentido próprio.
c) Palavras com sentido próprio e duas interjeições (ah! e bah!) que sintetizam o estado de espírito do eu lírico em relação à pátria e ao lugar em que se encontra.
d) Palavras com sentido próprio e três interjeições (sabiá!, papá!, cá!), as quais tentam imitar os sons da realidade.
e) Aliteração: repetição de consoantes para produzir um efeito sonoro significativo.
Letra C: Palavras com sentido próprio: lá (advérbio de lugar), sabiá (substantivo comum), papá (linguagem infantil para “papai” e para alguns alimentos), Maná (tudo o que é deleitoso, suave), sofá (substantivo comum), sinhá (forma de tratamento), cá (advérbio de lugar). Interjeições: ah!, bah!.
Analisando o poema de José Paulo Paes, é possível afirmar que as interjeições que compõem o poema são:
a) Lá e Maná (embora exerçam funções morfológicas distintas, são sinônimas e podem ser substituídas uma pela outra sem que haja prejuízo semântico);
b) Maná e Papá (já que não geram efeitos de sentido porque não têm significado próprios);
c) Sinhá e cá (imitam a fala coloquial de pessoas mais simples em diálogos informais);
d) Ah e bah (expressões que exprimem sentimentos, emoções e reações psicológicas);
e) Sabiá, sofá e sinhá (substantivos comuns que terminam com a sílaba tônica “á”.
Letra D: As únicas palavras do poema que não têm sentido dicionarizado e que tentam exprimir sentimentos e sensações são “ah” e “bah”.
Marque a única alternativa que não é composta apenas por Interjeições ou Locuções Interjetivas:
a) Uau! Psiu! Que horror!
b) Ai de mim! Ora bolas! Psiu!
c) Oh, céus! Alto lá! Quem me dera!
d) Au, au, au! Puxa vida! Alô!
e) Oba! Viva! Ufa!
Letra D: “Au, au, au” é a tentativa de imitação do latido dos cachorros, ou seja, trata-se de uma figura de som chamada de onomatopeia.