Exercícios sobre coronelismo
(Unesp) A República Brasileira, na última década do Século XIX, caminhava para a consolidação da oligarquia dos coronéis/fazendeiros. A crise econômico-financeira agravava as condições de vida na cidade e no campo. A rebelião de Canudos pode ser entendida como movimento de:
a) hesitação dos mandatários políticos em desfechar medidas repressivas contra a gente oprimida.
b) tensão social agravada pela expulsão dos camponeses que atuavam nas frentes pioneiras catarinenses e paranaenses.
c) resistência da população sertaneja contra a estrutura agrário-latifundiária e as medidas repressivas oficiais.
d) descontentamento dos fanáticos que buscavam efetivar práticas liberais burguesas.
e) rebeldia dos jagunços que se opunham à rede de açudes e às campanhas de combate às secas.
Letra C
A rebelião do Arraial de Canudos aconteceu no fim da década de 1890 e teve como motivação fundamental a resistência contra a República, que era considerada como o “Anticristo”, e contra os grandes latifúndios predominantes em terras sertanejas à época.
(UEL) O coronelismo, fenômeno social e político típico da República Velha, embora suas raízes se encontrem no Império, foi decorrente da:
a) promulgação da Constituição Republicana que institui a centralização administrativa, favorecendo nos Estados as fraudes eleitorais.
b) supremacia política dos Estados da região sul - possuidores de maior poder econômico - cuja força advinha da maior participação popular nas eleições.
c) montagem de modernas instituições - autonomia estadual, voto universal - sobre estruturas arcaicas, baseadas na grande propriedade rural e nos interesses particulares.
d) instituição da Comissão Verificadora de Poderes que possuía autonomia para determinar quem deveria ser diplomado deputado - reconhecendo os vitoriosos nas eleições.
e) predominância do poder federal sobre o estadual, que possibilitava ao governo manipular a população local e garantir à oligarquia a elaboração das leis.
Letra C
O coronelismo nasceu de um anseio por descentralização do poder que remontava à época do Segundo Reinado – na qual o poder estava completamente centralizado, sem autonomia para as regiões, ou províncias. Mas também nasceu como proposta localista à forma de organização política republicana, que dependia das políticas que os líderes locais (chamados “coronéis”) passaram a fazer a partir do governo de Prudente de Moraes (1894).
Leia o trecho a seguir: “Os autores que veem coronelismo no meio urbano e em fases recentes da história do país estão falando simplesmente de clientelismo. As relações clientelísticas, nesse caso, dispensam a presença do coronel, pois ela se dá entre o governo, ou políticos, e setores pobres da população. Deputados trocam votos por empregos e serviços públicos que conseguem graças à sua capacidade de influir sobre o Poder Executivo. Nesse sentido, é possível mesmo dizer que o clientelismo se ampliou com o fim do coronelismo e que ele aumenta com o decréscimo do mandonismo. À medida que os chefes políticos locais perdem a capacidade de controlar os votos da população, eles deixam de ser parceiros interessantes para o governo, que passa a tratar com os eleitores, transferindo para estes a relação clientelística.” (CARVALHO, José Murilo de. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma Discussão Conceitual. Dados, Rio de Janeiro, v. 40, n. 2, 1997.)
No texto acima, o historiador José Murilo de Carvalho está reivindicando um maior cuidado com o uso do termo “coronelismo” para analisar a história política brasileira, insistindo em não confundir clientelismo com coronelismo. Acompanhando o raciocínio de José Murilo de Carvalho, o coronelismo pode ser identificado como uma política praticada:
a) tipicamente no Sudeste do Brasil, em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, a partir da década de 1970.
b) majoritariamente nos grandes centros urbanos, a partir dos anos 2000.
c) tipicamente no período colonial pelos presidentes das províncias.
d) tipicamente nas regiões do interior do Brasil, com predominância agrária, na época da República Velha, na virada do século XIX para o XX.
e) tipicamente no período imperial por políticos que queriam romper com o poder central do império, sem se estender à República.
Letra D
O coronelismo ocorreu nas regiões centro-oeste e norte-nordeste (em especial, no sertão), principalmente na época da República Velha (1889-1930), ainda que tenham existido “ecos” de suas estruturas para além desse período.
O fenômeno político do coronelismo no Brasil esteve associado a um modo de política que caracterizou a República, a partir de 1894, como:
a) República dos oligarcas
b) República dos generais
c) República da espada
d) República parlamentar
e) República imperial
Letra A
A fase da República em que a atuação do coronelismo foi mais ativa também é denominada pelos historiadores como “República dos oligarcas”, em razão da política que se fazia em torno do poder econômico de oligarquias, como é o caso da paulista.