Exercícios sobre a cristianização dos bárbaros
Sobre o processo de conversão dos povos bárbaros, que invadiram o Império Romano, pelos líderes cristãos, podemos afirmar que:
- foi uma ação de aculturamento, em que os bárbaros perderam todas suas características culturais.
- os cristãos apostaram na estratégia de chamar os bárbaros para suas igrejas nas áreas urbanas.
- foi uma ação que impunha de cima para baixo o cristianismo aos povos bárbaros.
- houve, na verdade, uma troca cultural, sendo que ambos os lados assimilaram aspectos culturais um dos outros.
- a conversão dos bárbaros ao cristianismo estava relacionada a uma nova estratégia de expansão do Império Romano, adotada após o cristianismo ter se tornado religião oficial.
Letra D. É possível perceber a influência cultural em ambos os lados, com a cristianização dos bárbaros e a influência de traços culturais dos bárbaros na Igreja Romana, como alguns movimentos heréticos.
(FGV-SP) “O sacerdote, tendo-se posto em contato com Clóvis, levou-o pouco a pouco e secretamente a acreditar no verdadeiro Deus, criador do Céu e da Terra, e a renunciar aos ídolos que não lhe podiam ser de qualquer ajuda, nem a ele nem a ninguém [...] O rei, tendo, pois, confessado um Deus todo-poderoso na Trindade, foi batizado em nome do Pai, Filho e Espírito Santo e ungido do santo Crisma com o sinal-da-cruz. Mais de três mil homens do seu exército foram igualmente batizados [...]”
São Gregório de Tours. “A conversão de Clóvis.” Historia e Eclesiasticae Francorum. Apud PEDRO-SANCHES, M. G. História da Idade Média. Textos e testemunhas. São Paulo: Ed. Unesp, 2000. p. 44-45.
A respeito dos episódios descritos no texto, é correto afirmar:
- A conversão de Clóvis ao arianismo permitiu aos francos uma aproximação com os lombardos e a expansão de seu reino em direção ao Norte da Itália.
- A conversão de Clóvis, segundo o rito da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, significou um reforço político-militar para o Império Romano do Oriente.
- Com a conversão de Clóvis, de acordo com a orientação da Igreja de Roma, o reino franco tornou-se o primeiro Estado germânico sob influência papal.
- A conversão de Clóvis ao cristianismo levou o reino franco a um prolongado conflito religioso, uma vez que a maioria de seus integrantes manteve-se fiel ao paganismo.
- A conversão de Clóvis ao cristianismo permitiu à dinastia franca merovíngia a anexação da Itália a seus domínios e a submissão do poder pontifício à autoridade monárquica.
Letra C. A conversão de Clóvis representou uma aproximação duradoura entre os nobres germânicos e o poder papal, instalado em Roma.
(PUC-RS) Dentre os Reinos Bárbaros, surgidos após as invasões germânicas e o fim do Império Romano, o Reino Franco foi o mais importante porque:
- os reis francos se converteram ao cristianismo e defenderam o Ocidente contra o avanço dos muçulmanos.
- promoveu o desenvolvimento de atividades comerciais entre o Ocidente e o Oriente, através das cruzadas.
- nesse período a sociedade feudal atingiu sua conformação clássica e o apogeu econômico e cultural.
- houve uma centralização do poder e viveu-se um período de paz externa e interna, o que permitiu controlar o poder dos nobres sobre os servos.
- os reis francos conseguiram realizar uma síntese entre a cultura romana e a oriental, que serviria de inspiração ao Renascimento Cultural do século XIV.
Letra A. A ação de Carlos Martel, um dos reis francos cristianizados, contribuiu para evitar o avanço dos muçulmanos para além da Península Ibérica.
A maior parte dos povos bárbaros cristianizados aderiu inicialmente ao arianismo, uma interpretação religiosa combatida como heresia pela Igreja Católica em virtude da afirmação de que:
- os povos da raça ariana eram superiores aos demais existentes na Terra, principalmente os judeus.
- Cristo, Deus e o Espírito Santo eram formados pela mesma essência divina, dando origem à doutrina da Santíssima Trindade.
- Cristo era uma criatura semelhante aos demais seres humanos, não era eterno, negando, dessa forma, seu caráter divino.
- Cristo era divino como Deus, sendo os dois, Pai e Filho, formados da mesma substância.
Letra C. Segundo o arianismo, Cristo não era da mesma substância divina de Deus, sendo uma criatura de Deus como as demais, apesar de ter sido o ser humano perfeito.