Exercícios sobre guerrilha e terrorismo

Como estes exercícios sobre guerrilha e terrorismo, você pode testar os seus conhecimentos sobre esses temas correlatos da história contemporânea. Publicado por: Cláudio Fernandes
Questão 1

(ENEM)

1 – “(...) o recurso ao terror por parte de quem já detém o poder dentro do Estado não pode ser arrolado entre as formas de terrorismo político, porque este se qualifica, ao contrário, como o instrumento ao qual recorrem determinados grupos para derrubar um governo acusado de manter-se por meio do terror”.

2 – Em outros casos “os terroristas combatem contra um Estado de que não fazem parte e não contra um governo (o que faz com que sua ação seja conotada como uma forma de guerra), mesmo quando por sua vez não representam um outro Estado. Sua ação aparece então como irregular; no sentido de que não podem organizar um exército e não conhecem limites territoriais, já que não provêm de um Estado”.

(Dicionário de Política(org.) BOBBIO, N., MATTEUCCI, N. e PASQUINO, G., Brasília: Edunb,1986).

De acordo com as duas afirmações, é possível comparar e distinguir os seguintes eventos históricos:

I. Os movimentos guerrilheiros e de libertação nacional realizados em alguns países da África e do sudeste asiático entre as décadas de 1950 e 70 são exemplos do primeiro caso.

II. Os ataques ocorridos na década de 1990, como às embaixadas de Israel, em Buenos Aires, dos EUA, no Quênia e Tanzânia, e ao World Trade Center em 2001, são exemplos do segundo caso.

III. Os movimentos de libertação nacional dos anos 50 a 70 na África e sudeste asiático, e o terrorismo dos anos 90 e 2001 foram ações contra um inimigo invasor e opressor, e são exemplos do primeiro caso.

É correto o que se afirma apenas em:

a) I.

b) II

c) I e II

d) I e III

e) Il e III.

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Resposta

Letra C

O uso do terror por parte de guerrilhas de “libertação nacional”, como as dos exemplos citados no tópico I, por não terem uma agenda de ataque a alvos civis aleatórios (como é o caso do terrorismo perpetrado pela Al-Qaeda), mas uma agenda revolucionária geralmente local e restrita, não podem ser qualificados, segundo a questão (que se apoia na definição dos autores citados), como “terrorismo político”. As ações de grupos como a Al-Qaeda são definidas como terrorismo por terem como alvo não um Estado Nacional constituído (e eventualmente autoritário), mas algo que é externo a ela.

Questão 2

Podemos afirmar que a palavra “guerrilha” deriva do espanhol “guerrilla” (pequena guerra), que teve sua origem no contexto:

a) das guerras pela Reconquista da Península Ibérica no século XV.

b) da Guerra Civil Espanhola.

c) da resistência espanhola às invasões napoleônicas.

d) das guerras pela Independência das Colônias da América do Sul.

e) da Guerra de Independência de Cuba, em 1898.

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Resposta

Letra C

A expressão guerrilha apareceu pela primeira vez durante as revolutas populares da população espanhola contra o domínio napoleônico entre os anos de 1808 e 1812. Essa resistência era feita de modo irregular, isto é, sem a formação, o armamento e as estratégias dos exércitos regulares, mas com uso de armas de fabricação artesanal, emboscadas, sabotagens etc.

Questão 3

(Mackenzie) As explosões de bombas na Embaixada dos Estados Unidos, em Nairobi e Dar es-Salaan, em 8 de agosto de 1998, e os atentados de 11 de setembro de 2001 ao World Trade Center e ao Pentágono aterrorizaram e desviaram a atenção do mundo ocidental para os grupos radicais islâmicos fundamentalistas e para o Islão. Noam Chomsky sobre o Islão e a suas relações com grupos terroristas.

A partir do texto, é correto afirmar que:

a) no Islão, o código moral e as normas de comportamento são definidos pelo Corão, e a Guerra Santa, contra o mundo ocidental, é pregada por grande parte dos islâmicos fundamentalistas.

b) segundo a tradição islâmica, a palavra Islão significa “pregação religiosa politeísta e idolatria anual às divindades na cidade de Meca”, prática defendida pelos fundamentalistas islâmicos.

c) os conflitos entre os norte-americanos e os fundamentalistas têm suas raízes na pretensão da ONU de organizar, no Islão, um Estado centralizado, nos moldes do Estado de Israel.

d) todos os integrantes do fundamentalismo islâmico condenaram as ações terroristas contra os EUA e os conflitos podem ser atribuídos às políticas de Osama bin Laden e George W. Bush.

e) os fundamentalistas não aceitam a defesa, por parte de alguns líderes do Islão e dos americanos, do direito de livre-escolha religiosa e da conversão dos não islâmicos à religião muçulmana.

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Letra A

O Corão, livro sagrado dos muçulmanos, orienta a conduta, as leis e a estrutura de organização familiar, social e política dos países islâmicos. Os fundamentalistas, ou extremistas, partidários de interpretações radicais da tradição islâmica, optaram, como Sayydi Qutb, pela via terrorista.

Questão 4

O adjetivo “terrorista” apareceu pela primeira vez no escrito Letters on a Regicide Peace (Cartas sobre uma paz regicida) do filósofo irlandês Edmund Burke, publicado em 1796. Burke referia-se a um período da Revolução Francesa, que se estendeu de 5 de setembro de 1793 a 27 de julho de 1794, conhecido como “o Terror”, comandado:

a) por Mirabeau.

b) pelos jacobinos.

c) pelos girondinos.

d) por Napoleão III.

e) por Napoleão Bonaparte.

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Resposta

Letra B

Burke tinha como alvo a Revolução Francesa como um todo, mas a aplicação do adjetivo “terrorista” estava relacionada estritamente com a conduta dos jacobinos durante a fase do “Terror”, ou da “Convenção Nacional”, na qual milhares de pessoas foram condenadas à morte pela guilhotina.

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