Exercícios sobre o acidente com césio-137
(UNCISAL) Um dos maiores acidentes com o isótopo 137Cs aconteceu em setembro de 1987, na cidade de Goiânia, Goiás, quando um aparelho de radioterapia desativado foi desmontado em um ferro-velho. O desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas por radiações emitidas por uma cápsula que continha 137Cs, sendo o maior acidente radioativo do Brasil e o maior ocorrido fora das usinas nucleares. O lixo radioativo encontra-se confinado em contêineres (revestidos com concreto e aço) em um depósito que foi construído para esse fim. Se no lixo radioativo encontra-se 20 g de 137Cs e o seu tempo de meia-vida é 30 anos, depois de quantos anos teremos aproximadamente 0,15 g de 137Cs?
a) 90
b) 120
c) 150
d) 180
e) 210
Letra e). A meia-vida é o tempo que um material leva para reduzir metade da sua massa radioativa. No caso do césio-137, a meia-vida é de 30 anos. Assim, se temos 20 gramas dele e, a cada 30 anos, a massa reduz-se pela metade, logo:
No esquema, podemos perceber que demorará 210 anos para que 20 gramas de césio reduzam-se a 0,15625 gramas.
Em 13 de setembro de 1987, na cidade de Goiânia, Goiás, uma cápsula de césio-137, deixada em uma sala do antigo Instituto Goiano de Radiologia (IGR), foi removida, violada e vendida por dois trabalhadores. Atraídos pela intensa luminescência azul do sal de césio-137 contido na cápsula, adultos e crianças manipularam-no e distribuíram-no entre parentes e amigos. O saldo dessa experiência foi a morte de 4 pessoas, e a contaminação, em maior ou menor grau, de mais de 200 pessoas. Um complexo encadeamento desses fatos resultou na contaminação de três depósitos de ferro-velho, diversas residências e locais públicos. As pessoas contaminadas, que procuraram farmácias e hospitais, foram inicialmente medicadas como vítimas de alguma doença infectocontagiosa. O POPULAR, Goiânia, 31 ago. 2007, p. 3. [Adaptado].
Após a descoberta da contaminação, qual das substâncias a seguir foi utilizada no tratamento das pessoas doentes por causa do césio-137?
a) Iodeto de sódio
b) Hidróxido de alumínio
c) Azul da Prússia
d) Iodeto de potássio
e) Hidróxido de magnésio
Letra c). As outras alternativas estão incorretas porque:
a- O iodeto de sódio é uma substância utilizada para tratar tireoide hiperativa e certos tipos de câncer de tireoide.
b / e- Tanto o hidróxido de alumínio quanto o hidróxido de magnésio são utilizados como antiácidos estomacais.
D - O iodeto de potássio é utilizado para tratar pessoas que foram contaminadas com iodeto radioativo por inalação ou exposição acidental.
“Um dos maiores acidentes com o isótopo Césio-137 teve início no dia 13 de setembro de 1987, em Goiânia, Goiás. O desastre fez centenas de vítimas, todas contaminadas por meio de radiações emitidas por uma única cápsula que continha césio-137. O instinto curioso de dois catadores de lixo e a falta de informação foram fatores que deram espaço ao ocorrido. Ao vasculharem as antigas instalações do Instituto Goiano de Radioterapia (também conhecido como Santa Casa de Misericórdia), no centro de Goiânia, tais homens se depararam com um aparelho de radioterapia abandonado. Leigos no assunto, não tinham a menor noção do que era aquela máquina e o que continha realmente em seu interior. Após retirarem as peças de seus interesses, venderam o que restou ao proprietário de um ferro-velho. O dono do estabelecimento, ao desmontar a máquina, expôs ao ambiente 19,26 g de cloreto de césio-137, um pó branco parecido com o sal de cozinha que, no escuro, brilha com uma coloração azul.’’
A partir do nome do material que provocou o acidente radioativo em Goiânia, qual das fórmulas abaixo o representa?
a) CsClO4
b) CsClO3
c) CsCl
d) CsClO
e) CsClO2
Letra c). O ânion cloreto apresenta formulação (Cl) e carga -1, e o cátion césio (Cs) apresenta carga +1 por ser da família dos metais alcalinos (IA). As outras fórmulas pertencem às seguintes substâncias:
a- Perclorato de césio
b- Clorato de césio
d- Hipoclorito de césio
e- Clorito de césio
(Mackenzie-SP) O acidente com o césio-137 em Goiânia, no dia 13 de setembro de 1987, foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido em área urbana. A cápsula de cloreto de césio (CsCl), que ocasionou o acidente, fazia parte de um equipamento hospitalar usado para radioterapia que utilizava o césio-137 para irradiação de tumores ou de materiais sanguíneos. Nessa cápsula, havia aproximadamente 19 g do cloreto de césio-137 (t1/2 = 30 anos), um pó branco parecido com o sal de cozinha, mas que, no escuro, brilha com uma coloração azul. Admita que a massa total de cloreto de césio, contida na cápsula, tenha sido recuperada durante os trabalhos de descontaminação e armazenada no depósito de rejeitos radioativos do acidente, na cidade de Abadia de Goiás. Dessa forma, o tempo necessário para que restem 6,25% da quantidade de cloreto de césio contida na cápsula e a massa de cloreto de césio-137 presente no lixo radioativo, após sessenta anos do acidente, são, respectivamente,
a) 150 anos e 2,37 g.
b) 120 anos e 6,25 g.
c) 150 anos e 9,50 g.
d) 120 anos e 9,50 g.
e) 120 anos e 1,87 g.
Letra e). O acidente radioativo em Goiânia foi provocado por 19 gramas de césio-137, que apresenta uma meia-vida de 30 anos.
Como a massa de 19 gramas causou todo o acidente, podemos considerá-la como 100%. Para saber a massa correspondente a 6,25%, é necessário antes saber o tempo necessário para essa redução na porcentagem. Para isso, iniciamos o esquema de meia-vida com 100% e prosseguimos até 6,25%, sempre de 30 em 30 anos:
No esquema, podemos observar que, de 100% de césio até chegar a 6,25%, passaram-se 120 anos. Com esse dado, podemos descobrir a massa de césio-137 que resta a partir de 19 g. Essa massa decai pela metade a cada 30 anos. O esquema de meia-vida prossegue até um total de 120 anos.