Exercícios sobre Mineração no Brasil Colonial

Com estes exercícios sobre Mineração no Brasil Colonial, você terá a oportunidade de ampliar os seus conhecimentos sobre a atividade mineradora no sudeste brasileiro. Publicado por: Cláudio Fernandes
Questão 1

(PUC – SP) “Assim confabulam, os profetas, numa reunião fantástica, batida pelos ares de Minas. Onde mais poderíamos conceber reunião igual, senão em terra mineira, que é o paradoxo mesmo, tão mística que transforma em alfaias e púlpitos e genuflexórios a febre grosseira do diamante, do ouro e das pedras de cor?” (ANDRADE, Carlos Drummond de. Colóquio das Estátuas. In: MELLO, S. Barroco mineiro. São Paulo: Brasiliense, 1985.)

A origem desse traço contraditório que o poeta afirma caracterizar a sociedade mineira remete a um contexto no qual houve:

a) a reafirmação bilateral do Tratado de Tordesilhas entra Portugal e Espanha e o crescimento da miscigenação racial no ambiente colonial.

b) o rebaixamento na política de distribuição de terras na colônia e a vigência de uma concepção racionalista de planejamento das cidades.

c) a diversificação das atividades produtivas na colônia e a construção de um conjunto artístico e arquitetônico que singularizou a principal região da mineração.

d) o deslocamento do eixo produtivo do nordeste para as regiões centrais da colônia e o desenvolvimento de uma estética que procurava reproduzir as construções românicas europeias.

e) a expansão do território colonial brasileiro e a introdução, em Minas, da arte conhecida como gótica, especialmente na decoração dos interiores das igrejas.

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Letra C

Com a descoberta das “minas gerais” na região onde hoje se encontram cidades como Ouro Preto, Mariana, Diamantina etc. (todas no Estado de Minas Gerais), a riqueza e a prosperidade proporcionaram um grande florescimento das artes em geral. O estilo barroco foi predominante no período, e artistas como Aleijadinho, Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa tornaram-se célebres.

Questão 2

Com a descoberta das minas de metais e pedras preciosas nos séculos XVII e XVIII, muitos colonos aventureiros de outras capitanias do Brasil dirigiram-se à Capitania de São Paulo, onde, à época, encontravam-se centros da mineração. A relação entre mineradores paulistas e aqueles que lá chegavam passou a ficar tensa na primeira década do século XVIII, fato que deu origem a um confronto sangrento conhecido como:

a) Guerra dos Emboabas

b) Guerra de Canudos

c) Revolta do Contestado

d) Guerra dos Tropeiros

e) Guerra do Distrito Diamantino

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Letra A

A Guerra dos Emboabas ocorreu entre 1706 e 1709 e levou esse nome em decorrência do apelido que foi dado aos migrantes de outras capitanias que chegaram às minas paulistas. Os “emboabas”, liderados por Manuel Nunes Viana, procuraram enfraquecer a hegemonia dos paulistas nos centros mineradores, o que desencadeou o conflito.

Questão 3

(Fuvest) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:

a) a urbanização da Amazônia, o início da produção do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes.

b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.

c) a industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais.

d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus.

e) o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul.

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Letra E

A atividade mineradora no Brasil deslocou o centro de geração de riquezas no Brasil da região Nordeste (sobretudo, Pernambuco) para as regiões do Sul e Sudeste, onde as minas foram descobertas. Além disso, o processo de desbravamento e ocupação das terras de regiões do interior (do sertão), sem o qual a mineração não haveria se desenvolvido, acabou proporcionando também outras atividades econômicas, como a agricultura e a pecuária.

Questão 4

Leia o texto a seguir: “Entre 1740 e 1771, a região, inteiramente demarcada pelas autoridades e já constituindo o 'distrito diamantino', foi entregue a contratadores, como o famoso João Fernandes de Oliveira. Problemas de administração e contrabando crescente, além das sempre presentes dificuldades de comercialização no mercado mundial, fizeram com que o Estado assumisse a exploração da área. A Real Extração passou a ser regulamentada por um severo regimento, chamado “Livro da Capa Verde”, ficando o distrito sob a responsabilidade de um intendente nomeado pelo governo metropolitano”. (Wehling, Arno. Formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994. p. 213.)

O texto acima aponta uma mudança substancial na administração da extração de pedras preciosas na região do Distrito Diamantino a partir de 1640. Essa mudança foi possível, sobretudo, pela instituição:

a) da Intendência das Minas

b) dos Regulamentos do Marquês de Pombal

c) dos Contratos de Monopólio

d) da Casa de Fundição

e) do sistema de capitação.

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Letra C

A partir de 1740, os chamados Contratos de Monopólio, instituídos pela coroa portuguesa, pretendiam dar uma maior rigidez ao controle sobre a extração de diamantes. Com esse sistema, um único contratador conseguia o monopólio da exploração durante um tempo preestabelecido e devia pagar à coroa uma taxa anual. Esse sistema só deixou de vigorar após a criação da Real Extração.