40 exercícios sobre crase
(Enem)
Disponível em: http://ziraldo.blogtv.uol.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010.
O cartaz de Ziraldo faz parte de uma campanha contra o uso de drogas. Essa abordagem, que se diferencia das de outras campanhas, pode ser identificada
A) pela seleção do público-alvo da campanha, representado, no cartaz, pelo casal de jovens.
B) pela escolha temática do cartaz, cujo texto configura uma ordem aos usuários e não usuários: diga não às drogas.
C) pela ausência intencional do acento grave, que constrói a ideia de que não é a droga que faz a cabeça do jovem.
D) pelo uso da ironia, na oposição imposta entre a seriedade do tema e a ambiência amena que envolve a cena.
E) pela criação de um texto de sátira à postura dos jovens, que não têm autonomia para seguir seus caminhos.
Alternativa C.
A expressão “não a droga”, no cartaz, indica que quem escolhe o caminho é o receptor da mensagem, não a droga. No entanto, se o enunciador do texto colocasse acento grave sobre o “a” (“não à droga”), a frase se tornaria uma negativa ao uso de drogas.
Assinale a alternativa em que o uso ou não uso do acento grave indicador de crase está INCORRETO.
A) Os irmãos foram à escola para as aulas de recuperação.
B) Minha filha tem amor às coisas simples da vida.
C) Somos fiéis aquilo que nos ensinaram nossos avós.
D) A conferência à qual assisti ontem foi cansativa.
E) Chegamos à conclusão de que tudo está perdido.
Alternativa C.
No enunciado “Somos fiéis aquilo que nos ensinaram nossos avós”, temos o adjetivo “fiéis”, o qual exige a preposição “a”. Essa preposição deve se fundir ao pronome “aquilo”, ocorrendo, assim, a crase: “Somos fiéis àquilo que nos ensinaram nossos avós”.
Preencha as lacunas do texto abaixo:
Sou favorável ____ pena educativa, pois tenho amor ____ educação e ____ liberdade.
A ordem correta de preenchimento das lacunas é:
A) à, à, à.
B) a, a, a.
C) a, à, à.
D) à, à, a.
E) a, a, à.
Alternativa A.
Lacunas preenchidas: “Sou favorável à pena educativa, pois tenho amor à educação e à liberdade”. Nas três ocorrências, a preposição “a” se junta ao artigo feminino “a”, na formação da crase.
Preencha as lacunas do texto abaixo com “a”, “as”, “à” ou “às”:
Alice deu muito trabalho ____ professora Mércia. A professora contava-me ____ sua aflição diante do desinteresse da aluna, a qual ia ____ festas das amigas, mas nunca tinha tempo para estudar.
A ordem correta de preenchimento das lacunas é:
A) a, à, as.
B) à, a, às.
C) à, à, às.
D) a, a, às.
E) à, à, as.
Alternativa B.
Lacunas preenchidas: “Alice deu muito trabalho à professora Mércia. A professora contava-me a sua aflição diante do desinteresse da aluna, a qual ia às festas das amigas, mas nunca tinha tempo para estudar”.
Os verbos “deu” e “ia” pedem preposição “a”, já seus complementos “professora” e “festas” são, respectivamente, precedidos dos artigos femininos “a” e “as”, que, ao se fundirem com a preposição, formam crase. Já o verbo “contava” tem como objeto direto (portanto, sem preposição) a expressão “a sua aflição”.
(Acafe-modificada)
Observe as seguintes placas de trânsito:
PLACA 1
PLACA 2
PLACA 3
PLACA 4
Disponível em: https://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1084842-5598,00-ENVIE+FOTOS+DE+PLACAS +CURIOSAS+OU+COM+ERROS+DE+PORTUGUES.html. Acesso em 10 out. 2022.
Quanto ao uso ou não uso do acento grave, está CORRETA a placa:
A) 1
B) 4
C) 2
D) 3
Alternativa B.
Estão incorretas: placa 1, pois não ocorre crase diante de palavra masculina, sendo correto escrever “sujeito a guincho”; placa 2, já que não ocorre crase diante de verbo, sendo correto escrever “a partir”; placa 3, uma vez que a locução adverbial “à esquerda” apresenta acento grave. Portanto, está correta a placa 4, pois a expressão “a 200 metros” não apresenta acento grave, sendo “duzentos” uma palavra masculina.
Preencha as lacunas do texto abaixo:
Minha viagem ____ Itália fez-me chegar ____ conclusão de que meu país é o melhor lugar para se viver, e sou grato ____ meus pais por isso.
A ordem correta de preenchimento das lacunas é:
A) à, à, à.
B) a, a, a.
C) a, à, à.
D) à, à, a.
E) a, a, à.
Alternativa D
Lacunas preenchidas: “Minha viagem à Itália fez-me chegar à conclusão de que meu país é o melhor lugar para se viver, e sou grato a meus pais por isso”. Na última ocorrência, temos apenas preposição “a”. Já na primeira e segunda ocorrências, a preposição “a” se junta ao artigo feminino “a” na formação da crase. Para se ter certeza de que há artigo feminino antes da palavra “Itália”, basta trocar “viagem” por “vinda”: “Minha vinda da Itália”. Perceba que ocorre a junção entre a preposição “de” e o artigo feminino “a”.
Preencha as lacunas do texto abaixo:
__________ descobrimos pequenos segredos que nos fascinam. E entendemos que todas __________ que estivemos confusos e perdemos __________ de saber era porque não estávamos __________ com nossa realidade.
A ordem correta de preenchimento das lacunas é:
A) Às vezes, as vezes, a vontade, à vontade.
B) As vezes, às vezes, à vontade, a vontade.
C) À vontade, as vezes, a vontade, às vezes.
D) A vontade, as vezes, à vontade, às vezes.
E) Às vezes, as vezes, à vontade, a vontade.
Alternativa A.
Lacunas preenchidas: “Às vezes descobrimos pequenos segredos que nos fascinam. E entendemos que todas as vezes que estivemos confusos e perdemos a vontade de saber era porque não estávamos à vontade com nossa realidade”. Assim, as expressões “às vezes” e “à vontade” são locuções adverbiais, já “as vezes” e “a vontade” apresentam artigo seguido de substantivo.
Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as seguintes afirmações:
( ) No português brasileiro, o acento grave é usado também como acento diferencial.
( ) O acento grave indica a fusão entre a preposição “a” e o artigo definido “a”.
( ) Em casos especiais, é permitido usar acento grave na preposição “a” que antecede artigo feminino “uma”.
A sequência correta é:
A) V, V, F.
B) F, F, F.
C) V, F, F.
D) F, F, V.
E) F, V, F.
Alternativa E.
No português brasileiro, o acento grave é usado apenas para indicar a crase. Assim, o acento grave indica a fusão entre a preposição “a” e o artigo definido “a”, e jamais pode ser usado antes de artigo feminino “uma”, como “cheguei a uma encruzilhada”.
(Unesp)
O pai, hoje e amanhã
(Carlos Drummond de Andrade)
A civilização industrial, entidade abstrata, nem por isso menos poderosa, encomendou à ciência aplicada a execução de um projeto extremamente concreto: a fabricação do ser humano sem pais. A ciência aplicada faz o possível para aviar a encomenda a médio prazo. Já venceu a primeira etapa, com a inseminação artificial, que, de um lado, acelera a produtividade dos rebanhos (resultado econômico) e, de outro, anestesia o sentimento filial (resultado moral).
[...]
Aparentemente, tal projeto parece coincidir com a tendência, acentuada nos últimos anos, de se contestar a figura tradicional do pai. Eliminando-se a presença incômoda, ter-se-ia realizado o ideal de inúmeros jovens que se revoltam contra ela — o pai de família e o pai social, o governo, a lei — e aspiram à vida isenta de compromissos com valores do passado.
Julgo ilusória esta interpretação. O projeto tecnológico de eliminação do pai vai longe demais no caminho da quebra de padrões. A meu ver, a insubmissão dos filhos aos pais é fenômeno que envolve novo conceito de relações, e não ruptura de relações.
De notícias e não notícias faz-se a crônica, 1975.
“[...] e aspiram à vida isenta de compromissos com valores do passado.”
Na frase apresentada, a colocação do acento grave sobre o “a” informa que
A) o “a” deve ser pronunciado com alongamento, já que se trata de dois vocábulos, um pronome átono e uma preposição, representados por uma só letra.
B) o “a”, por ser pronome átono, deve ser sempre colocado após o verbo, em ênclise, e pronunciado como um monossílabo tônico.
C) o verbo “aspirar”, na regência em que é empregado, solicita a preposição “a”, que se funde com o artigo feminino “a”, caracterizando uma ocorrência de crase.
D) o “a”, como artigo definido, é um monossílabo átono, e o acento grave tem a finalidade de sinalizar ao leitor essa atonicidade.
E) o termo “de compromissos com valores do passado” exerce a função de adjunto adverbial de “isenta”.
Alternativa C.
Em “aspiram à vida”, o verbo “aspirar” é empregado com o sentido de “desejar”. Nessa acepção, ele exige objeto indireto, portanto, com preposição “a”. Já o substantivo “vida” é antecedido de artigo “a”. A fusão entre preposição “a” e artigo feminino “a” é o que se chama de crase, indicada com o acento grave.
Preencha as lacunas do texto abaixo:
Em referência ____ tantas manifestações de repúdio, só posso dizer que tenho horror ____ qualquer ato ilegal, mas recorro ____ premissa do benefício da dúvida.
A ordem correta de preenchimento das lacunas é:
A) à, à, à.
B) a, a, a.
C) a, à, à.
D) à, à, a.
E) a, a, à.
Alternativa E.
Lacunas preenchidas: “Em referência a tantas manifestações de repúdio, só posso dizer que tenho horror a qualquer ato ilegal, mas recorro à premissa do benefício da dúvida”. Na primeira e segunda ocorrências, temos apenas preposição “a”. Já na última ocorrência, a preposição “a” se junta ao artigo feminino “a” na formação da crase.
Em todas as orações abaixo, o uso do acento grave é obrigatório, EXCETO:
A) Estávamos à distância de 50 metros de nosso destino.
B) Vimos nossos pais à distância, como se não fossem eles.
C) Percebemos que estavam à distância de poucos metros.
D) Ficamos à distância de alguns passos apenas.
E) Eles ficaram à distância de dois metros e meio.
Alternativa B.
O acento grave é obrigatório na locução adverbial feminina “à distância de”, pois essa distância é especificada ou qualificada. Já na expressão “a distância”, o acento grave não precisa ser utilizado, pois tal distância não é especificada. Portanto: “Vimos nossos pais a distância, como se não fossem eles”.
D. Evarista ficou aterrada. Foi ter com o marido, disse-lhe “que estava com desejos”, um principalmente, o de vir ao Rio de Janeiro e comer tudo o que a ele lhe parecesse adequado a certo fim. Mas aquele grande homem, com a rara sagacidade que o distinguia, penetrou a intenção da esposa e redarguiu-lhe sorrindo que não tivesse medo. Dali foi à Câmara, onde os vereadores debatiam a proposta, [...]. Quem quisesse emplumar os cavalos de um coche mortuário pagaria dois tostões à Câmara, repetindo-se tantas vezes esta quantia quantas fossem as horas decorridas entre a do falecimento e a da última bênção na sepultura. O escrivão perdeu-se nos cálculos aritméticos do rendimento possível da nova taxa; e um dos vereadores, que não acreditava na empresa do médico, pediu que se relevasse o escrivão de um trabalho inútil.
MACHADO DE ASSIS. O alienista. In: MACHADO DE ASSIS. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. 2.
No fragmento de O alienista, as duas ocorrências da crase indicam que o substantivo “Câmara” é:
A) objeto direto.
B) objeto indireto.
C) complemento nominal.
D) adjunto adnominal.
E) sujeito simples.
Alternativa B.
O substantivo “Câmara” é complemento dos verbos “foi” e “pagaria”. A presença da preposição “a” se justifica porque “Câmara” é um objeto indireto. Da união dessa preposição com o artigo feminino “a” (a Câmara), resulta a crase.
(Unimontes)
Aprenda a se concentrar
Edison não conseguia se concentrar de jeito nenhum. Tinha sempre dois ou três empregos e passava o dia indo de um para outro. Adorava trocar mensagens, e se acostumou a escrever recados curtos e constantes, às vezes para mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Apesar de ser um homem mais inteligente do que a média, sofria quando precisava ler um livro inteiro. Para completar, comia rápido, dormia pouco e não conseguia se dedicar ao casamento conturbado, por falta de tempo. Identificou-se? Claro, quem não tem esses problemas? Passar horas no twitter ou no celular, correr de um lado para o outro e ter pouco tempo disponível para tantas coisas que você tem que fazer são dramas que todo mundo enfrenta. Mas esse não é um mal do nosso tempo. O rapaz dessa história era ninguém menos que Thomas Edison, o inventor da lâmpada. A década era a de 1870, e o aparelho que ele usava para mandar e receber mensagens, um telégrafo. O relato, que está em uma edição de 1910 do jornal New York Times, conta que, quando Edison finalmente percebeu que seu problema era falta de concentração, parou tudo. Fechou-se em seu escritório e focou em um problema de cada vez. A partir daí, produziu.
[...]
BLANCO, Gisela. Aprenda a se concentrar. Revista Superinteresante, São Paulo, p. 48-55, julho de 2012. Texto adaptado.
Observe o trecho: “Adorava trocar mensagens e se acostumou a escrever recados curtos e constantes, às vezes para mais de uma pessoa ao mesmo tempo”.
Assinale a alternativa em que o uso do sinal indicativo de crase obedece à mesma regra que foi aplicada no termo destacado acima.
A) Os especialistas referem-se à concentração como uma capacidade que pode ser aprimorada.
B) Para os neurologistas, boa parte da capacidade de concentração está relacionada às características do nosso DNA.
C) À primeira vista, pode ser considerado um fracasso o fato de distrair-se com facilidade.
D) Alguns psicólogos atribuem à concentração o fato de ser uma característica cultural.
Alternativa C.
As expressões “às vezes” e “à primeira vista” são locuções adverbiais femininas, por isso levam acento grave indicador de crase.
A crase não é a fusão entre:
A) a preposição “a” e o artigo feminino “a”.
B) a preposição “a” e o artigo feminino “uma”.
C) a preposição “a” e o pronome demonstrativo “aquela”.
D) a preposição “a” e o pronome demonstrativo “aquele”.
E) a preposição “a” e o pronome relativo “a qual”.
Alternativa B.
Não ocorre fusão entre a preposição “a” e o artigo feminino “uma”. Portanto, não ocorre crase quando essas duas classes de palavras se encontram.
Assinale a alternativa em que o uso do acento grave indicador de crase é necessário.
A) Sabemos que a distância que nos separa é intransponível.
B) Conhecemos a proporção de nossos atos impensados.
C) Viemos sem avisar, quando a tarde caía melancólica.
D) Chegamos a homicídios e procuramos logo o delegado.
E) Quando a noite chega, temos que fechar as portas.
Alternativa D.
Em “Chegamos à homicídios e procuramos logo o delegado”, o uso do acento grave se justifica porque o substantivo feminino “delegacia” está implícito no período: “Chegamos à [delegacia de] homicídios e procuramos logo o delegado”.
Sobre a frase “Pediu dinheiro à tia e ficou atento à sua reação”, é correto afirmar:
A) O verbo “pedir” é apenas transitivo direto.
B) A expressão “à tia” é um complemento nominal.
C) O adjetivo “atento” não pede complemento.
D) A expressão “à sua reação” é complemento nominal.
E) O uso de acento grave em “à sua reação” é obrigatório.
Alternativa D.
“Pedir” é verbo transitivo direto e indireto, sendo um de seus complementos verbais o objeto indireto (portanto, com preposição) “à tia”. O uso do acento grave assim se justifica, já que a preposição “a” se funde ao artigo feminino “a” antes do substantivo “tia”. Já o termo “atento” é um adjetivo cujo complemento nominal (iniciado com preposição) é “à sua reação”. Diante do pronome possessivo “sua”, o uso de acento grave é facultativo.
(Unimontes)
O instinto animal
Alguns traduzem por “instinto animal” o que o economista inglês John Maynard Keynes na década de 30 descreveu como “animal spirit”, isto é, espírito animal. A tradução do termo original não importa muito, importa o que significa, e significa várias coisas: o gosto ou a capacidade pelo risco ao investir, por exemplo, quando se fala em empresários e economia. Neste artigo tomo a expressão como nossa capacidade geral de sentir, pressentir algo, e agir conforme. Isso se refere não só a indivíduos, mas a grupos, instituições, estados, governos. Sendo intuição e audácia, ele melhora se misturado com alguma prudência e sabedoria, para que o bolo não desande.
Não me parece muito apurado o espírito animal que, nas palavras de uma autoridade, declara que empregar 7% do PIB em educação (e 10% em mais alguns anos) vai “quebrar o país”. Educação não quebra nada: só constrói. Sendo bom esse instinto ou espírito, o fator educação terá de ser visto como o mais importante de todos. Aquele, sólido e ótimo, sem o qual não há crescimento, não há economia saudável, não há felicidade. Uso sem medo o termo “felicidade”, pois não me refiro a uma cômoda alienação e ignorância dos problemas, mas ao mínimo de harmonia interna pessoal, e com o mundo que nos rodeia. Não precisar ter angústias extremas com relação ao essencial para a nossa dignidade: moradia, alimentação, saúde, trabalho. Como base para tudo isso, educação. Educação que pode consumir bem mais do que 7% do PIB sem quebrar coisa alguma, exceto a nossa miséria nascida da ignorância; nossas escolhas erradas nascidas da desinformação; nossa má qualidade de vida; e a falta de visão quanto àquilo que temos direito de receber ou de conquistar, com a plena consciência que nasce da educação.
[...]
LUFT, Lya. O instinto animal. Revista Veja, São Paulo, p. 2, julho de 2012.
Considere o trecho: “Educação que pode consumir bem mais do que 7% do PIB sem quebrar coisa alguma, exceto a nossa miséria nascida da ignorância; nossas escolhas erradas nascidas da desinformação; nossa má qualidade de vida; e a falta de visão quanto àquilo que temos direito de receber ou de conquistar, com a plena consciência que nasce da educação”.
Em relação à ocorrência do sinal indicativo de crase no termo em destaque, pode-se afirmar:
A) O termo antecedente é regido pela preposição “a”, e houve contração dessa preposição com o artigo feminino “a”.
B) Ocorre crase nas locuções conjuntivas formadas por substantivo feminino expresso ou elíptico.
C) Ocorre crase nas locuções prepositivas formadas por substantivo feminino expresso ou elíptico.
D) O termo antecedente é regido pela preposição “a”, e houve a contração dessa preposição com a vogal “a” do pronome demonstrativo “aquilo”.
Alternativa D.
A palavra “quanto” exige a preposição “a”, ou seja, “quanto a”. Essa preposição se uniu ao “a” do pronome “aquilo”, ocorrendo crase, indicada pelo acento grave: “àquilo”.
Em qual dos períodos abaixo o “a” em destaque deve receber, obrigatoriamente, acento grave?
A) Os estudantes assistiram, entediados, a palestra motivacional.
B) A ela jamais neguei o meu perdão e a minha compaixão.
C) Estava indiferente a tais ideias e não entendia tamanha comoção.
D) Sê fiel a ti mesmo, Lívio, e não te preocupes com os críticos.
E) Patrícia faltava a minha aula toda segunda-feira.
Alternativa A.
Em “Os estudantes assistiram, entediados, a palestra motivacional”, temos o verbo “assistiram”, o qual exige a preposição “a”, que se junta ao artigo feminino “a” de “a palestra”. De forma que o correto é escrever: “Os estudantes assistiram, entediados, à palestra motivacional”. Já as alternativas B, C e D apresentam apenas preposição “a”, sem artigo feminino com o qual se fundir. Por fim, diante do pronome possessivo “minha”, o uso do acento grave é facultativo e não obrigatório.
Em qual das alternativas a seguir não pode ocorrer crase?
A) Estamos referindo-nos à amor.
B) Estamos referindo-nos à dor.
C) Somos avessos à melancolia.
D) Somos avessos à dor alheia.
E) Foi acostumado à vida farta.
Alternativa A.
O substantivo “amor” é masculino e, por isso, não pede artigo feminino “a”. Sem tal artigo, não ocorre crase. Assim, o correto é escrever: “Estamos referindo-nos ao amor” ou “Estamos referindo-nos a amor”.
A lacuna da frase “Disse-me que isso era nocivo __________” só não pode ser preenchida por:
A) à saúde.
B) às pessoas.
C) à mim.
D) às abelhas.
E) ao organismo.
Alternativa C.
Não ocorre crase diante do pronome pessoal do caso oblíquo “mim”. Portanto, é correto escrever: “Disse-me que isso era nocivo a mim”.
(Unimontes)
O significado de Mandela para o futuro ameaçado da humanidade
Leonardo Boff
Nelson Mandela, com sua morte, mergulhou no inconsciente coletivo da humanidade para nunca mais sair de lá porque se transformou num arquétipo universal do injustiçado que não guardou rancor, que soube perdoar, reconciliar polos antagônicos e nos transmitir uma inarredável esperança de que o ser humano ainda pode ter jeito. Depois de passar 27 anos de reclusão e eleito presidente da África do Sul em 1994, se propôs e realizou o grande desafio de transformar uma sociedade estruturada na suprema injustiça do apartheid, que desumanizava as grandes maiorias negras do país, condenando-as a não pessoas, numa sociedade única, unida, sem discriminações, democrática e livre.
E o conseguiu ao escolher o caminho da virtude, do perdão e da reconciliação. Perdoar não é esquecer. As chagas estão aí, muitas delas ainda abertas. Perdoar é não permitir que a amargura e o espírito de vingança tenham a última palavra e determinem o rumo da vida. Perdoar é libertar as pessoas das amarras do passado, é virar a página e começar a escrever outra a quatro mãos, de negros e de brancos. A reconciliação só é possível e real quando há a admissão completa dos crimes por parte de seus autores e o pleno conhecimento dos atos por parte das vítimas. A pena dos criminosos é a condenação moral diante de toda a sociedade. Uma solução dessas, seguramente originalíssima, pressupõe um conceito alheio à nossa cultura individualista: o ubuntu, que quer dizer: “eu só posso ser eu através de você e com você”. Portanto, sem um laço permanente que liga todos com todos, a sociedade estará, como na nossa, sob risco de dilaceração e de conflitos sem fim.
[...]
Disponível em: http://leonardoboff.wordpress.com/2013/12/07/o-significado-de-mandela-para-o-futuro-ameacado-dahumanidade/, acesso em: 10 mar. 2014. Adaptado.
“Uma solução dessas, seguramente originalíssima, pressupõe um conceito alheio à nossa cultura individualista [...].”
No trecho acima, a modalidade padrão da língua portuguesa possibilita que o uso do acento grave seja facultativo.
Nas alternativas que se seguem, será obrigatório o uso do acento grave, indicativo de crase, se se substituir a expressão em destaque acima por
A) a uma cultura individualista.
B) a toda cultura individualista.
C) a cultura individualista.
D) a qualquer cultura individualista.
Alternativa C.
Diante de pronomes possessivos, a crase é facultativa. Se substituirmos a expressão em destaque “à nossa cultura individualista” por “à cultura individualista”, obrigatoriamente devemos utilizar o acento grave indicador de crase, já que eliminamos o pronome possessivo. Já nas outras alternativas, não ocorre a crase, pois a preposição não é seguida de artigo definido feminino “a”, mas sim de “uma” (alternativa A), “toda” (alternativa B) e “qualquer” (alternativa D).
Preencha as lacunas do texto abaixo com “a”, “as”, “à” ou “às”:
____ mim, disse-me coisas muito pesadas. E ____ quem mais amava, agrediu com palavras e gestos. É que obedecia ____ uma única lei, fruto de seu egoísmo.
A ordem correta de preenchimento das lacunas é:
A) À, à, à.
B) À, a, a.
C) A, a, a.
D) A, à, a.
E) A, a, à.
Alternativa C.
Lacunas preenchidas: “A mim, disse-me coisas muito pesadas. E a quem mais amava, agrediu com palavras e gestos. É que obedecia a uma única lei, fruto de seu egoísmo”. Não ocorre crase diante do pronome pessoal do caso oblíquo “mim”, nem do pronome “quem”. Já o verbo “obedecia” exige a preposição “a”, a qual não pode se fundir com o artigo indefinido “uma”.
Em qual das expressões abaixo o uso do acento grave indicador de crase é impossível?
A) À noite.
B) À tarde.
C) À partir.
D) À socapa.
E) À toa.
Alternativa C.
Não ocorre crase diante de verbo; portanto, o correto é escrever “a partir”. Quanto às outras alternativas, todas apresentam locuções adverbiais femininas.
(Unimontes)
Seis razões para proteger a Terra
(Marcelo Gleiser*)
Que a Terra é a nossa casa cósmica, todo mundo sabe, se bem que poucos prestam atenção a isso. Nas tribulações do dia a dia, enquanto não há uma crise maior, é fácil esquecer a nossa dependência completa e absoluta do nosso planeta. Afinal, está sempre aqui o chão sob nossos pés, a luz do Sol filtrada pela atmosfera, o azul do céu, o clima agradável e perfeito para que possamos sobreviver nele.
Mas, por trás disso tudo, existe um planeta extremamente especial e, sem ele, sem sua estabilidade orbital e climática, não estaríamos aqui. Eis uma lista de razões para protegermos a Terra, um planeta sem igual, ao menos dentro de um raio de centenas de anos-luz daqui.
1. Nossa atmosfera, rica em oxigênio, permite que seres com um metabolismo mais complexo sobrevivam. É incrível que esse oxigênio todo tenha vindo de bactérias, os únicos habitantes que existiam aqui no planeta durante quase 3 bilhões de anos. Foram elas que “descobriram” a fotossíntese, transformando a composição da atmosfera terrestre. Agradeçam às cianobactérias pelo ar de cada dia.
2. Nossa atmosfera, rica em ozônio, filtra a radiação ultravioleta que vem do Sol, que é extremamente nociva à vida. Interessante que esse ozônio é produto da vida e, ao mesmo tempo, permite que ela persista aqui na superfície.
3. Nossa atmosfera tem a densidade justa para que seja possível uma enorme diversidade das formas de vida. Se fosse pouco densa, seria difícil voar ou flutuar; se fosse muito densa, seria esmagadora.
4. O campo magnético da Terra funciona como um polo atrativo de partículas que vêm do Sol e do espaço. Essa radiação toda seria extremamente prejudicial à vida, caso a Terra não fosse afunilada nos polos. Por exemplo, estamos para receber um bocado de radiação por esses dias, produzida por uma enorme tempestade magnética do Sol. Sem o magnetismo terrestre e nossa atmosfera, estaríamos em maus lençóis. Marte não tem esse magnetismo e tem uma atmosfera muito rala. Isso faz com que o planeta seja um tanto hostil à vida.
5. A água que temos aqui é uma preciosidade; sem ela, não haveria vida. Não sabemos de onde veio essa água toda, se bem que parte dela é oriunda de cometas que se chocaram com a Terra ainda em sua infância. A água é nosso maior tesouro, e precisamos tratar muito bem dela. Esse é o século em que a água se tornará num fator predominante de conflito global. Basta olhar para o planeta e ver a distribuição de água. O que o petróleo fez com a geopolítica do século 20, a água fará com a dos séculos 21 e 22.
6. Nossa lua também é essencial. Por ser única e bastante maciça, ela regula e estabiliza o eixo de rotação da Terra, mantendo sua inclinação de 23,5º com a vertical. Pense na Terra como um pião inclinado, girando em torno de si mesmo. Sem a lua, esse eixo de rotação mudaria de ângulo aleatoriamente, e o clima não poderia ser estável. E, sem um clima estável, a vida complexa acaba se tornando inviável.
A lista continua, mas estamos sem espaço. De um jeito ou de outro, acho que dá para entender por que precisamos proteger esse planeta. Somos produto dele, das suas condições. Se elas mudam, nossa sobrevivência fica ameaçada.
* MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor de “A Ilha do Conhecimento”. Facebook: goo.gl/93dHI.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2014, acesso em: 15 set. 2014. Adaptado.
Acerca da presença do sinal indicativo de crase, assinale, abaixo, a alternativa INCORRETA, observando-se a sua ocorrência no trecho em destaque.
A) No trecho “Essa radiação [...] seria [...] prejudicial à vida”, substituindo-se o trecho em destaque por “prejudica a vida”, não mais haveria a presença do acento grave.
B) Seu uso poderia ser facultativo em “[...] se bem que poucos prestam atenção a isso”.
C) Em “Agradeçam às cianobactérias pelo ar de cada dia”, o complemento do verbo exige, nesse contexto, a presença de uma preposição, além do artigo “a” pluralizado, sendo necessário o acento grave.
D) Em “Eis uma lista de razões para protegermos a Terra [...]”, não se poderia optar pelo uso do sinal indicativo de crase.
Alternativa B.
A alternativa B está incorreta porque não ocorre crase diante do pronome demonstrativo “isso”. Os únicos demonstrativos que admitem crase são “aquele”, “aquela” e “aquilo”.
A lacuna da frase “Estava alheio __________” só não pode ser preenchida por:
A) à vida.
B) à dor.
C) à filha.
D) à história.
E) à ela.
Alternativa E.
Não ocorre crase diante de pronome pessoal. Assim, é correto escrever “Estava alheio a ela”.
Todas as alternativas abaixo apresentam frase em que o uso do acento grave indicador de crase é obrigatório, EXCETO:
A) Quanto a Machado de Assis, é uma rua fantasma.
B) Estava prestes a comprar o imóvel dos seus sonhos.
C) Fomos a Biblioteca Nacional na última quarta-feira.
D) Amava móveis a Luís XV, mas não tinha nenhum.
E) Chegou a Freire Luís, uma avenida muito movimentada.
Alternativa B.
É correto escrever: “Quanto à [rua] Machado de Assis, é uma rua fantasma”, “Estava prestes a comprar o imóvel dos seus sonhos” (não ocorre crase diante de verbo), “Fomos à Biblioteca Nacional na última quarta-feira”, “Amava móveis à [moda de] Luís XV, mas não tinha nenhum”, “Chegou à [avenida] Freire Luís, uma avenida muito movimentada”.
Analise estes enunciados:
I. Retornei à casa de seus pais e não encontrei ninguém.
II. Voltou feliz a casa depois de tanto tempo fora.
III. Cheguei à casa vermelha e fiquei esperando.
Em relação ao uso do acento grave, estão corretos os enunciados:
A) I e II apenas.
B) II e III apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
Alternativa D.
Diante da palavra “casa” (com sentido de “lar”), não ocorre crase; mas, quando a “casa” é especificada ou qualificada (“de seus pais” ou “vermelha”), o uso do acento grave é obrigatório.
Analise estes enunciados:
I. Só chegaríamos à minha empresa pela manhã.
II. Assistimos à partida de futebol e fomos dormir.
III. Estava acostumado às práticas ilícitas.
O uso do acento grave indicador de crase é facultativo no(s) enunciado(s):
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
Alternativa A.
Diante de pronome possessivo (“minha”), o uso de acento grave indicador de crase é facultativo.
Analise estes enunciados:
I. Retornei à terra de seus pais e não encontrei ninguém.
II. Voltou feliz a terra depois de tanto tempo a bordo.
III. Cheguei à terra vermelha e fiquei esperando.
Em relação ao uso do acento grave, estão corretos os enunciados:
A) I e II apenas.
B) II e III apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
Alternativa D.
Diante da palavra “terra” (oposto de “bordo”), não ocorre crase; mas, quando a “terra” é especificada ou qualificada (“de seus pais” ou “vermelha”), o uso do acento grave é obrigatório.
Analise estes enunciados:
I. Jussara e Dionísia são contrárias às práticas ilícitas.
II. Fomos até à faculdade de carro e voltamos de moto.
III. Este livro é idêntico àquele que você me deu.
O uso do acento grave indicador de crase é facultativo no(s) enunciado(s):
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
Alternativa B.
É correto escrever “Fomos até à faculdade de carro e voltamos de moto” e também “Fomos até a faculdade de carro e voltamos de moto”. Portanto, o uso do acento grave é facultativo.
Analise estes enunciados:
I. À pesar seus atos inconsequentes, ela encontrou a paz.
II. Sua atitude é oposta à de seus irmãos e amigos.
III. Obedecia às leis impostas pelos seus cruéis antepassados.
Em relação ao uso do acento grave, estão corretos os enunciados:
A) I e II apenas.
B) II e III apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
Alternativa B.
“Pesar” é uma palavra masculina, por isso não pode ser precedida de crase. Ressaltamos, também, que, no enunciado II, o termo “atitude” está implícito em “oposta à [atitude] de seus irmãos e amigos”, por isso a ocorrência da crase.
Preencha as lacunas do texto abaixo:
Dediquei-me ____ manter viva a memória de minha irmã. Eu era o único membro da família que estava apto ____ fazer isso. A existência dela foi benéfica ____ todos nós.
A ordem correta de preenchimento das lacunas é:
A) à, à, à.
B) a, a, a.
C) a, à, à.
D) à, à, a.
E) a, a, à.
Alternativa B.
Lacunas preenchidas: “Dediquei-me a manter viva a memória de minha irmã. Eu era o único membro da família que estava apto a fazer isso. A existência dela foi benéfica a todos nós”. Nas duas primeiras ocorrências, a preposição “a” aparece antes de um verbo. Já na última ocorrência, temos apenas preposição “a” sem artigo feminino “a” com o qual formar a crase.
Analise estes enunciados:
I. Respondeu às perguntas sem sequer pestanejar.
II. Minha mãe emprestou o carro à sua irmã.
III. Assistia à tudo sem expressar a mínima empatia.
Em relação ao uso do acento grave, estão corretos os enunciados:
A) I e II apenas.
B) II e III apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
Alternativa A.
Diante do pronome indefinido “tudo” não ocorre crase.
Preencha as lacunas do texto abaixo:
Propus-me ____ tarefa de organizar os arquivos da empresa. A papelada ficava em um grande armário contíguo ____ impressora. Devido ____ sobrecarga de trabalho, estava tudo uma bagunça.
A ordem correta de preenchimento das lacunas é:
A) à, à, à.
B) a, a, a.
C) a, à, à.
D) à, à, a.
E) a, a, à.
Alternativa C.
Lacunas preenchidas: “Propus-me a tarefa de organizar os arquivos da empresa. A papelada ficava em um grande armário contíguo à impressora. Devido à sobrecarga de trabalho, estava tudo uma bagunça”. Na primeira ocorrência, “a tarefa” é objeto direto (portanto, sem preposição). Já nas duas últimas ocorrências, a preposição “a” se junta com o artigo feminino “a”, formando a crase.
Analise estes enunciados:
I. À vista parecia a melhor opção naquela ocasião.
II. À noite estava triste e melancólica como sempre.
III. À esquerda fica a padaria do velho Cleiton.
Se retirarmos o acento grave, os seguintes enunciados adquirem outro sentido:
A) I e II apenas.
B) II e III apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
Alternativa A.
O enunciado “À vista parecia a melhor opção naquela ocasião” faz referência ao pagamento à vista. Já em “A vista parecia a melhor opção naquela ocasião”, “a vista” é sujeito do verbo “parecia”. O enunciado “À noite estava triste e melancólica como sempre” faz referência a uma pessoa que estava triste e melancólica durante a noite. Já em “A noite estava triste e melancólica como sempre”, afirma-se que a noite (sujeito da oração) estava triste e melancólica.
Analise estas frases:
I. Fomos ao evento e ficamos encantadas.
II. Sou favorável ao amigo que luta por seus direitos.
III. Apresenta pensamentos superiores aos dele.
Se substituirmos a palavra “evento” por “cerimônia”, o termo “amigo” por “amiga” e o vocábulo “pensamentos” por “ideias”, a crase estará presente nas frases:
A) I e II apenas.
B) II e III apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
Alternativa D.
Ao fazer a alteração indicada no enunciado, temos: “Fomos à cerimônia e ficamos encantadas”, “Sou favorável à amiga que luta por seus direitos” e “Apresenta ideias superiores às [ideias] deles”.
S.O.S. em Babilônia
Na cidade dos ruídos mecânicos, atrozes
— Onde as rãs, onde os grilos, onde as misteriosas
vozes
[...]
As últimas procissões
com as suas campânulas cada vez mais remotas
vão andando de costas como um filme passado às avessas...
[...]
QUINTANA, Mario. Apontamentos de história sobrenatural. São Paulo: Globo, 2005.
O uso do acento grave no poema de Quintana segue a mesma regra da frase:
A) Esse comportamento é nocivo às pessoas mais sensíveis.
B) Assistia às homenagens sem se importar com as opiniões divergentes.
C) O julgamento foi feito à revelia, pois o réu não apareceu no tribunal.
D) O seu enorme gasto foi equivalente às despesas do milionário.
E) Tinha horror à mesma situação que criava para me humilhar.
Alternativa C.
Tanto “às avessas” quanto “à revelia” são locuções adverbiais femininas, as quais levam acento grave.
Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as seguintes afirmações:
( ) Diante de palavra masculina, o uso da crase é facultativo.
( ) Diante de pronome possessivo, o uso da crase é facultativo.
( ) Diante de verbo, o uso da crase é facultativo.
A sequência correta é:
A) V, V, F.
B) F, F, F.
C) V, F, F.
D) F, F, V.
E) F, V, F.
Alternativa E.
O uso da crase é facultativo diante de pronome possessivo. Já o substantivo masculino e o verbo não podem ser antecedidos de “a” com acento grave.
Marque a alternativa em que o uso do acento grave indicador de crase está INCORRETO.
A) Os imigrantes chegaram à embaixada famintos.
B) Eu me ponho à teus pés e imploro teu amor.
C) Sou agradecido às pessoas que me ajudaram.
D) A ditadura à qual você se refere é a de 1964?
E) Análoga à sua avó, sem tirar nem pôr.
Alternativa B.
No enunciado “Eu me ponho a teus pés e imploro teu amor”, temos apenas a preposição “a”. Para ocorrer a crase, é preciso a fusão entre a preposição “a” e o artigo feminino “a”.
Preencha as lacunas do texto abaixo:
Quando dei ____ sugestão ____ equipe, não fui desleal ____ ninguém.
A ordem correta de preenchimento das lacunas é:
A) à, à, à.
B) a, a, a.
C) a, à, à.
D) à, à, a.
E) a, à, a.
Alternativa E.
Lacunas preenchidas: “Quando dei a sugestão à equipe, não fui desleal a ninguém”. Na primeira ocorrência, “a sugestão” é objeto direto (portanto, sem preposição). Na segunda ocorrência, a preposição “a” se junta com o artigo feminino “a”, formando a crase. Por fim, na última ocorrência, temos apenas preposição.