Exercícios sobre o Absolutismo na Europa
Discorra sobre o que foi o Absolutismo na Europa.
O absolutismo foi uma política de centralização do poder nas mãos dos monarcas. A Europa, a partir do século XVI, passou por transformações econômicas e políticas que deu origem à formação dos Estados Nacionais Modernos. Diante disso, os reis das nações europeias vivenciaram um momento de grande poderio, uma vez que a Igreja Católica estava em crise por causa da Reforma Protestante. Portanto, o apogeu do absolutismo ocorreu em meados do século XVIII, sendo a França o país onde melhor se manifestou esse tipo de governo, que priorizava pela expansão comercial e pela busca de metais preciosos no mundo. Alguns exemplos da prática absolutista foram os reis franceses Luís XIII e Luís XIV, que representavam a autoridade máxima do poder político.
Cite e explique dois exemplos de fatos que favoreceram o surgimento do absolutismo na Europa.
A formação dos Estados Nacionais e o desenvolvimento do comércio foram fatos que favoreceram o surgimento do absolutismo. Os Estados Nacionais Modernos representaram a junção do poder político do rei mais o poder econômico da burguesia. Com o declínio do mundo feudal, as relações comerciais aumentaram e a necessidade de expandir os mercados consumidores também. Nesse sentido, a burguesia surgiu como o personagem que liderou os avanços do capitalismo mercantil. O rei, tendo o poder político centralizado em suas mãos, realizou uma parceria com os burgueses em relação ao aumento das práticas comerciais, em que o primeiro contribuiu com o apoio político e o segundo com o apoio econômico. A intenção, portanto, era ampliar as riquezas das nações através das atividades mercantilistas e das relações ente o rei e a burguesia durante os Estados Nacionais.
Discorra sobre o que foi o Edito de Nantes criado pelo rei francês Henrique IV durante o seu governo.
Durante os séculos XVI e XVII a França foi marcada pelas lutas religiosas entre calvinistas e católicos. No governo de Carlos IX, no dia 24 de agosto de 1572, ocorreu um dos mais violentos conflitos religiosos na sociedade francesa, que vitimou 30 mil pessoas em Paris. Após esse conflito, o reinado passou para as mãos de Henrique IV, que assumiu o governo em meio a intensos conflitos. A alternativa encontrada pelo governo real foi de criar uma política que extinguisse as crises motivadas por questões religiosas. Assim, criou-se o Edito de Nantes, que concedia liberdade de culto aos protestantes, com o objetivo de eliminar os conflitos provocados pela intolerância religiosa entre os indivíduos franceses.
(Cesgranrio - 1990) A frase de Luís, “L’Etat c’est moi” (o estado sou eu), como definição da natureza do absolutismo monárquico, significava:
a) A unidade do poder estatal, civil e religioso, com a criação de uma igreja Francesa (nacional).
b) A superioridade do príncipe em relação a todas as classes sociais, reduzindo a um lugar humilde a burguesia enriquecida.
c) A submissão da nobreza feudal pela eliminação de todos os seus privilégios fiscais.
d) A centralização do poder real e absoluto do monarca na sua pessoa, sem quaisquer limites institucionais reconhecidos.
e) O desejo régio de garantir ao Estado um papel de juiz imparcial no conflito entre a aristocracia e campesinato.
Letra D. A frase simbólica do monarca francês Luís XIV mostrou a forte centralização do poder político nas mãos dos reis absolutistas. Luís era chamado de “Rei Sol”, que também era um exemplo simbólico do poder real nesse período da história europeia durante os séculos XVI e XVII. Diante disso, é importante saber que durante o período absolutista a nobreza feudal não perdeu todos os seus privilégios fiscais perante as monarquias, pois só houve uma redução de seu poder político; e o Estado não democratizou as relações políticas ao ponto de garantir igualdade jurídica para todos. A burguesia, por outro lado, ganhou importância nas relações econômicas com a formação dos Estados Nacionais Modernos e foi peça fundamental no avanço do poder real.
(Faap – 1996) Principalmente a partir do século XVI vários autores passaram a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas, que através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis, pois que “os fins justificam os meios” professou suas ideias na famosa obra:
a) “Leviatã”
b) “Do direito da paz e da Guerra”
c) “República”
d) “Política Segundo as Sagradas Escrituras”
e) “O Príncipe”
Letra E. A obra intitulada “O Príncipe” foi escrita por Maquiavel com o objetivo de fornecer dicas e sugestões aos monarcas para a manutenção do poder. Nesse livro, o autor ressalta a importância de o rei possuir algumas características para manter o seu papel de soberano, isto é, de líder da nação. Entre essas características podemos mencionar as mais interessantes, como a necessidade do rei ser inteligente e imprevisível; a obrigação de possuir um exército forte para controlar as revoltas e as invasões; e a necessidade do rei ser temido pelos súditos, uma vez que isso dificultaria as revoltas contra o monarca.