Exercícios sobre Educação Espartana
Sobre a educação na sociedade espartana, leia o fragmento abaixo:
“Era um Estado bastante militarizado, que conseguiu conquistar cerca de um terço da Grécia. Em Esparta, todos os homens deveriam ser guerreiros.”
(Catelli Junior, Roberto. História: Texto e contexto: Ensino médio. Ed. Scipione – São Paulo, 2006. p, 31.)
Em relação à sociedade espartana e o seu ideal militarista, explique como era direcionada a educação do homem nessa cidade-Estado.
A educação em Esparta era pública e obrigatória. A criança espartana era entregue ao Estado logo após completar sete anos de idade. A educação era direcionada pela ideologia militarista, em que a prioridade era a formação de bons guerreiros. O homem para se tornar um soldado teria que passar por uma longa jornada de preparação. Logo que entregue ao Estado, a criança iniciava sua educação cívica composta por valores éticos e morais. Aos 12 anos de idade, os meninos eram enviados ao campo para aprender a conviver com as adversidades como frio, fome, sede e o perigo de enfrentar grandes animais, os que sobreviviam passavam para a próxima fase. Com 17 anos, os rapazes passavam por um teste de iniciação chamado de Kriptia. Eles saíam para capturar escravos a fim de tentar assassinar o maior número possível. Somente aos 30 anos, o soldado tornava-se um cidadão espartano.
Assim como o homem, a mulher espartana também foi influenciada pela ideologia militarista. Portanto, faça uma análise de como foi a formação educacional da mulher em Esparta.
Assim como o homem, a mulher espartana também estava inserida na educação militarista em Esparta. Ela era entregue aos sete anos ao Estado para ter aulas de educação cívica e para praticar atividades físicas. Porém, ela permanecia nos quartéis somente durante o dia e durante a noite recebia educação por parte de sua mãe. Na fase adulta, se não conseguisse ter filhos, poderia servir ao exército em tempos de guerras.
A importância da sociedade grega na Antiguidade é tratada como uma das principais fontes de estudos acerca do passado humano. Assim sendo, o filme “300” de Zack Sinyder, baseado na HQ “Os 300 de Esparta” de Frank Miller, faz uma representação de como era articulada as ideias militaristas em Esparta. Portanto, acerca da educação espartana, podemos destacar:
A) A prioridade da educação espartana era a formação militar de seus soldados, que deveriam ser a honra e a glória de seu povo. Devido a essa ideia, os espartanos nos primeiros anos de sua educação já iniciavam os treinamentos militares e não valorizavam questões da vida ética e moral para sua formação como guerreiro.
B) A educação espartana valorizava acima de tudo as questões morais e poéticas na formação de seus soldados. Até os vinte anos de idade, os jovens espartanos estudavam música, teatro e poesia. Os treinamentos militares só tinham início após os vinte e um anos de idade.
C) Em Esparta, a educação era igual para os meninos e meninas. Ambos eram educados para serem bons administradores e bons filósofos, pois o ideal para o cidadão espartano era a formação de uma pessoa letrada e politizada.
D) A prática da eugenia era utilizada como um ritual religioso pelos espartanos. Ao nascer, a criança era examinada com o objetivo de saber se seu corpo era saudável ou não. Por isso, havia uma seleção de espécies logo após o nascimento, em que os considerados mais “fracos” não sobreviviam.
Letra D. A eugenia era uma prática comum na cultura espartana e consistia num projeto de seleção das espécies, no qual as crianças que nasciam com problemas físicos eram impedidas de viver. Essa prática era uma maneira de constituir uma sociedade guerreira com homens aptos para defender Esparta e enfrentar os soldados inimigos durantes as guerras. Porém, mesmo tendo esse ideal militarista, os meninos durante sua educação não deixavam de estudar até seus doze anos de idade questões como valores éticos e morais ou obras importantes de escritores gregos.
Com a preocupação de manter a ordem social, os esparciatas mantiveram rígido controle sobre as atividades culturais da cidade. O governo estimulou o laconismo, a xenofobia e a xenelasia.
(Piletti, Nelson / Arruda, José Jobson de A. Toda a História: História Geral e História do Brasil. Ed. Ática – São Paulo, 2006.p, 46.)
Sobre a educação da mulher espartana, podemos afirmar que:
A) Conduzia a mulher a entender exclusivamente de política e de filosofia, pois isso seria importante na elaboração de boas leis para Esparta e para melhorar a política da cidade.
B) A educação da mulher era baseada em um regime totalitário em que o governo substituía a educação dos pais pela educação voltada para a prática militarista.
C) A mulher espartana, além de treinar no quartel, era vista como um objeto de reprodução que necessitava de um corpo saudável para gerar filhos fortes que se tornariam futuros soldados espartanos.
D) De acordo com os estudiosos, a mulher espartana não podia realizar atividades físicas nos quartéis e eram totalmente submissas ao homem, tendo a única e exclusiva missão de gerar filhos saudáveis e cuidar dos serviços domésticos.
Letra C. A mulher possuía importância em Esparta no sentido de ser a reprodutora de filhos saudáveis que futuramente seriam bons guerreiros. Por isso, durante a educação da mulher espartana, existia a realização de atividades físicas para que elas possuíssem corpos propícios à geração de crianças sadias. Dessa forma, as mulheres, antes de se casarem, passavam por um teste para receber autorização do Estado. Ela deveria engravidar de um escravo e comprovar que seria uma reprodutora de filhos que se encaixassem no ideal militarista. Só depois disso é que ela poderia se casar.