(FGV/2016) Podendo-se encontrar na crise do mundo romano do século III o início da profunda perturbação de que sairá o Ocidente medieval, é legítimo considerar as invasões bárbaras do século V como o acontecimento que precipita as transformações, que lhes dá um aspecto catastrófico e que lhes modifica profundamente a aparência.
LE GOFF, J. A civilização do Ocidente medieval. Trad. Lisboa: Estampa, 1983. v. 1, p. 29.
A crise do mundo romano e a transição para a Idade Média
a) foram decorrentes do fortalecimento do cristianismo, que, a partir do século III, tornou-se a religião oficial do Império Romano.
b) tiveram, entre suas características, a diminuição do ingresso de mão de obra escrava e o processo de ruralização social.
c) foram marcadas pelas catástrofes naturais e pelas epidemias de peste e lepra que estimularam o deslocamento para as cidades.
d) levaram ao fortalecimento das instituições públicas romanas e ao desenvolvimento das atividades mercantis no Mediterrâneo.
e) foram particularmente catastróficas na parte oriental do mundo romano, pela proximidade geográfica com os povos germânicos.
(UEL/2018) Durante o século II, o Império Romano atingiu sua máxima extensão territorial, dominando quase toda a atual Europa, o norte da África e partes do Oriente Médio. No final do século IV, porém, essa unidade começaria a ser desfeita com a divisão do império em duas porções: a ocidental, com a capital em Roma, e a oriental, com a capital em Bizâncio. Nos séculos IV e V, a fragmentação territorial aprofundou-se ainda mais e o Império Romano do Ocidente acabou desaparecendo para dar lugar a diversos reinos germânicos.
Quanto à desagregação e queda do Império Romano do Ocidente, assinale a alternativa correta:
a) O êxodo rural causado pelos ataques dos povos germânicos resultou num crescimento desordenado das cidades, criando instabilidade e desordem política nos centros urbanos e forçando a abdicação do último imperador romano.
b) O paganismo introduzido no Império Romano pelas tribos germânicas enfraqueceu o cristianismo e causou a divisão entre cristãos católicos e ortodoxos, encerrando o apoio da Igreja ao imperador e, consequentemente, fazendo ruir o império.
c) A língua oficial do Império Romano, o latim, ao fundir-se com os idiomas falados pelos invasores, deu origem às línguas germânicas, dificultando a administração dos territórios que se tornaram cada vez mais autônomos até se separarem de Roma.
d) A disputa entre os patrícios romanos e a plebe pelas terras férteis facilitou a invasão do império pelos “povos bárbaros”, pois o exército romano foi obrigado a deixar as fronteiras desguarnecidas para defender os proprietários das terras das constantes rebeliões.
e) Com o fim das conquistas territoriais, o escravismo e a produção entraram em declínio, isso somado às invasões bárbaras e à ascensão do cristianismo, que aceleraram a fragmentação e queda de Roma.
Os primeiros dois séculos e meio do Império Romano foram organizados pelos historiadores em quatro dinastias. Com o final dessas dinastias, considera-se o início da crise do século III, que deu fim ao Império Romano na Europa ocidental. Entre as dinastias romanas, selecione a alternativa FALSA:
a) Severa
b) Flaviana
c) Merovíngia
d) Nerva-Antonina
e) Júlio-Claudiana
Durante o Império Romano, um dos imperadores mais bem-sucedidos da história romana foi Otávio, que governou de 27 a.C. a 14 d.C. Durante o seu governo, o Senado manteve privilégios, obras públicas foram espalhadas pelo território romano, tropas foram posicionadas em locais estratégicos e a fidelidade das províncias foi garantida. Esse foi um período conhecido por sua relativa paz e prosperidade, chamado:
a) Res Gestae
b) Pax Romana
c) Mare Nostrum
d) Comitatus
e) Nenhuma das alternativas
LETRA B
Um dos fatores diretos que levaram à crise do Império Romano do Ocidente foi a diminuição do ingresso de mão de obra escrava nas terras romanas. A crise escravista afetou diretamente a economia romana, colocando o império em uma situação delicada. Depois que o Império Romano desapareceu no Ocidente, uma das transformações mais evidentes foi o esvaziamento das cidades e a ruralização da Europa.
Voltar a questãoLETRA E
A crise do Império Romano foi causada por uma série de fatores, e os mencionados nessa alternativa corroboram com a visão dos historiadores. Assim, um dos pontos de partida dessa crise foi a crise do sistema escravista, que, por consequência, afetou a economia romana. A ascensão do cristianismo e a chegada dos povos germânicos foram acontecimentos que se aproveitaram do enfraquecimento romano, também contribuindo diretamente para o fim do império.
Voltar a questãoLETRA C
Entre as alternativas mencionadas, a única que não se tratou de uma dinastia romana foi a Merovíngia. Essa foi uma dinastia franca que governou o Reino dos Francos entre o século VI, quando as tribos francas unificaram-se em um reino, e o século VIII, quando os carolíngios tomaram o poder franco. As dinastias romanas mencionadas existiram do século I a.C. ao século III d.C.
Voltar a questãoLETRA B
A Pax Romana, ou Paz Romana, é o nome que se dá ao período de relativa paz e prosperidade iniciado no Império Romano durante o reinado de Otávio Augusto (27 a.C.-14 d.C.). Essa paz foi conquistada por meio de uma série de ações conduzidas pelo império, tais como a realização de obras públicas, o posicionamento de tropas em locais estratégicos, a romanização das províncias conquistadas e anexadas etc. Esse período de paz e prosperidade estendeu-se até o final do século II d.C.
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