Exercícios sobre a Queda da Bastilha
As novas forças sabiam muito precisamente o que queriam. Turgot, o economista fisiocrata, lutou por uma exploração eficiente da terra, por um comércio e empresa livres, por uma administração eficiente e padronizada de um único território nacional homogêneo, pela abolição de todas as restrições e desigualdades sociais que impediam o desenvolvimento dos recursos nacionais e por uma administração e taxação racionais e imparciais. Ainda assim, sua tentativa de aplicação desse programa como primeiro-ministro no período 1774-1776 fracassou lamentavelmente, e o fracasso é característico.
HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014, p.101.
O texto refere-se a algumas tentativas de reforma na economia propostas por Turgot que, entretanto, segundo o autor, fracassaram. Conhecendo o contexto da sociedade francesa das décadas de 1770-1780, o fracasso das reformas de Turgot evidenciava:
a) o atraso e o desconhecimento técnico que caracterizavam Turgot e outros intelectuais franceses da época.
b) a recusa da aristocracia francesa em realizar qualquer tipo de reforma que prejudicasse os seus privilégios.
c) os interesses externos, sobretudo espanhóis, em manter a França em um modelo econômico atrasado.
d) a relutância dos camponeses franceses em aprovar mudanças econômicas no país, temendo que se repetisse na França o que acontecia na Inglaterra.
e) os anseios da nobreza francesa em estagnar o país, visando destituir Luís XVI do trono para que Napoleão Bonaparte ascendesse.
Letra B
O fracasso das reformas propostas por Turgot evidenciava a recusa da aristocracia francesa em fazer qualquer tipo de reforma econômica que prejudicasse seus privilégios. Essa mesma aristocracia, nesse período, chegou a aumentar os impostos feudais que cobravam dos camponeses para poder manter seu estilo de vida luxuoso. O poder da aristocracia fez com que diferentes propostas de reforma fracassassem na França, e isso acabou aumentando a insatisfação popular.
Com a forte crise econômica que atingia a França na década de 1780, foi sugerida ao rei Luís XVI a convocação da assembleia dos Estados Gerais (que não acontecia desde 1614). A convocação dos Estados Gerais foi uma medida que visava:
a) debater reformas profundas na sociedade francesa que iniciassem uma grande modernização do país.
b) debater possibilidades de intensificar a exploração econômica sobre o Haiti e as colônias da América do Norte para conter o rombo na economia.
c) debater reformas e mudanças na economia, sem que houvesse a necessidade de retirar os privilégios da aristocracia francesa.
d) propor uma aliança econômica com os ingleses que beneficiasse a economia francesa.
e) debater apenas ações que visassem reprimir os levantes populares em Paris sem se preocupar com a questão econômica.
Letra C
A convocação dos Estados Gerais havia sido proposta ao rei Luís XVI após a Assembleia dos Notáveis em 1787. A intenção da aristocracia era debater soluções para a economia francesa que não prejudicassem os seus privilégios. A ideia da nobreza francesa nos Estados Gerais era de aliar-se com os membros do clero e barrar qualquer tentativa de reformas que fossem contra a sociedade de privilégios estabelecida. A convocação dos Estados Gerais, no entanto, foi o estopim para o início do processo revolucionário.
O esvaziamento dos cofres e o endividamento francês resultaram em uma forte crise econômica, que contribuiu para o agravamento da situação do povo. A alta dos preços, a falta de alimentos e o desemprego crescente levaram milhares de pessoas ao desespero, o que provocou a insatisfação popular e foi um dos motivos para o início da revolução. O endividamento francês estava relacionado com a participação do país em dois conflitos na segunda metade do século XVIII. Esses conflitos foram:
a) Guerra dos Trinta Anos e Guerra Franco-Prussiana
b) Guerra dos Sete Anos e Guerra da Crimeia
c) Guerra dos Sete Anos e Revolução Americana
d) Revolução Americana e Guerra dos Trinta Anos
e) Guerra da Crimeia e Guerra Franco-Prussiana
Letra C
O esvaziamento dos cofres e o endividamento francês foram consequência da participação da França em dois conflitos contra a Inglaterra: a Guerra dos Sete Anos, travada entre 1756 e 1763 e a Revolução Americana, no período de 1776-1781. O endividamento da França, após esses conflitos, foi tão grande que, durante a década da guerra de 1780, metade do orçamento francês era utilizado para o pagamento das dívidas contraídas.
A insatisfação popular provocou inúmeros levantes na cidade de Paris em 1789. Esses levantes coincidiram com o conflito político que motivou a criação da Assembleia Nacional Constituinte pelos representantes do Terceiro Estado. A possibilidade de repressão contra a recém-criada assembleia levou a população parisiense às armas. Isso resultou em um evento que marcou o início e a difusão da revolução por toda a França. Estamos falando:
a) da execução de Luís XVI.
b) do ataque popular ao Palácio de Tulherias.
c) da formação da Guarda Nacional.
d) da tomada da Bastilha.
e) do Grande Medo.
Letra D
O evento que marcou o início da Revolução Francesa foi o ataque popular que resultou na tomada da Bastilha em 14 de julho de 1789. Esse episódio foi visto como um marco na época, pois a Bastilha era uma prisão símbolo da opressão do Antigo Regime. Após a sua queda, o fervor revolucionário espalhou-se pelo restante da França e levou a população de outras cidades e do meio rural a rebelarem-se contra a aristocracia e o Antigo Regime francês.