Exercícios sobre Sacro Império Germânico

Estes exercícios sobre Sacro Império Germânico vão testar seus conhecimentos sobre essa instituição que foi uma das mais duradouras da história da Europa Ocidental. Publicado por: Cláudio Fernandes
Questão 1

(Ufes) Em fevereiro de 1076, o papa Gregório VII, reagindo contra a decisão dos bispos alemães de se proclamarem independentes da Santa Sé, excomunga Henrique IV, soberano do Sacro Império Romano-Germânico, nos seguintes termos: O episódio faz parte de um dos mais importantes conflitos ocorridos no Período Medieval entre o papado e o Império, denominado “Questão das Investiduras” (1075-1122), que consistiu:

a) na retomada, por parte da Santa Sé, das propriedades fundiárias concedidas em arrendamento aos príncipes alemães para que investissem na produção agrícola, destinada a abastecer os núcleos urbanos emergentes;

b) na decisão de Gregório VII, proclamada diante dos bispos reunidos no Concílio de Avignon, de impedir por todos os meios as investidas de Henrique IV e seus aliados contra a Itália, o que levou o papado a buscar o apoio da monarquia francesa;

c) na condenação, por parte de Gregório VII, da interferência do poder laico na composição do clero, especialmente no que dizia respeito à indicação dos bispos pelos soberanos;

d) no repúdio de Henrique IV às pretensões do papado de sagrar os cavaleiros alemães, uma vez que historicamente tal prerrogativa cabia apenas ao imperador, como herdeiro legítimo dos Césares romanos;
e) na cisão entre a Santa Sé e a monarquia alemã, por conta da revelação de que agentes papais teriam penetrado no território do Sacro Império Romano-Germânico com o objetivo de sublevar a nobreza contra Henrique IV.

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Letra C

A Questão das Investiduras, ou Querela das Investiduras, foi o auge das divergências entre o poder espiritual e o poder secular na Idade Média. A investidura, ou o ato de investir (isto é: nomear), consistiu em atribuir aos clérigos cargos dentro da hierarquia da Igreja. Gregório VII, que também foi responsável por uma profunda reforma na Igreja, entendia que só o papa (representante do poder espiritual) poderia executar o ato da investidura no âmbito eclesiástico. A excomunhão de Henrique IV foi um gesto de reprovação do papa ao rei em razão de Henrique IV (que era representante do poder secular/político) querer investir, além dos nobres, também os clérigos.

Questão 2

Observe a imagem e, logo em seguida, leia o texto:

Brasão de armas do Sacro Império Romano-Germânico *
Brasão de armas do Sacro Império Romano-Germânico *

* Créditos da imagem: Commons

“[... a figura da águia bicéfala coroada é inequivocamente – do ponto de vista iconográfico – um símbolo de poder, e poder imperial. Tal representação, como dito antes, simbolizava o estatuto político de Império, do Sacro-Império Romano Germânico, que durante todo o século XVII ainda o exibia com grandiosidade.” (TRINDADE, Jaelson Bitran. O Império dos Mil Anos e a arte do “tempo barroco”: a águia bicéfala como emblema da Cristandade. Anais do Museu Paulista. São Paulo. n. Sér. v. 18. n. 2. p.11-91. Jul. - Dez. 2010.)

Na representação simbólica do Sacro Império, as duas cabeças da águia indicam, respectivamente:

a) o poder espiritual (exercido pelo imperador) e o poder secular/terreno (exercido pelo papa).

b) Roma Antiga e a Alemanha Moderna.

c) o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente.

d) o poder espiritual (exercido pelo Papa) e o poder secular/terreno (exercido pelo imperador).

e) Cristo e Pilatos.

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Letra D

A águia bicéfala do brasão que representa o Sacro Império Romano-Germânico representa o poder espiritual e o poder secular, ou político. A coroação das duas cabeças passa a ideia da união entre as duas esferas, sem, contudo, haver uma superposição de funções de uma com relação à outra. As autoridades que representam tais poderes são o papa, representante do poder espiritual (a Igreja Católica), e o imperador, representante do poder secular, ou político.

Questão 3

O Sacro Império Romano-Germânico formou-se após o enfraquecimento do Império Carolíngio. Qual foi o acontecimento que marcou efetivamente a formação desse império?

a) A retomada da Península Ibérica pelos reis espanhóis.

b) A coroação de Oto I, em 962 d.C., pelo papa João XII.

c) A ocupação de Roma pelos Hunos.

d) A tomada de Constantinopla pelos turcos-otomanos.

e) A Querela das Investiduras.

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Letra B

Oto I, o Grande, à altura do ano de 962, era considerado o soberano da Germânia, dos francos, dos lombardos e da região da Pávia. Apesar de a denominação “Sacro Império” aparecer posteriormente, a coroação de Oto I pelo papa João XII marcou o começo da relação, por muito tempo conturbada, entre os poderes espiritual (Igreja) e secular (Império).

Questão 4

O Sacro Império Romano-Germânico resistiu, como unidade político-religiosa das nações católicas europeias, até o início do século XIX. Que processo político emergiu na Europa e provocou a ruína do Sacro Império Romano-Germânico?

a) A Revolução Bolchevique na Rússia.

b) A Guerra Franco-Prussiana.

c) O processo da formação das monarquias absolutistas após as guerras civis religiosas.

d) A Guerra dos Cem Anos .

e) O processo revolucionário francês e a ascensão de Napoleão Bonaparte como Imperador.

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Letra E

A Revolução Francesa guiou-se por ideais antiaristocráticos e anticlericais, haja vista que seu protagonista era a burguesia. Sendo a aristocracia e o clero a base do sistema absolutista e, por consequência, o sustentáculo das dinastias que compunham o Sacro Império Romano-Germânico, ambos acabaram se tornando os alvos principais dos revolucionários. A ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, em 1799, e sua conversão em imperador dissociado do Sacro Império culminaram no colapso total deste último no ano de 1806.

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