Exercícios sobre eufemismos
O cartunista recorreu aos recursos expressivos da linguagem para conferir humor à tirinha
O discurso de uma das personagens da tirinha sofreu algumas alterações, provocadas pelo uso de uma figura de linguagem muito empregada no discurso político. Laerte construiu o efeito de humor baseado em:
a) hipérboles
b) paronímias
c) polissemias
d) eufemismos
e) ironias
Alternativa “d”. O discurso da personagem sofre modificações à medida que ele é ameaçado por seu interlocutor. A construção do efeito humorístico ocorreu por conta do uso de eufemismos, responsáveis por amenizar o tom das acusações feitas pela personagem em questão.
O eufemismo está presente nos seguintes fragmentos, exceto:
a) "A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer." Mario Quintana.
b) “Não chorem! que não morreu!/ Era um anjinho do céu/ Que um outro anjinho chamou!/ Era uma luz peregrina,/ Era uma estrela divina/ Que ao firmamento voou!”. Álvares de Azevedo.
c) “Na chuva de cores/ da tarde que explode,/ a lagoa brilha./ A lagoa se pinta/ de todas as cores”. Carlos Drummond de Andrade.
d) “Quando a Indesejada das gentes chegar/ (Não sei se dura ou caroável),/ talvez eu tenha medo./ Talvez sorria, ou diga:/ - Alô, iniludível!”. Manuel Bandeira.
e) “Os amigos que me restam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campos santos.” Machado de Assis.
Alternativa “c”. No fragmento do poema “Lagoa”, de Carlos Drummond de Andrade, observa-se o uso da hipérbole, figura de retórica que corresponde ao exagero com efeitos enfáticos no sentido das palavras ou das frases: chuva de cores, tarde que explode etc.
Sobre o eufemismo, estão corretas:
I. Figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra ou expressão cuja principal intenção é expressar uma ideia com exagero.
II. Figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra ou expressão no lugar de outra palavra ou expressão considerada desagradável ou chocante.
III. O eufemismo é uma figura de linguagem que, além de ser empregada para amenizar um discurso cujo conteúdo semântico seja mais “pesado”, também pode ser utilizada com certa comicidade na intenção do falante, denotando ironias e ideologias presentes no discurso.
IV. O eufemismo é a figura de linguagem mais adequada quando a intenção do falante é afirmar o contrário do que se quer dizer.
V. O eufemismo é um importante recurso para a construção de sentidos de um texto, pois existem situações em que é preciso substituir palavras que, historicamente, carregam em seu significado conotações negativas.
a) II, III e V.
b) I, II e V.
c) I e IV.
d) III, IV e V.
e) Apenas V.
Alternativa “a”.
(Exercício sobre eufemismo no Enem 2011)
Leia o texto abaixo e assinale a alternativa incorreta:
O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) surgiu no final dos anos 70 e seu objetivo era protestar contra a censura na publicidade
Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria um termo muito menos agressivo. Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não acreditamos que exista uma “Meia-verdade”. Para o Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Conar nasceu há 29 anos (viu só? Não arredondamos para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma da propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela? Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição.
Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: Abril. Ed. 2120, ano 42, nº 27, 8 jul. 2009.
a) É possível identificar elementos das linguagens literárias e não literárias no texto.
b) O texto que acompanha o anúncio publicitário tem como objetivo informar os consumidores sobre a atuação do Conar, visando a uma reação por parte do receptor da mensagem.
c) A linguagem empregada no texto é predominantemente literária.
d) O principal objetivo do texto é alertar os publicitários sobre a importância da ética na publicidade.
e) Em “E ele é 100% eficiente nesta missão”, a tarja preta sobre a sentença atua como um elemento literário, evidenciando o compromisso do órgão com a ideia de ética e responsabilidade social.
Alternativa “c”. A cuidadosa seleção lexical do texto foi feita para garantir a clareza das ideias, já que o texto constitui uma autoapresentação aos consumidores. A estratégia/argumento empregada consiste em ir mostrando como poderia ser uma autoapresentação enganosa através do uso de termos eufêmicos, que sempre são descartados em seguida. Utilizando uma linguagem honesta e livre de eufemismos, o órgão credencia-se para receber as reclamações dos consumidores, agora bem informados sobre sua atuação.