Exercícios sobre análise morfológica e sintática
Esta lista de exercícios sobre análise morfológica e sintática vai ajudar você a testar sua compreensão sobre a classificação das palavras e a função que elas exercem nas orações.
Publicado por: Guilherme VianaQuestões
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Questão 1
Em relação à análise morfológica, as palavras são classificadas a partir de qual perspectiva?
A) Da função que exercem na oração.
B) Da classe gramatical a que pertencem.
C) Do sentido global do texto.
D) Da relação entre sujeito e predicado.
E) Da transitividade e dos complementos que exigem.
Alternativa B.
A análise morfológica examina a classe gramatical das palavras, como substantivo, verbo, pronome, conjunção etc. Morfologia é o estudo das palavras de acordo com sua classe gramatical.
A alternativa A está errada, pois apresenta a perspectiva da análise sintática, que estuda o papel que cada palavra desempenha na oração.
A alternativa C está errada, pois apresenta um assunto da semântica, área responsável pela interpretação textual.
As alternativas D e E estão erradas, pois apresentam propriedades relacionadas à análise sintática, não tendo relação com a análise morfológica.
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Questão 2
Em relação à análise sintática, as palavras são classificadas a partir de qual perspectiva?
A) Da função que exercem na oração.
B) Da origem etimológica que apresentam.
C) Da flexão de gênero e número.
D) Do significado literal das palavras.
E) Da classe gramatical a que pertencem.
Alternativa A.
A análise sintática estuda a função que as palavras exercem na oração, como sujeito, predicado, objeto etc.
A alternativa B está errada, pois a origem etimológica não está relacionada com a sintaxe nem com a análise sintática.
As alternativas C e E estão erradas, pois a classe gramatical e as flexões de gênero e número estão relacionadas com a análise morfológica da palavra, e não sintática.
A alternativa D está errada, pois o sentido das palavras é estudado pela semântica, e não pela sintaxe.
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Questão 3
Relacione as categorias do primeiro grupo de acordo com o tipo de análise apresentado no segundo grupo.
1. Predicativo do sujeito.
2. Adjunto adnominal.
3. Conjunção subordinativa.
4. Objeto direto.
5. Pronome interrogativo.a. Análise morfológica.
b. Análise sintática.Assinale a alternativa que associa corretamente os dois grupos.
A) 1-a, 2-b, 3-a, 4-b, 5-b.
B) 1-b, 2-a, 3-a, 4-b, 5-a.
C) 1-a, 2-a, 3-b, 4-a, 5-a.
D) 1-b, 2-b, 3-b, 4-b, 5-a.
E) 1-b, 2-b, 3-a, 4-b, 5-a.
Alternativa E.
O predicativo do sujeito é uma função sintática que indica uma característica atribuída ao sujeito dentro do predicado.
O adjunto adnominal também é uma função sintática, pois indica um termo que acompanha e caracteriza um nome da oração.
A conjunção subordinativa pertence à análise morfológica, sendo uma classe gramatical que conecta elementos de uma frase.
O objeto direto é uma função sintática, completando o sentido de um verbo transitivo direto.
O pronome interrogativo pertence à análise morfológica, sendo uma classe gramatical que substitui um substantivo para fazer perguntas diretas ou indiretas.
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Questão 4
(Quadrix, 2016)
Para responder à questão, leia os quadrinhos a seguir.

Em “...só preciso cansá-lo mais um pouco!”, qual é a classificação morfológica e qual é a função sintática do termo destacado?
A) Artigo definido; objeto direto.
B) Pronome pessoal do caso oblíquo; objeto indireto.
C) Artigo definido; predicativo do objeto direto.
D) Pronome pessoal do caso oblíquo; objeto direto.
E) Pronome demonstrativo; predicativo do sujeito.
Alternativa D.
O termo destacado (-lo) é uma forma átona do pronome pessoal do caso oblíquo (“o”), funcionando como complemento verbal. O verbo “cansar” é transitivo direto, de modo que “lo” funciona como objeto direto para esse verbo.
As alternativas A e C estão erradas, pois “-lo” é um pronome pessoal do caso oblíquo, e não um artigo.
A alternativa B está errada, pois “-lo” é um objeto direto, já que o verbo “cansar” não é regido por preposição.
A alternativa E está errada, pois “-lo” é morfologicamente classificado como pessoal do caso oblíquo, e não pronome demonstrativo, e exerce função sintática de objeto direto.
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Questão 5
(FEPESE, 2017)
Arrumando a mala e o espírito
Lembro bem dos dias que antecederam a minha primeira viagem à Europa. Era como se eu estivesse prestes a embarcar para outra galáxia. Quê! Surpresas minhas. Tanto que, quando aterrissei em Londres, não foram os monumentos históricos que me causaram impacto, e sim o fato de me deparar com farmácias, paradas de ônibus e escolas. Meu devaneio não havia previsto o lugar-comum. Sei lá o que imaginava encontrar de tão insólito, só sei que caí na real: as cidades, pelo menos as ocidentais, têm estrutura muito similar: o que nos encanta, na verdade, é o confronto com o nosso outro eu, aquela parte de nós que nunca se conformou com a vida em prisão domiciliar.
Viajar é correr atrás do nosso eu ancestral, aquele rebelde que escapou da domesticação e que não vê a hora do reencontro com sua alma peregrina. Quando pensamos em todas as opções que o planeta oferece, dá uma certa vertigem. Qual o melhor lugar para arrancar a gravata, tirar o salto alto e ficar desnudo para si mesmo? Diante de quais das sete maravilhas do mundo conseguiremos redimensionar o nosso próprio tamanho e passar a viver com mais humildade, prazer e leveza?
Sem ilusões: estamos falando de turismo, e não de um retiro espiritual. O melhor local para conhecer a si mesmo é onde se está todos os dias da semana em todos os anos da vida, uma viagem que não termina e que acontece dentro da gente. O processo é interno, sempre foi. Viajar é apenas o tubo de oxigênio que nos permite mergulhar mais fundo na nossa estranheza e insegurança. Mesmo por uma semana? Que seja. É mais do que dura uma viagem lisérgica. E dessa droga ninguém deveria prescindir, o vício incurável no deslumbre.
Martha Medeiros
Fonte: Revista Viagem e Turismo. Fevereiro de 2017. Texto adaptado.
Associe as colunas 1 e 2 abaixo:
Coluna 1
1. Substantivo com função sintática de sujeito simples.
2. Substantivo com função sintática de objeto direto.
3. Adjetivo com função sintática de adjunto adnominal.
4. Adjetivo com função sintática de predicativo do sujeito.
5. Pronome com função sintática de objeto direto.
6. Pronome com função sintática de objeto indireto.
Coluna 2
( ) [...] o vício incurável no deslumbre.
( ) Viajar é apenas o tubo de oxigênio [...].
( ) [...] não vê a hora do reencontro [...].
( ) O processo é interno, sempre foi.
( ) [...] o que nos encanta, na verdade, é o confronto com o nosso outro eu [...].
( ) Viajar é apenas o tubo de oxigênio que nos permite mergulhar mais fundo na nossa estranheza e insegurança.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
A) 1 • 2 • 3 • 4 • 6 • 5
B) 2 • 3 • 1 • 4 • 5 • 6
C) 4 • 1 • 2 • 3 • 6 • 5
D) 3 • 1 • 2 • 4 • 5 • 6
E) 3 • 4 • 2 • 1 • 5 • 6
Alternativa D.
(3) “Incurável” é um adjetivo ligado ao substantivo “vício”, sendo um adjunto adnominal do sujeito da oração.
(1) “Viajar”, no contexto apresentado, pode ser entendido como um substantivo considerando a forma nominal no infinitivo, funcionando como sujeito simples do verbo “é”.
(2) “Hora” é um substantivo que funciona como objeto direto do verbo “vê”.
(4) “Interno” é um adjetivo, que atribui característica ao sujeito “o processo”, mas aparecendo no predicado, tem função de predicativo do sujeito.
(5) “Nos” é um pronome pessoal oblíquo que complementa o verbo “encantar”, como um objeto direto.
(6) “Nos” segue como pronome pessoal oblíquo, mas agora é complemento do verbo “permite”, que exige preposição; por isso, nesse caso, exerce função de objeto indireto.
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Questão 6
(COPESE – UFPI, 2019, adaptada)
As autoridades têm liberdade de expressão?
Um agente de Estado não tem o direito de sair por aí falando o que lhe dá na veneta
Eugênio Bucci
A cultura política brasileira lida mal com a liberdade de expressão. A imensa maioria das lideranças — sejam de esquerda, sejam de direita, bem como as lideranças que se declaram “nem de esquerda nem de direita” — não se pauta pelo apreço ao direito que homens e mulheres têm de dizer o que pensam. [...]
Quase diariamente, chefes partidários, dos mais medíocres aos mais ilustres, bradam agressões contra a instituição da imprensa. Semana sim, semana não, um jornalista é vítima de ofensas morais ou intimidações físicas. [...]
Esse déficit da cultura política nacional costuma manifestar-se em episódios tristes, opressivos, que asfixiam os espaços democráticos. [...]
Não, a liberdade de expressão não pode abrigar a autoridade que comete abusos, assim como o direito à privacidade não protege esconderijos da corrupção. Quando vamos aprender uma lição tão elementar?
Disponível em:https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,as-autoridades-tem-liberdade-de-expressao,70002264828. Acesso em: 28 fev. 2019 (Adaptação).
Analise este trecho.
“Quase diariamente, chefes partidários, dos mais medíocres aos mais ilustres, bradam agressões contra a instituição da imprensa.”
Assinale a alternativa em que os termos sublinhados estão correta e respectivamente classificados.
A) Objeto direto; sujeito composto; verbo.
B) Advérbio; núcleo do sujeito; verbo.
C) Adjetivo; pronome oblíquo; objeto indireto.
D) Conjunção; pronome pessoal; objeto direto.
Alternativa B.
“Diariamente” é um advérbio (análise morfológica) e exerce função sintática de adjunto adverbial.
“Chefes” é um substantivo (análise morfológica) e exerce função sintática de núcleo do sujeito da oração.
“Bradam” é um verbo (análise morfológica) e exerce função sintática de verbo transitivo.
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Questão 7
(Quadrix, 2013)

Observe as duas ocorrências da palavra “uma” nos quadrinhos:
I. “você finalmente voltou a frequentar uma academia”
II. “após malhar apenas uma vez”
Sobre elas, pode-se afirmar que:
A) Pertencem à mesma classe gramatical.
B) A primeira é um numeral; a segunda, um artigo.
C) Ambas relacionam-se somente com formas verbais, estando desconectadas sintaticamente de adjetivos e substantivos.
D) Ambas geram ambiguidade.
E) Ambas exercem a mesma função sintática.
Alternativa E.
Na primeira ocorrência, “uma” é um artigo indefinido, determinando o substantivo “academia”, então exerce função sintática de adjunto adnominal. Na segunda ocorrência, “uma” é um numeral que quantifica o substantivo “vez”, também exercendo função sintática de adjunto adnominal. Portanto, em ambos os casos, a palavra “uma” tem a mesma função sintática: adjunto adnominal.
As alternativas A e B estão erradas, pois, na primeira frase, “uma” pertence à classe dos artigos indefinidos; na segunda frase, “uma” pertence à classe dos numerais. C está errada, pois, em ambos os casos, “uma” liga-se a substantivos (“academia” e “vez”), e não a verbos. D está errada, pois nenhuma das ocorrências gera ambiguidade.
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Questão 8
(CCV-UFC, 2011)
Assinale a alternativa em que está correta a análise morfossintática da palavra grifada.
A) Voltaram os pilões.
MORFOLOGIA
- substantivo
SINTAXE
- objeto direto
B) Fazia uso dos materiais.
MORFOLOGIA
- substantivo
SINTAXE
- adjunto adnominal
C) Tudo é imensamente simples.
MORFOLOGIA
- advérbio
SINTAXE
- adjunto adverbial
D) Moer o grão era uma dureza.
MORFOLOGIA
- adjetivo
SINTAXE
- adjunto adnominal
E) Quem inventa não tem medo.
MORFOLOGIA
- pronome
SINTAXE
- sujeito
Alternativa E.
“Quem” pertence à classe dos pronomes interrogativos, além de exercer função sintática de sujeito da oração em questão.
A alternativa A está errada, pois “pilões”, apesar de pertencer à classe dos substantivos, não exerce função sintática de objeto direto naquela oração, e sim de sujeito (“os pilões voltaram...”).
A alternativa B está errada, pois “materiais”, apesar de pertencer à classe dos substantivos, não exerce função sintática de adjunto adnominal naquela oração, e sim de objeto indireto.
A alternativa C está errada, pois “simples” não pertence à classe dos advérbios nem exerce função sintática de adjunto adverbial. Na verdade, é um adjetivo que exerce função de predicativo do sujeito.
A alternativa D está errada, pois “dureza” é um substantivo que, na oração, exerce função de adjetivo, qualificando o sujeito “moer o grão”; por isso, exerce função sintática de predicativo do sujeito.
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Questão 9
(VUNESP, 2016, adaptada)
Leia o trecho do texto de Tales Ab´Sáber para responder à questão.
Há em Berlim uma casa que nunca fecha. Aquela noite que não termina jamais pode de fato começar a qualquer momento do dia, às sete da manhã ou ainda às dez. Lá todos os tempos se estendem e noite e dia se transformam em outra coisa. Naquela imensa boate que pretende expandir o seu plano de existência, seu tempo infinito, sobre a vida e a cidade, construída em uma antiga fábrica − uma antiga usina de energia nazista −, todo tipo de figura da noite se encontra, em uma festa fantástica alucinada que deseja não terminar jamais.
À luz da vida tecno¹ avançada, as ideias tradicionais de dia e de noite se revelam mais frágeis, bem mais insólitas do que a vida cotidiana sob o regime da produção nos leva a crer. Para alguns, o mundo do dia se tornará definitivamente vazio e apenas a noite excitada e veloz vai concentrar em si o valor do que é vivo.
[...]
(A música do tempo infinito, 2012. Adaptado.)
¹tecno: estilo de música eletrônica.
“Há em Berlim uma casa que nunca fecha.” (1° parágrafo)
No período em que está inserida, a oração destacada tem valor e função, respectivamente, de
A) advérbio e adjunto adverbial.
B) substantivo e sujeito.
C) adjetivo e adjunto adnominal.
D) substantivo e objeto direto.
E) adjetivo e predicativo.
Alternativa C.
A oração “que nunca fecha” é uma oração subordinada adjetiva que qualifica o substantivo “casa”. Dessa forma, pertence à classe gramatical dos adjetivos, tendo função sintática de adjunto adnominal por aparecer junto do termo que qualifica.
A alternativa A está errada, pois a expressão destacada não caracteriza uma circunstância, e sim um nome. Logo, não funciona como advérbio, e sim como adjetivo.
As alternativas B e D estão erradas, pois a oração não exerce função de substantivo, e sim de adjetivo, já que qualifica o substantivo “casa”.
A alternativa E está errada, pois, apesar de pertencer à classe dos adjetivos, a expressão “que nunca fecha” aparece junto do substantivo que qualifica (“casa”), sem estar ligada por ele por meio de um verbo. Assim, não se trata de um predicativo, e sim de um adjunto adnominal.
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Questão 10
(Inatel, 2019 – Adaptada)
Leia:
Vista de cima, a imensa estrada parece uma cicatriz na floresta.
Sobre a frase acima, é incorreto o que se afirma em:
A) ‘a imensa estrada’ é o sujeito.
B) ‘parece’ é um verbo de ligação.
C) ‘uma cicatriz na floresta’ é o predicativo do sujeito.
D) ‘cicatriz’ tem como função sintática da oração a de ser substantivo.
E) NDA.
Alternativa D.
A alternativa incorreta é a D, pois “substantivo” não é uma função sintática, e sim uma classe gramatical. A função sintática de “cicatriz” é de predicativo do sujeito.
As alternativas A, B e C trazem afirmativas corretas e a E desconsidera o erro da alternativa D.
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Questão 11
(UNEMAT, 2011)

Sobre esse texto é incorreto afirmar que:
A) a conjunção “E”, na primeira linha, indica uma relação de adição entre orações.
B) a expressão “também” reitera o sentido de adição.
C) a palavra “LUPO” refere-se à fábrica de meias e cuecas.
D) com apoio no texto, infere-se que a palavra “meia” é numeral que indica metade.
E) está explícito no texto que o gênero da palavra “fabricante” é distinguido pela concordância nominal determinada pelos artigos definidos o e a em referência simultânea ao masculino e ao feminino.
Alternativa D.
A questão pede a alternativa incorreta, sendo a D, pois “meia”, no texto, não é numeral, e sim um substantivo da linguagem técnica do futebol (significando a posição de meio-campista). Portanto, não faz referência ao numeral “1/2”. As alternativas A, B, C e E trazem afirmações corretas.
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Questão 12
(Enem, 2011)

O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma-padrão da língua, esse uso é inadequado, pois
A) contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
B) contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto.
C) gera inadequação na concordância com o verbo.
D) gera ambiguidade na leitura do texto.
E) apresenta dupla marcação de sujeito.
Alternativa B.
O humor da tira surge quando uma cobra corrige a outra pelo uso de “eles” no lugar de “-los” (pronome oblíquo). “Eles” é um pronome pessoal do caso reto, cuja função sintática normativa é a de sujeito. Na frase, essa palavra está exercendo função de objeto direto do verbo “arregaçar”, devendo ser substituída pelo pronome oblíquo: “arregaçá-los”.
A alternativa A está errada, pois, no registro oral informal, esse uso é comum, e não o contrário.
A alternativa C está errada, pois o problema não é de concordância verbal, que está correta.
A alternativa D está errada, pois não há ambiguidade semântica na oração.
A alternativa E está errada, pois não há sujeito duplo, e sim um uso inadequado de pronome reto como objeto.