Exercícios sobre orações subordinadas desenvolvidas e reduzidas
(Ufla)
Literatura ajuda a entender outros textos e o mundo
Após o vestibular, o conhecimento de matemática cobrado será importante nas carreiras de exatas, assim com o de história, nas de humanas. Já a literatura, apesar de não ter um conteúdo que possa ser diretamente aplicado a algumas profissões, é importante para todas as carreiras.
“Literatura não é importante porque cai no vestibular, mas cai no vestibular porque é importante. Ela melhora a sensibilidade, a compreensão do mundo. Habilita o leitor a ter uma percepção do meio social, histórico e até pessoal muito mais complexo do que sem essa experiência de linguagem”, disse Benedito Antunes, professor da Unesp de Assis.
O mais importante na literatura, além dos fatos que são narrados, é a forma que o autor encontra para contar a história. A linguagem usada é normalmente mais complexa do que a de outros tipos de texto. Por isso, o estudante acostumado a ler obras literárias geralmente tem mais facilidade de interpretar outros textos, inclusive enunciados de questões.
“Não lendo literatura, você fica com menos competência para perceber a matemática, para entender as relações físicas do homem. Interpretando um texto literário, você tem condições de perceber que uma palavra ou um período muitas vezes não têm sentido só”, disse Maria Thereza Fraga Rocco, vice-diretora-executiva da Fuvest e professora da Faculdade de Educação da USP.
Por trabalhar a imaginação, a literatura desenvolve habilidades que são úteis até para a elaboração de um trabalho científico, por exemplo. “Ao ler literatura, o estudante vai ter uma habilidade mental, um alargamento de visões e possibilidades de interpretações. Isso fica indelevelmente na formação do sujeito”, disse o físico Fernando Dagnoni Prado, diretor acadêmico da Vunesp.
André Nicoletti — Folha de São Paulo — Educação — 24/4/2003.
Sem alterar o sentido, as orações reduzidas, citadas a seguir, podem ser transformadas em orações desenvolvidas, fazendo-se as alterações necessárias e acrescentando-lhes as conjunções entre parênteses, EXCETO:
A) “Por trabalhar a imaginação, a literatura [...]” — (Como).
B) “Interpretando um texto literário, [...]”— (Ainda que).
C) “Ao ler literatura, o estudante [...]” — (Quando).
D) “Não lendo literatura, você [...]” — (Se).
E) “[...] apesar de não ter um conteúdo [...]” — (Embora).
Alternativa B.
Ao fazer as alterações sugeridas no enunciado, temos: “Como trabalha a imaginação, a literatura [...]”, “Quando lê literatura, o estudante [...]”, “Se não lê literatura, você [...]”, “[...] embora não tenha um conteúdo [...]”. No entanto, não faz sentido escrever: “Ainda que interprete um texto literário, você tem condições de perceber que uma palavra ou um período muitas vezes não têm sentido só”. Faria sentido se escrevêssemos: “Quando interpreta um texto literário, você tem condições de perceber que uma palavra ou um período muitas vezes não têm sentido só”.
Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as seguintes afirmações:
( ) A oração subordinada desenvolvida apresenta conectivo.
( ) A oração subordinada reduzida não apresenta conectivo.
( ) A oração subordinada substantiva é sempre desenvolvida.
A sequência correta é:
A) V, V, F.
B) F, F, F.
C) V, F, F.
D) V, F, V.
E) F, V, F.
Quais enunciados abaixo apresentam oração subordinada reduzida?
I. É necessário ter consciência.
II. Lembrou-se de correr.
III. Tenho medo de que você me esqueça.
Apresentam oração subordinada reduzida os enunciados:
A) I e II apenas.
B) II e III apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
Alternativa A.
O enunciado “É necessário ter consciência” apresenta oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “ter consciência”. Já “Lembrou-se de correr” possui oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo “de correr”. Por fim, “Tenho medo de que você me esqueça” apresenta oração subordinada substantiva completiva nominal desenvolvida “de que você me esqueça”.
As orações subordinadas reduzidas podem conter verbos nas seguintes formas nominais, exceto:
A) infinitivo.
B) gerúndio.
C) particípio.
D) genitivo.
Alternativa D.
As orações subordinadas reduzidas podem apresentar uma das três formas nominais existentes: o infinitivo, o gerúndio ou o particípio.
Leia esta oração subordinada desenvolvida:
Noto que seu filho dorme.
Marque a alternativa que apresenta tal oração na forma reduzida:
A) Noto seu filho dorme.
B) Noto seu filho dormir.
C) Noto que seu filho ainda está dormindo.
D) Noto que seu filho também está dormindo.
E) Noto seu filho embora esteja dormindo.
Alternativa B.
A forma reduzida da oração desenvolvida “Noto que seu filho dorme” é “Noto seu filho dormir”. Portanto, “seu filho dormir” é uma oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
Sonho de um monista
Eu e o esqueleto esquálido de Ésquilo
Viajávamos, com uma ânsia sibarita,
Por toda a pró-dinâmica infinita,
Na inconsciência de um zoófito tranquilo.
A verdade espantosa do Prótilo
Me aterrava, mas dentro da alma aflita
Via Deus — essa mônada esquisita —
Coordenando e animando tudo aquilo!
E eu bendizia, com o esqueleto ao lado,
Na guturalidade do meu brado,
Alheio ao velho cálculo dos dias,
Como um pagão no altar de Proserpina,
A energia intracósmica divina
Que é o pai e é a mãe das outras energias!
ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. 42. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
Em qual dos versos destacados abaixo é possível apontar uma oração subordinada reduzida?
A) “Viajávamos, com uma ânsia sibarita,”
B) “Me aterrava, mas dentro da alma aflita”
C) “Coordenando e animando tudo aquilo!”
D) “E eu bendizia, com o esqueleto ao lado,”
E) “Que é o pai e é a mãe das outras energias!”
Alternativa C.
Em “Via Deus coordenando e animando tudo aquilo”, “Deus coordenando e animando tudo aquilo” é oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de gerúndio.
Garbo: novidades
Um semanário francês publicou a biografia de Greta Garbo, e embora não conte nada de novo sobre esse fenômeno cinematográfico desconhecido da geração mais moça, atraiu a atenção dos leitores.
A este humilde cronista, a publicação interessou sobretudo porque lhe abriu a urna das recordações; e ainda porque lhe permite desvendar um pequeno segredo velho de vinte e seis anos, e os senhores sabem como os segredos, à força de envelhecer, perdem a significação.
Passado um quarto de século, considero-me desobrigado do compromisso assumido naquela tarde de outono, no Parque Municipal de Belo Horizonte, e revelarei uma página — meia página, se tanto — da vida particular de Greta Garbo.
[...]
DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. Fala, amendoeira. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
No fragmento da crônica de Carlos Drummond de Andrade, é possível identificar a seguinte oração subordinada reduzida:
A) “embora não conte nada de novo sobre esse fenômeno cinematográfico desconhecido da geração mais moça”.
B) “porque lhe abriu a urna das recordações”.
C) “desvendar um pequeno segredo velho de vinte e seis anos”.
D) “como os segredos, [...], perdem a significação”.
Alternativa C.
A oração “embora não conte nada de novo sobre esse fenômeno cinematográfico desconhecido da geração mais moça” é oração subordinada adverbial concessiva desenvolvida. A oração “porque lhe abriu a urna das recordações” é oração subordinada adverbial causal desenvolvida. Já a oração “desvendar um pequeno segredo velho de vinte e seis anos” é subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Por fim, a oração “como os segredos, [...], perdem a significação” é oração subordinada substantiva objetiva direta desenvolvida.
Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as seguintes afirmações:
( ) O enunciado “O tempo, que derruba montanhas, não quer parar” apresenta oração desenvolvida.
( ) O enunciado “O tempo que derruba montanhas não quer parar” apresenta oração desenvolvida.
( ) O enunciado “O tempo derruba montanhas e não quer parar” apresenta oração subordinada reduzida.
A sequência correta é:
A) V, V, F.
B) F, F, F.
C) V, F, F.
D) V, F, V.
E) F, V, F.
Alternativa A.
A oração “que derruba montanhas” (entre vírgulas) é subordinada adjetiva explicativa desenvolvida, já que apresenta o pronome relativo “que”. Já a oração “que derruba montanhas” (sem vírgulas) é subordinada adjetiva restritiva desenvolvida, pois apresenta o pronome relativo “que”. Por fim, o enunciado “O tempo derruba montanhas e não quer parar” apresenta duas orações coordenadas.
Quais enunciados abaixo apresentam oração subordinada desenvolvida?
I. Tomado por fúria inexplicável, agrediu a todos nós.
II. Sorri como o amigo sorria.
III. Ainda que cheguemos a tempo, não o encontraremos.
Apresentam oração subordinada desenvolvida os enunciados:
A) I e II apenas.
B) II e III apenas.
C) I e III apenas.
D) I, II e III.
Alternativa B.
A oração “Tomado por fúria inexplicável” é subordinada adverbial causal reduzida de particípio. Já “como o amigo sorria” é oração subordinada adverbial comparativa desenvolvida. Por fim, a oração “Ainda que cheguemos a tempo” é subordinada adverbial concessiva desenvolvida.
Assinale a alternativa que apresenta oração subordinada reduzida.
A) Só quero isto: que me dê dinheiro.
B) O dinheiro que estava aqui pertencia à sua mãe.
C) Contanto que me apoie, não me importo com nada.
D) Era tão bonito, que despertava muita atenção.
E) Estamos aptos a alugar o imóvel.
Alternativa E.
A oração “que me dê dinheiro” é subordinada substantiva apositiva desenvolvida. Já a oração “que estava aqui” é subordinada adjetiva restritiva desenvolvida. A oração “Contanto que me apoie” é subordinada adverbial condicional desenvolvida. A oração “que despertava muita atenção” é subordinada adverbial consecutiva desenvolvida. Por fim, a oração “a alugar o imóvel” é subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo.
Leia esta oração subordinada reduzida:
Não duvido de haver pessoas más no mundo.
Marque a alternativa que apresenta tal oração na forma desenvolvida:
A) Não duvido de que há pessoas más no mundo.
B) Não duvido de quem são as pessoas más no mundo.
C) Duvido de que existem pessoas más no mundo.
D) Duvido de quem são as pessoas más no mundo.
E) Não duvido de existirem pessoas más no mundo.
Alternativa A.
A forma desenvolvida da oração reduzida “Não duvido de haver pessoas más no mundo” é “Não duvido de que há pessoas más no mundo”. Portanto, “de que há pessoas más no mundo” é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta desenvolvida.
Preciso me encontrar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Sorrir pra não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar
[...]
CANDEIA. Preciso me encontrar. In: CARTOLA. Cartola II. São Paulo: Discos Marcus Pereira, 1976.
Todos os versos abaixo, extraídos do fragmento da letra de música, apresentam oração subordinada reduzida, exceto:
A) “Deixe-me ir”.
B) “Rir pra não chorar”.
C) “Quero assistir ao sol nascer”.
D) “Ouvir os pássaros cantar”.
E) “Diga que eu só vou voltar”.
Alternativa E.
São orações subordinadas reduzidas: “[...]-me ir” (oração subordinada substantiva objetiva direta), “pra não chorar” (oração subordinada adverbial final), “ao sol nascer” (oração subordinada substantiva objetiva indireta), “os pássaros cantar” (oração subordinada substantiva objetiva direta). Já a oração “que eu só vou voltar” é oração subordinada substantiva objetiva direta desenvolvida. Observe que ela apresenta conjunção “que” e o verbo “voltar” está no infinitivo porque faz parte da locução verbal “vou voltar”.
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