Exercícios sobre a economia cafeeira no Brasil
Antes de se tornar um importante produto para a economia mundial, o café enfrentou problemas de ordem cultural. Portanto, em relação a este aspecto, é correto dizer que:
a) Inicialmente, o café era visto como um estimulante pecaminoso pela população europeia. O fato de essa bebida ter sido originada no continente africano contribuiu para a permanência desse paradigma até meados do século XVI.
b) O café não era bem aceito pela sociedade europeia pelo alto custo de seu consumo e pela falta de mão de obra na plantação dos cafezais no continente africano.
c) Uma das hipóteses levantadas foi de que o café era visto como uma bebida ingerida somente pelos deuses gregos e que um ser humano comum não poderia consumi-lo.
d) O preconceito contra a região em que o café foi originado contribuiu para que os europeus não ingerissem essa bebida. Porém, o principal bloqueio em relação a essa bebida no mercado europeu foi a resistência da mão de obra escrava para trabalhar nos cafezais na Europa.
Letra A.O consumo do café não era bem visto na Europa, pois essa bebida foi estereotipada de pecaminosa e que era somente ingerida por pessoas pagãs, ou seja, por indivíduos pecadores. A raiz desse pensamento estava na origem do café que vinha da África, uma região bastante discriminada pela sociedade europeia. Entretanto, a partir do século XVII, esse paradigma foi rompido e o café passou de um estimulante pecaminoso para uma bebida de luxo consumida pelas elites europeias.
Em relação à chegada do café no Brasil é correto dizer que:
a) O café chegou somente no século XIX no Brasil e teve bastante dificuldade de ganhar o gosto popular. No século posterior, o café tornou-se um produto importante para a economia, mas não representou grandes lucros para o Estado brasileiro.
b) O café chegou ao Brasil no século XVIII, quando a esposa do governador da Guiana Francesa presentou o Sargento paraense Francisco de Mello Palheta com uma muda de café, que posteriormente foi ganhando o gosto da população brasileira.
c) A plantação cafeeira no Brasil somente cresceu após a criação do Convênio de Taubaté no século XVIII, que priorizou investimentos públicos nos cafezais para alavancar a venda do produto no mercado nacional.
d) A chegada do café no Brasil trouxe poucas mudanças para a economia nacional, uma vez que a produção cafeeira foi produzida visando ao mercado interno que era mais rentável do que o comércio no mercado internacional.
Letra B. A primeira muda de café no Brasil chegou através de Francisco de Mello Palheta que foi presenteado pela esposa do governador da Guiana Francesa. No início, o café foi plantado de maneira doméstica no Norte e Nordeste brasileiro e, gradativamente, foi ganhando força até se tornar a principal atividade econômica do Brasil em meados do século XIX e XX.
Cite e explique dois fatores que contribuíram para a expansão da economia cafeeira no Brasil.
O primeiro fator que podemos mencionar foi a crise da economia açucareira no século XVIII no Brasil, provocada pela concorrência do açúcar antilhano que rompeu com o monopólio brasileiro. A saída foi procurar outra atividade econômica que suprisse o declínio da economia. O café foi a salvação encontrada para esse problema. O segundo fator foi a luta pela independência do Haiti que era um importante exportador cafeeiro e que durante séculos foi colônia da França. Durante o processo emancipatório, os haitianos deixaram de abastecer o mercado europeu que, a partir do século XIX, passou a adquirir esse produto do Brasil, alavancando as vendas desse produto.
Explique a participação do empresário Irineu Evangelista de Souza no período de ascensão da economia cafeeira e do comércio brasileiro.
Irineu Evangelista de Souza foi um empresário que contribuiu diretamente para o desenvolvimento econômico brasileiro durante o século XIX. Sua atuação no campo das indústrias influenciou o desenvolvimento de uma infraestrutura jamais vista no Brasil. A Companhia de Gás no Rio de Janeiro, a Estrada de ferro Mauá e a fundição e estaleiro da Ponta de Areia em Niterói foram os exemplos de investimentos de base realizados por ele que contribuíram para o desenvolvimento da economia cafeeira que passou a ter, por exemplo, a estrada de ferro para escoar sua produção. Além disso, ele ajudou na construção de rodovias para melhorar ainda mais a circulação de produtos agrícolas no Brasil.