Exercícios sobre a sociedade colonial espanhola
(PUC-Rio) A conquista e a colonização europeias na América, entre os séculos XVI e XVII, condicionaram a formação de sociedades coloniais diversas e particulares. Sobre tais sociedades podemos afirmar que:
I – Nas áreas de colonização espanhola, explorou-se, exclusivamente, a força de trabalho das populações ameríndias, sob a forma de relações servis, como a mita e a ecomienda.
II – Nas áreas de colonização portuguesa, particularmente nas regiões destinadas ao fabrico do açúcar, foi empregada, em larga escala, a mão de obra escrava de negros africanos e/ou de indígenas locais.
III – Ao norte do litoral atlântico norte-americano, área de colonização inglesa, houve o estabelecimento de pequenas e médias propriedades, nas quais se utilizou tanto o trabalho livre quanto a servidão por contrato.
IV – Na região do Caribe, em áreas de colonização inglesa e francesa, assistiu-se à implantação da grande lavoura, voltada para a exportação e assentada no uso predominante da mão de obra de escravos africanos.
Assinale a alternativa correta.
- Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
- Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
- Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
- Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
- Todas as afirmativas estão corretas.
Letra C. Nas áreas de colonização espanhola não foi explorada exclusivamente a mão de obra ameríndia. Houve locais, como na região caribenha, em que se fez uso da mão de obra de africanos escravizados.
(UFRJ) Leia o texto a seguir.
Um dos períodos [da história do México] mais riscados, apagados e emendados com maior fúria tem sido a da Nova Espanha. [...] A Nova Espanha não se parece nem com o México pré-colombiano nem com o atual. E muito menos com a Espanha, embora tenha sido um território submetido à coroa espanhola.
PAZ, O. Sóror Juana Inés de la Cruz: As artimanhas da fé. São Paulo: Mandarim, 1998.
Sobre a sociedade colonial construída em Nova Espanha, é correto afirmar que:
- apoiava-se, como na sociedade colonial brasileira, em uma divisão bipolar entre senhores de um lado e escravos africanos do outro, visto que os indígenas haviam sido quase absolutamente exterminados no processo de conquista por doenças ou pela violência do colonizador.
- distinguia-se de outras sociedades coloniais, pois as diferenças sociais presentes nela eram de classe, e não de cunho ético: não importava a cor da pele para a determinação de um lugar social, mas as posses de um indivíduo.
- tratava-se, como em muitas sociedades coloniais, de uma sociedade de superiores e de inferiores que, entretanto, reconhecia os mestiços, filhos de senhores brancos com mulheres indígenas, como fazendo parte da elite política local, sendo chamados criollos.
- recaíam, exclusivamente, os privilégios da sociedade colonial sobre a minoria branca que apresentava, contudo, uma divisão interna entre aqueles brancos nascidos na Europa, ocupantes dos cargos de nível superior, e aqueles nascidos na América, ocupantes de posições claramente secundárias na hierarquia social.
- constituía-se em uma sociedade com uma estrutura hierárquica bem clara, em cuja base se encontrava os grupos desprovidos de quaisquer direitos sociais: índios e negros africanos, ambos trabalhando como escravos e sendo tratados exclusivamente como mercadoria, vendidos e comprados em grandes mercados nas principais cidades mexicanas.
Letra D. A distinção do local de nascimento era componente da divisão existente na elite da sociedade colonial espanhola.
Sobre a sociedade colonial espanhola na América, indique a afirmativa que contém informações incorretas.
- O fato de ser nascido e criado na Europa ou no Novo Mundo não influenciava nos privilégios detidos pelas classes mais abastadas, já que as posições ocupadas na pirâmide social estavam relacionadas apenas ao poder econômico.
- O direito a uma propriedade, geralmente concedido pelo rígido controle metropolitano, garantia uma condição econômica confortável e a exploração da mão de obra daqueles que eram desprovidos de semelhante autonomia.
- A maioria absoluta da população colonial era formada pelos indígenas, que tinham sua mão de obra sistematicamente explorada pelos espanhóis.
- Fruto do envolvimento entre o europeu e o indígena, os mestiços viviam à margem da política colonial, sobrevivendo de expedientes variados nos espaços urbanos e rurais hispânicos.
- Os criollos viviam uma condição econômica abastada, podendo praticar o comércio, deter a propriedade de terras e a exploração da força de trabalho nativa e escrava.
Letra A. Apesar do poder econômico ter influência na localização dentro da estrutura social, o fato de ter sido nascido e criado na Espanha era uma determinação mais importante.
“[...] A primeira colonização foi feita por um punhado de homens. Na Espanha, desde o início, a emigração era controlada pela Casa de Contratación: precisava-se de uma licença para se instalar na América, só os súditos da Coroa de Castela podiam consegui-la – os conversos de origem judaica estavam excluídos. [...]”
FERRO, Marc. História das colonizações: das conquistas às independências – séculos XIII a XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
Ao chegar à América, esses espanhóis passaram a gozar de privilégios pelo nascimento e criação na Europa, ocupando os altos postos civis e militares. Indique a alternativa que denomina corretamente esses espanhóis.
- Criollos.
- Cabildos.
- Chapetones.
- Encomendero.
- Mestiços.
Letra C.