Exercícios sobre tipos de intertextualidade
Sobre o conceito de intertextualidade, podemos afirmar:
I. Introdução de novos elementos no texto. Pode-se também retomar esses elementos para introduzir novos referentes;
II. Operação responsável pela manutenção do foco nos objetos de discurso previamente introduzidos;
III. Elemento constituinte do processo de escrita e leitura, trata-se das relações dialógicas estabelecidas entre dois ou mais textos;
IV. Pode ocorrer de maneira implícita ou explícita;
V. Responsável pela continuidade de um tema e pelo estabelecimento das relações semânticas presentes em um texto.
Estão corretas as proposições:
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I, II e V estão corretas.
c) Apenas III e IV estão corretas.
d) III, IV e V estão corretas.
e) I e II estão corretas.
Alternativa “c”. A intertextualidade é um tema estudado pela Linguística Textual e é parte constituinte do processo de leitura e escrita. Trata-se do diálogo estabelecido entre dois ou mais textos, de maneira proposital ou não. Pode ocorrer de duas formas: implícita ou explicitamente.
(ENEM) Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
I. Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964)
II. Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)
III. Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Esta espécie ainda envergonhada.
(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por
a) reiteração de imagens.
b) oposição de ideias.
c) falta de criatividade.
d) negação dos versos.
e) ausência de recursos.
Alternativa “a”. A intertextualidade está presente através da reiteração de imagens e pode ser notada através da repetição da estrutura. Note que os textos se revisitam, dando origem a outros textos, nos quais podemos notar a presença do texto-fonte.
(UFRN 2012) Observe a capa de um livro reproduzida abaixo:
A imagem é capa do livro Memórias Desmortas de Brás Cubas, de Pedro Vieira. Editora Tarja Editorial
a) uma metonímia.
b) uma transcrição literal.
c) uma paráfrase direta.
d) um procedimento paródico.
e) um plágio explícito.
Alternativa “d”. Podemos observar que a intertextualidade é feita por meio de uma paródia com o texto-fonte de Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Sobre a intertextualidade explícita, podemos afirmar que:
a) Ocorre de maneira velada, sem a citação expressa do texto-fonte, cabendo ao leitor reativar informações em sua memória para perceber a intertextualidade.
b) Ocorre, apenas, nos textos poéticos, não sendo admitida em outros gêneros, como o gênero anúncio publicitário.
c) Ocorre somente por meio de paráfrase e paródia do texto-fonte.
d) Trata-se de um plágio do texto-fonte, ou seja, uma transcrição integral do texto-fonte.
e) Ocorre a citação da fonte do intertexto, podendo ser encontrada nas citações, nos resumos, resenhas e traduções, além de estar presente também em diversos anúncios publicitários.
Alternativa “e”. A intertextualidade explícita cita expressamente o texto-fonte e tal procedimento é muito importante para a produção de sentidos do texto.