Exercícios sobre tipos textuais

Esta lista de exercícios avaliará os seus conhecimentos sobre tipos textuais. Os textos podem ser narrativos, descritivos, injuntivos, argumentativos e expositivos. Publicado por: Warley Souza
Questão 1

(Enem)

Amor é fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões.

O poema pode ser considerado como um texto:

A) argumentativo.

B) narrativo.

C) épico.

D) de propaganda.

E) teatral.

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Resposta

Alternativa A.

Justificativa:

O poema de Camões é um texto do tipo argumentativo, já que o eu lírico usa argumentos para mostrar que o amor é algo paradoxal.

Questão 2

Analise este enunciado:

Alice é alta, bonita e tem pele escura. Seu cabelo é cacheado. Seus olhos são pretos e grandes. Seu nariz é proeminente, atrevido. Sua boca está pintada com um batom muito vermelho. E seu sorriso é misterioso e encantador. Alice caminha lentamente pelos corredores do prédio, dentro de um leve vestido estampado e sobre saltos altos.

O texto acima apresenta caráter:

A) argumentativo.

B) descritivo.

C) expositivo.

D) injuntivo.

E) narrativo.

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Resposta

Alternativa B.

Justificativa:

No texto, sobressai a descrição de Alice, ou seja, o enunciador apresenta as suas características.

Questão 3

(Enem)

O jivaro

Um Sr. Matter, que fez uma viagem de exploração à América do Sul, conta a um jornal sua conversa com um índio jivaro, desses que sabem reduzir a cabeça de um morto até ela ficar bem pequenina. Queria assistir a uma dessas operações, e o índio lhe disse que exatamente ele tinha contas a acertar com um inimigo.

O Sr. Matter:

― Não, não! Um homem, não. Faça isso com a cabeça de um macaco.

E o índio:

― Por que um macaco? Ele não me fez nenhum mal!

Rubem Braga.

O assunto de uma crônica pode ser uma experiência pessoal do cronista, uma informação obtida por ele ou um caso imaginário. O modo de apresentar o assunto também varia: pode ser uma descrição objetiva, uma exposição argumentativa ou uma narrativa sugestiva. Quanto à finalidade pretendida, pode-se promover uma reflexão, definir um sentimento ou tão-somente provocar o riso.

Na crônica O jivaro, escrita a partir da reportagem de um jornal, Rubem Braga se vale dos seguintes elementos:

A)Alternativa A questão 3 exercícios sobre tipos textuais.

B) Alternativa B questão 3 exercícios sobre tipos textuais.

C) Alternativa C questão 3 exercícios sobre tipos textuais.

D) Alternativa D questão 3 exercícios sobre tipos textuais.

E) Alternativa E questão 3 exercícios sobre tipos textuais.

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Resposta

Alternativa B.

Justificativa:

O assunto da crônica é “uma informação colhida”, já que o enunciado informa que o cronista a escreveu “a partir da reportagem de um jornal”. O modo de apresentar a crônica, ou seja, o seu tipo textual, é “uma narrativa sugestiva”, já que o texto narra um fato que sugere algo no final e, assim, tem a finalidade de “promover reflexão”.

Questão 4

Leia este trecho da obra Ilíada:

[...]

Ali mesmo efetua o chefe Argivo

Sua ameaça; dous arautos chama,

Taltíbio e Euríbate, expeditos servos:

“Ide ao Pelides e agarrai-me a escrava;

Aliás, mais agro transe, à força aberta

A formosa Briseida eu vou tirar-lha”.

E com ríspidas ordens os despede.

O infrugífero mar cercando invitos,

Junto ao real e à capitânia quedo,

Entre os seus Mirmidões na praia o acharam.

Por certo não gostou de os ver Aquiles.

De assombro estacam, nem tugir se atrevem

Ante o herói formidável, que o percebe:

“Salve, núncios de Jove e dos guerreiros;

Sus, não vos culpo, arautos. Agamemnon

Vo-lo ordenou. Vai tu, celeste aluno,

Vai por ela, Pátroclo, e a moça levem.

Aos mortais, ao rei sevo, às divindades,

Vós mo atesteis, se for mister meu braço

A desviar dos outros a vergonha...

Que furor cego! alheio do presente,

O porvir não prevê, nem como os Dânaos

Das naus sem risco em derredor pelejem”.

[...]

HOMERO. Ilíada. Tradução de Manoel Odorico Mendes. Rio de Janeiro: Tipografia Guttemberg, 1874.

O poema de Homero é do tipo textual:

A) argumentativo.

B) descritivo.

C) expositivo.

D) injuntivo.

E) narrativo.

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Alternativa E.

Justificativa:

O poema épico Ilíada é uma narrativa em verso, já que explicita ações e falas de personagens em história contada por um narrador.

Questão 5

(Enem)

Caminhando contra o vento,
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou

O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bombas e Brigitte Bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou

VELOSO, C. Alegria, alegria. In: Caetano Veloso. São Paulo: Phillips, 1967 (fragmento).

É comum coexistirem sequências tipológicas em um mesmo gênero textual. Nesse fragmento, os tipos textuais que se destacam na organização temática são

A) descritivo e argumentativo, pois o enunciador detalha cada lugar por onde passa, argumentando contra a violência urbana.

B) dissertativo e argumentativo, pois o enunciador apresenta seu ponto de vista sobre as notícias relativas à cidade.

C) expositivo e injuntivo, pois o enunciador fala de seus estados físicos e psicológicos e interage com a mulher amada.

D) narrativo e descritivo, pois o enunciador conta sobre suas andanças pelas ruas da cidade ao mesmo tempo que a descreve.

E) narrativo e injuntivo, pois o enunciador ensina o interlocutor como andar pelas ruas da cidade contando sobre sua própria experiência.

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Alternativa D.

Justificativa:

A letra de música de Caetano Veloso apresenta os tipos narrativo e descritivo. Seu caráter narrativo está no fato de demonstrar a ação de alguém caminhar sob o sol e ficar alegre e com preguiça diante de bancas de revista. Já seu caráter descritivo se mostra quando o texto aponta características do sol e das bancas de revista.

Questão 6

Leia o trecho abaixo, extraído da bula de um suplemento alimentar:

Suplemento alimentar de colágeno tipo II + ácido hialurônico em cápsulas

Apresentação:

Cada 1 cápsula contém:

Ácido Hialurônico.................................................80 mg

Colágeno tipo II.....................................................40 mg

1. O que é Condroflan HA cart flex?

Condroflan HA cart flex é um suplemento alimentar de colágeno tipo II e ácido hialurônico, indicado para auxiliar na manutenção da função articular.

[...]

O tipo textual predominante na bula é:

A) argumentativo.

B) descritivo.

C) expositivo.

D) injuntivo.

E) narrativo.

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Resposta

Alternativa C.

Justificativa:

O texto é expositivo, já que apenas expõe informações acerca do suplemento alimentar.

Questão 7

(UFJF)

Drauzio Varella: “O único lugar em que a mulher tem liberdade sexual é na cadeia”

Em novo livro sobre uma penitenciária feminina, oncologista discute as marcas do machismo na trajetória das presas.

Gil Alessi/ Marina Rossi

São Paulo - 9 JUL. 2017

“A prisão é um experimento sádico da nossa sociedade”, afirma o oncologista e escritor Drauzio Varella. Mas sem ignorar a dor provocada pelo confinamento, abandono e distanciamento dos filhos e familiares, o médico vislumbra no cárcere um espaço onde mulheres conseguem se livrar, ao menos temporariamente, da repressão machista que impera do outro lado do muro. “As mulheres são reprimidas desde que nascem, não existe nenhum outro local na sociedade onde ela é livre assim como na cadeia”, afirma Varella em entrevista ao EL PAÍS. Atrás das grades da Penitenciária Feminina da Capital, no Carandiru, convivem em harmonia diversos tipos de sapatões (homossexuais que assumem aparência masculina), entendidas (homossexuais que mantêm aparência feminina) e mulheríssimas (heterossexuais que ocasionalmente têm relações com mulheres) — os termos foram criados pelas próprias presas. O escritor relata suas experiências tratando de detentas no livro Prisioneiras (Companhia das Letras). A obra fecha uma trilogia — os outros são Carandiru e Carcereiros, ambos publicados pela mesma editora — sobre sua vivência de décadas atendendo de forma voluntária presos e presas paulistas. “Cadeia é um lugar muito sensível de uma sociedade. Se você visitar uma cadeia, um pronto socorro e um estádio de futebol lotado, você consegue fazer uma ideia de como é uma sociedade”, afirma.

Pergunta 1. Existe comportamento homossexual nos presídios femininos?

Resposta. O comportamento homossexual entre as presas é muito mais abrangente do que aparenta no início. Isso leva tempo para perceber. Porque essas relações femininas são mais sutis. Na cadeia de homens você percebe que alguns presos são notadamente homossexuais. Mesmo que não sejam travestis, são homossexuais, andam com outro homem que você sabe que é o marido dele. Na cadeia feminina não. Entre elas as relações adquirem uma outra dinâmica. Um número muito grande de presas tem comportamento homossexual, é a maioria esmagadora! Gira em torno de 80%, talvez até mais.

Pergunta 2. No livro você fala sobre os diferentes perfis de homossexualidade no presídio feminino. O que lhe chamou a atenção?

Resposta. O contato com essas diferenças de sexualidade é imediato. Quando você entra numa cadeia feminina tem uns 15% de mulheres que você olha e são homens. Estas mulheres usam o cabelo bem curto, com aquelas riscas que jogador de futebol faz, elas têm trejeitos de homem. Se você faz uma observação mais cuidadosa percebe que elas não se depilam. Quando eu fui examiná-las, percebi que elas não usam calcinha, usam cueca, e tops bem apertados para esconder o seio. Essas mulheres que têm aparência masculina são sapatões. Na rua é uma palavra pejorativa. Na cadeia não. Elas falam assim: “Sou casada com um sapatão”, com o maior respeito. As que têm o estereótipo feminino não são sapatões, já entram na categoria das entendidas. E com o tempo percebi que não se pode dividir em duas categorias, porque existem vários subtipos: o sapatão original, que já era lésbica do lado de fora, sapatão sacola, que é hetero nas ruas, mas na cadeia assume outra identidade de gênero, sapatão badarosca, sustentada pela parceira, e a chinelinho, que elas dizem que sai da cadeia e abandona o homossexualismo, calça o chinelinho de cristal e vai atrás do príncipe encantado.

[...]

Pergunta 3. A sexualidade então é muito diferente de um presídio masculino...

Resposta. O homossexual ou a travesti no presídio masculino não pode nada. Não pode distribuir comida, não pode brigar com outro, não pode gritar com malandro... Não pode enfrentar jamais. Na detenção morria gente quando acontecia isso. Já no feminino tudo é visto com naturalidade. “Minha mulher”, elas falam. “Sou casada com fulana”, “meu amor foi para o regime semiaberto, estou sozinha, estou triste”. E as guardas, a diretoria, todo mundo respeita, ninguém cria caso.

Pergunta 4. Que outras diferenças você observa entre um presídio masculino e um feminino?

Resposta. A diferença fundamental é que essas mulheres todas têm filhos. É muito raro encontrar alguma sem filhos. O homem quando está preso pode até estar preocupado com os filhos dele — alguns nem aí, né? Mas ele sabe que tem uma mulher cuidando das crianças: uma irmã, uma tia, a mãe... Mas gravidez indesejada é problema para a mulher, não para os homens, porque eles simplesmente abandonam. A mulher vai pra cadeia e perde o controle da família. Ela sabe que as crianças vão ficar desprotegidas: as pessoas abusam de criança com a mãe presa. E os filhos muitas vezes são espalhados. Imagina três irmãos, acostumados a ficarem juntos, e quando a mãe é presa vai cada um para um lado. Imagina a dor dessas crianças. E a mulher sabe disso, sabe que quem está causando isso é ela, ela foi a responsável pela separação. Ainda que de forma involuntária, foi algo provocado pelo crime que ela cometeu. Quer machismo mais evidente do que um cara ser preso e condenado a mais de 25 anos de cadeia, e a mulher não pode abandonar ele, ter que fazer visita íntima todo final de semana? E quando a mulher vai presa o cara simplesmente desaparece.

[...]

Pergunta 5. A situação dos presídios de São Paulo é péssima. Por que não temos mais rebeliões?

Resposta. Existem dois lados desta questão. São Paulo desenvolveu um sistema de administração penitenciária muito competente, que envolve os funcionários, carcereiros e a administração. Existe um setor de inteligência que fica interceptando chamadas telefônicas, juntando pedaços de um quebra-cabeça. E tentam se antecipar: “esse cara está levando informação pra lá, vamos transferir”. É um jogo de gato e rato. Por outro lado, rebelião atrapalha muito os negócios do crime. Existe um interesse do PCC. Já ouviu falar de fuga em São Paulo? Há muito tempo não se fala de fuga. Em nenhuma cadeia do mundo você tem isso. O próprio PCC sabe que não pode bater de frente, já fizeram isso no passado. Mas ir para o enfrentamento causa problemas que repercutem aqui fora. O PCC amadureceu muito com os anos, surgiu com uma violência absurda, mas foi se moderando.

[...]

Pergunta 6. Como retratar as presas de forma a não vitimizá-las nem retratá-las como monstros?

Resposta. É uma coisa meio natural, que eu faço desde o Carandiru. Pensei muito nisso ao escrever o Carandiru. Não gosto de ler livros quando percebo uma intenção oculta do autor. É lógico que toda história passa pelo filtro de quem escreve, mas não posso tomar partido enquanto estou escrevendo. Eu tento contar a história como um narrador que está vendo de fora. Ninguém é vítima. Elas entraram por esse caminho do crime por alguma lógica delas. E independentemente do que fizeram, elas não perdem sua condição humana.

Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/05/politica/1499276543_932033.html. Com adaptações. Acesso em 23 de agosto de 2017.

Com relação ao tipo textual presente nas respostas do escritor, trata-se de

A) uma narrativa.

B) uma série de instruções.

C) uma argumentação.

D) um relato.

E) uma criação literária.

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Resposta

Alternativa D.

Justificativa:

A palavra “relatar” é sinônimo de “narrar”; porém outro sentido de “relatar” é “mencionar” ou “referir”. Portanto, nas respostas do escritor, é perceptível não uma narrativa, já que ele não conta uma história, mas a menção ou referência a fatos ou situações, de maneira que o seu caráter expositivo fica em evidência.

Questão 8

Leia o trecho abaixo, extraído de um manual de instruções:

Para usuários e instaladores

Desligue o refrigerador da tomada sempre que fizer limpeza ou manutenção. Para desligá-lo, não puxe o cabo elétrico; utilize o plugue.

Não prenda, torça ou amarre o cabo elétrico. Caso ocorram danos com ele, chame o Serviço Autorizado Electrolux.

Se o cabo de alimentação estiver danificado, este deve ser substituído pelo Serviço Autorizado Electrolux, a fim de evitar riscos.

Não armazene medicamentos, produtos tóxicos ou químicos no interior do refrigerador, pois eles podem contaminar os alimentos.

Não se apoie sobre as portas, pois as dobradiças podem se desregular e desalinhar a porta, prejudicando a vedação do refrigerador e comprometendo seu desempenho.

ELECTROLUX. Manual de instruções: refrigerador. Abr. 2013.

O tipo textual predominante no manual de instruções é:

A) argumentativo.

B) descritivo.

C) expositivo.

D) injuntivo.

E) narrativo.

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Resposta

Alternativa D.

Justificativa:

O texto do manual de instruções é do tipo injuntivo, já que tem caráter instrutivo. Esse tipo textual é caracterizado pela presença de verbos no imperativo.

Questão 9

Analise o texto a seguir:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o A Lei n. 7.716, de 5 de janeiro de 1989 (Lei do Crime Racial), passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 2o-A Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional.

Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único. A pena é aumentada de metade se o crime for cometido mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.”

[...]

BRASIL. Lei n. 14.532, de 11 de janeiro de 2023. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/lei/l14532.htm.

O texto acima apresenta caráter:

A) argumentativo.

B) descritivo.

C) expositivo.

D) injuntivo.

E) narrativo.

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Resposta

Alternativa C.

Justificativa:

O texto é expositivo, pois apenas apresenta informações acerca de uma lei.

Questão 10

Analise a seguinte letra de música:

Meu pai não tinha educação
Ainda me lembro era um grande coração
Ganhava a vida com muito suor
Mas mesmo assim não podia ser pior
Pouco dinheiro pra poder pagar
Todas as contas e despesas do lar

Mas Deus quis vê-lo no chão
Com as mãos levantadas pro céu
Implorando perdão
Chorei meu pai disse boa sorte
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte

Disse Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer

Três dias depois de morrer
Meu pai, eu queria saber
Mas não botava nem os pés na escola
Mamãe lembrava disso a toda hora

E todo dia antes do sol sair, eu
Trabalhava sem me distrair
Às vezes acho que não vai dar pé
Eu queria fugir mas onde eu estiver
Eu sei muito bem o que ele quis dizer
Meu pai, eu me lembro não me deixa esquecer

Ele disse Marvin, a vida é pra valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino eu sei de cor

E então um dia uma forte chuva veio
E acabou com o trabalho de um ano inteiro
E aos treze anos de idade
Eu sentia todo peso do mundo em minhas costas
Eu queria jogar, mas perdi a aposta

Trabalhava feito um burro nos campos
Só via carne se roubasse um frango
Meu pai cuidava de toda a família
Sem perceber segui a mesma trilha
E toda noite minha mãe orava
Deus era em nome da fome que eu roubava
Dez anos passaram, cresceram meus irmãos
E os anjos levaram minha mãe pelas mãos

[...]

REIS, Nando; BRITTO, Sérgio. Marvin (versão). In: TITÃS. 84 94 — volume 1. Rio de Janeiro: Warner Music, 1994.

O tipo textual predominante na letra de música é:

A) argumentativo.

B) descritivo.

C) expositivo.

D) injuntivo.

E) narrativo.

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Resposta

Alternativa E.

Justificativa:

A letra de música apresenta caráter narrativo, já que conta uma história e tem personagens.

Questão 11

Leia o seguinte trecho de um artigo científico:

A Programação Neurolinguística (PNL) surgiu nos Estados Unidos em meados dos anos 70; entretanto, a teoria e a aplicação de seus conceitos básicos ganharam destaque no Brasil somente na década passada. Seus criadores, o analista de sistemas Richard Bandler e o linguista John Grinder, basearam-se na gramática transformacional de Noam Chomsky, no pensamento sistêmico de Gregory Bateson, no modelo de terapia familiar de Virginia Satir, na hipnoterapia de Milton H. Erickson e na gestalt-terapia de Fritz Perls (Spritzer, 1993: 31-2). Desde então, poucos estudos dedicaram-se a verificar seus efeitos — especialmente no que se refere à linguagem — e sua relevância no cenário nacional.

AZEVEDO, Regina Maria. A gramática Gerativo-Transformacional na origem da Programação Neurolinguística (PNL). Caligrama, São Paulo, v. 3, n. 1, 2007.

O texto acima apresenta caráter:

A) argumentativo.

B) descritivo.

C) expositivo.

D) injuntivo.

E) narrativo.

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Resposta

Alternativa C.

Justificativa:

O texto faz parte de um artigo científico e apresenta tipo textual expositivo, uma vez que apresenta informações acerca de determinado assunto.

Questão 12

Leia o seguinte fragmento de poema:

É justa razão, que eu gabe,

boca, a vossa perfeição,

[...].

Os extremos, que mostrais,

quando esses beiços abris

lisos, delgados, sutis,

brancos, como dois cristais,

em nada são naturais,

que até esses dentes belos

usurparam aos cabelos,

e tem com eles trocada

a cor castanha, e dourada,

e são pardos, e amarelos.

[...]

MATOS, Gregório de. Antologia poética. Seleção de Walmir Ayala. Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Publifolha, 1997.

O tipo textual predominante no poema é:

A) argumentativo.

B) descritivo.

C) expositivo.

D) injuntivo.

E) narrativo.

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Resposta

Alternativa B.

Justificativa:

No texto de Gregório de Matos, o eu lírico faz a descrição de uma boca.

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